05 outubro, 2004

Reconversão urbana no Algarve

Em notícia publicada no Jornal do Algarve de 30 de Setembro de 2004, tomei conhecimento que o número total de obras concluídas no Algarve caíu 35,9 % (a maior descida a nível nacional cuja queda média foi de 26,6 % - dados do INE). Esta queda é justificada pelo dirigente do IMOPPI - Instituto dos Mercados das Obras Públicas e Particulares e do Imobiliário, Jorge Dias, devido a se estar a atingir os limites de construção (o que aliás é bem visível para o cidadão comum).

Outra relação interessante foi a confrontação entre o crescimento populacional e o crescimento dos alojamentos, 14,8 % no primeiro caso e 30,2 % no segundo, ou seja, mais do dobro.

Este fenómeno que já faz parte da história recente do Algarve, apresenta o risco de se terem cidades em forma de "donut", com um buraco no meio devido ao abandono dos centros das cidades e migração para as áreas mais periféricas.

Esta situação leva a que a entidade reguladora do sector da construção refira que esta mecânica tem de ser invertida, ou seja, "a construção nova tem de diminuir em novas áreas e remos de apostar na reconversão das nossas cidades, recuperando e desenvolvendo a vida dos centros".

Refere ainda o jornal que atendendo a este cenário de saturação, o sector da construção prepara-se para apostar no próximo ano na reabilitação urbana. E é aqui que surge a minha crítica, desconhecendo se se deve a uma falha do jornal ou à ausência de informação por parte de quem promove essa reabilitação, o que é facto é que apenas ficamos a saber que para o ano o sector vai promover essa reabilitação, desconhecendo-se planos, programas, ou medidas concretas para efectuá-lo. Se por acaso souberem algo mais concreto sobre este assunto agradecia que o transmitissem aqui ao blog.

Mas é um sinal positivo de mudança de filosofia esperemos que se concretize.