29 dezembro, 2004

Qual foi o acontecimento do ano?

E porque já é da praxe fazer a pergunta:

Qual foi o acontecimento do ano, relacionado com Ambiente, que mais marcou Portugal e/ou o Mundo?

Ficamos à espera de comentários.

Consulta pública sobre poluição atmosférica

Permitam-me copiar na íntegra uma notícia do Instituto do Ambiente que julgo ser do interesse de todos os Europeus e que deve ser difundida o mais possível:

«A Comissão Europeia está a elaborar um plano de acção para a melhoria da qualidade do ar na Europa. Este irá incluir medidas com influência directa na nossa vida quotidiana. O modo como nos transportamos, o modo de produção e utilização de energia, a qualidade do ar que queremos, o preço de produtos e serviços, são todas essas questões que serão abordadas nesse plano. Assim, a sua opinião acerca da poluição atmosférica e dos seus efeitos é de grande importância para a finalização do plano.

Esta consulta irá permanecer aberta até 31 de Janeiro de 2005. Os resultados serão publicados em Março de 2005.

As suas respostas irão permanecer totalmente anónimas, excepto para as organizações que se queiram identificar.


Como participar na consulta ao público?

1 - O questionário está disponível em português a partir daqui.

2 - A sua resposta será enviada automaticamente à Comissão Europeia.


O site do CAFE (Clean Air for Europe) inclui os estudos mais recentes de qualidade do ar

27 dezembro, 2004

O Drama, o Horror, a Tragédia

Há cada coincidência na vida! Passo a explicar:
No dia 24, comentava cá por casa, a cultura científica dos nossos jornalistas que continuamente escrevem “calinadas” sobre os mais variados assuntos científicos ou, pior, nem as escrevem. Na semana anterior tinha saído um artigo na revista do Correio da Manhã sobre sismos , onde se fazia a previsão do número de vítimas caso acontecesse um sismo igual ao de 1755. O artigo, baseado na informação prestada por cientistas, previa 15 mil mortos devido exclusivamente a aluimentos de prédios e incêndios. O curioso é que em 4 (quatro!) páginas de artigo, nem uma única vez se fazia referência ao Tsunami, Maremoto, onda gigante – como preferirem – nem aos milhares de vítimas daí resultantes, etc, etc.
Triste coincidência, quando na manhã de dia 26 vejo as notícias….
Mas de facto, já dizia a “Tia”: Não há coincidências.
Imaginemos um sismo igual ao de 1755.
Juntemos ás 15 mil vítimas previstas por idóneos cientistas, mais alguns milhares de vítimas provocadas pela entrada de um Maremoto na baixa Lisboeta (previsão calculada por um não idóneo nem cientista - Eu). Quereremos imaginar um cenário de verão na costa Algarvia?
Se bem se recordam há cerca de 4 anos, em Agosto, houve uma “Onda Gigante” que assolou o Algarve. Felizmente não passou de uma ilusão óptica associada a uma onda de calor proveniente de África, mas que serviu de ensaio ao pior cenário possível. Apesar de residir em Faro há 6 anos, não me encontrava no Algarve quando isto aconteceu, mas tive um relato via telemóvel de alguém que se encontrava na praia de Faro naquele dia, naquela hora. A descrição era tão simples como isto: “ A GNR está a mandar-nos sair da praia, mas não sabe o que é aquilo. Estão milhares de pessoas na praia. O trânsito não anda, está toda a gente parada e dentro dos carros”. Este cenário durou pelo menos 45 minutos. Aproveito para referir que em várias partes do Algarve, nomeadamente em Portimão (relato in loco de um amigo) as pessoas que não estavam na praia, deslocaram-se para lá de propósito para ver a “Onda”…
Numa situação de um verdadeiro Maremoto, não haveria tempo para nada disto. Simplesmente acontecia.
Será provável acontecer? À falta de tempo para fazer uma pesquisa e fundamentar uma opinião pessoal em dados mais científico, basta ouvir as notícias. Segundo os especialistas que têm aparecido nos media a falar:
i) O sismo de 1755 tem um período de retorno de 250 anos, ou seja deveria acontecer um igual antes de 2005. Mas como a natureza não é aritmética pode, ou não, acontecer nos próximos 20 anos. Impossível de prever.
ii) Alegadamente, o sismo que assolou a Ásia serviu para aliviar algumas tensões na crosta terrestre que, associado à libertação de energia do recente sismo sentido em Portugal Continental, reduz as probabilidades de acontecer um sismo de igual magnitude ao de 1755.

Não quero ser um profeta da desgraça, muito menos um céptico em relação ao nosso sistema de protecção civil. Quero apenas relembrar-vos que não se trata de saber se vai ou não acontecer, nem quando. Trata-se apenas de sabermos reagir ou não a um cenário destes. E para isso, o planeamento devia começar a ser feito, ontem. Infelizmente temo que só a seguir a uma catástrofe destas iremos ter um dos melhores planos de contingência da Europa. É preciso cair uma ponte para se inspeccionar todas as outras, e mesmo assim….

Apesar de Lisboa ter um plano de contingência para sismos, duvido que as restantes cidades de Portugal possuam iguais planos. Em particular as do Algarve. A educação da população para estes cenários deveria ser uma prioridade.
Porque este se tornou num artigo de “desabafo”, e pouco científico, permitam-me contar mais uma história. Há alguns anos, houve um passeio de barco no rio Guadiana para estudantes. A meio do rio, houve um incêndio na casa das máquinas do barco. Os estudantes Portugueses nem se mexeram, havendo alguns que aproveitaram para tirar umas fotos “engraçadas”. Apenas uma estudante se dirigiu de imediato para os coletes salva-vidas, o que mereceu algumas risadas portuguesas. A dita estudante, era a única estrangeira no barco (ERASMUS). São aquelas pequenas histórias que me fazem pensar. Não me lembro de uma única vez ter participado num exercício de incêndio ou de sismo, quando sei que isso faz parte da vida de qualquer escola, ou empresa em alguns países (verdadeiramente) desenvolvidos.
Por via das dúvidas, há vários anos que tenho sempre uma lanterna e um estojo de primeiros-socorros em casa. Mais vale prevenir, do que remediar….

26 dezembro, 2004

ISO 14001 e 14004 – novas versões publicadas

Foram recentemente publicadas (a 15 de Novembro) as versões revistas e melhoradas das ISO 14001 e 14004, relativas a Sistemas de Gestão Ambiental. A International Standard Organization (ISO) espera que as novas versões (ISO 14001:2004 e ISO 14004:2004) sejam aplicáveis a mais organizações em todo o mundo.

Segundo Oswald A. Dodds, o Presidente do ISO Technical Group, que elaborou as duas normas, as novas versões incorporam a experiência prática adquirida desde a sua publicação em 1996, e são mais fáceis de compreender e utilizar. Além disso, aumentou-se a compatibilidade com a ISO 9001:2000, relativa aos Sistemas de Gestão da Qualidade. Por sua vez, a ISO 14004:2004 é mais consistente e compatível com a ISO 14001:2004 e mais aplicável às PME’s.

A ISO e o IAF (International Accreditation Forum) estabeleceram um período de 18 meses após a publicação da ISO 14001:2004, para que seja feita a transição dos certificados já emitidos pela ISO 14001:1996 para a nova norma. Após este período , o IAF apenas reconhece certificados segundo a nova norma.

Esse processo contempla duas fases de intervenção:

Na primeira fase, designada por período de preparação e que se prolongará até ao dia 15 de Maio 2005, as empresas poderão seleccionar o referencial de suporte da auditoria, independentemente da sua natureza (concessão, acompanhamento e renovação).

Nos doze meses que se seguirão, período de implementação, que terá o seu epílogo em 15 de Maio de 2006, todas as auditorias serão suportadas na versão de 2004 da ISO 14001. Durante este período eventuais não conformidades constatadas face a novos requisitos ou requisitos alterados na ISO 14001:2004 serão registados em relatório de auditoria, ainda que, e até ao final deste período, não tenham influência no processo de decisão da manutenção da certificação.

Após o dia 15 de Maio de 2006 só serão válidos os certificados de acordo com a ISO 14001:2004.

Fontes:

ISO - International Standard Organization

APCER - Associação Portuguesa de Certificação

A Energia Nuclear face a Quioto

Vi há dias num noticiário um representante da CIP – Confederação da Industria Portuguesa, cujo nome ou cargo não reti (mas penso que seria o presidente) apresentar como alternativa ao aumento de preços da electricidade previstos, a energia nuclear. Apresentou também como argumentos o facto deste tipo de energia existir em países como Itália, Espanha ou Alemanha. Esta posição surgiu como reacção à notícia de que as tarifas eléctricas vão aumentar 2,4 % para clientes finais em Muito Alta Tensão (indústrias) no próximo ano, comunicada pela ERSE – Entidade Reguladora do Sector Energético.

Surpreendeu-me esta visão que negligencia todas as outras formas de energia ambientalmente mais correctas que a energia nuclear. Será que a actividade industrial é tão intensiva no consumo de energia que só a nuclear permite satisfazer as necessidade do sector? Foi com estas questões que resolvi fazer uma pesquisa sobre a energia nuclear.

De facto, apesar deste tipo de produção de energia não emitir CO2, SO2 ou NOx, gera resíduos radioactivos, que têm de ser cuidadosamente geridos para que não ocorram graves problemas de libertação de radiação. Este aspecto suscita-me outra questão: com as metas previstas por Quioto, muitos governantes podem ver a energia nuclear como forma de diminuir as suas emissões atmosféricas. A minha pesquisa comprovou essa questão: encontrei declarações da Comissária europeia espanhola para os Transportes e Energia, Loyola de Palacio, afirmando que a Europa tinha de recorrer à energia nuclear de forma a cumprir as suas obrigações perante o Protocolo de Quioto, reforçando no entanto a ideia de que as fontes renováveis deveriam ser desenvolvidas.

É verdade que comparando as necessidades da energia nuclear com os tipos convencionais de produção de energia, a nuclear apresenta vantagens em termos da eficiência da conversão energética:

1 kg carvão: 3 kW·h
1 kg petróleo: 4 kW·h
1 kg urânio: 50 000 kW·h (3 500 000 kW·h com reprocessamento)

Também é verdade que em termos de uso do solo, uma central nuclear requer menos área que outro tipo de central energética:

Central nuclear/fóssil: 1 - 4 km2
Solar/Fotovoltaica: 20 – 50 km2
Eólica (campos eólicos): 50 - 150 km2
Biomassa (plantações de biomassa): 4000 – 6000 km2

Outro dos grandes constrangimentos à implementação das energias renováveis é o seu custo face à nuclear/fóssil. Desta minha pesquisa também me apercebi que a energia nuclear é muito mais utilizada do que eu pensava – é por exemplo a principal fonte de electricidade em França, tendo percentagens importantes em muitos outros países, nomeadamente a Suécia.

Apesar disso, os países abandonam gradualmente a energia nuclear: nos EUA não se constróem centrais nucleares desde 1996, na Alemanha existe um plano governamental conseguido pelos Verdes para encerrar os 19 reactores nucleares após os 32 anos de operação (o primeiro foi o reactor de Stade, em Novembro de 2003). Outros países, como Espanha, Itália, Holanda e Bélgica, apesar de ainda dependerem dos seus reactores, também se comprometeram a abandonar a energia nuclear. A já referida Suécia que decidiu abandonar a nuclear em 1980, até ao final de 2003 só tinha desactivado um reactor e hesitava em desactivar o segundo. A introdução do Protocolo de Quioto veio mesmo baralhar as contas no que diz respeito ao abandono da nuclear.

Relativamente a soluções para os resíduos radioactivos – o grande calcanhar de Aquiles da energia nuclear – parece que a mais consentânea consiste em depositá-los em formações geológicas profundas (a origem desta solução resultou de observações de fenómenos naturais no Gabão – ver “Magazine on European Research”), apesar de muito pouco se ter feito na prática até agora – a Suécia e a Finlândia são os mais avançados nesta questão.

Em Portugal há algumas notícias bastante relevantes para esta reflexão (PÚBLICO de 6 de Novembro):

« A Mina de S. Domingos, em Mértola, pode acolher já a partir de 2005 a maior central de energia solar do mundo(...)

A central fotovoltaica terá 116 megawatts (MW) de potência, assegurando uma capacidade de produção que é quase o dobro da que está prevista para a central solar da Amareleja (64 MW), em Moura, outro grande projecto que foi anunciado para a região alentejana. O empreendimento terá um investimento calculado em 426 milhões de euros, dará trabalho a 800 pessoas e terá condições para fornecer energia eléctrica a cerca de 130 mil fogos.»

« O secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, José Eduardo Martins, revelou algum cepticismo relativamente à viabilidade da central solar de Moura. Destacando que a produção deste tipo de energia renovável é muito cara, o governante, que já foi secretário de Estado do Ambiente, frisou que o problema maior da instalação deste tipo de estruturas "está na diferença entre o custo e o benefício do projecto", considerados por vários especialistas "pouco atraentes". Em Janeiro de 2005, o Governo divulgará, em definitivo, qual a sua posição relativamente à central solar de Moura, anunciou Eduardo Martins.

Se as centrais solares de Moura e S. Domingos vierem a concretizar-se, serão largamente superados os 150 MW de capacidade instalada de energia solar que o Governo tinha programado atingir até 2010. No entanto, António Joyce, director do Departamento de Energias Renováveis do Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI), assinala que até 2004 "foram instalados em todo o país pouco mais de 2 MW". A sua perspectiva é que, até 2010, a capacidade instalada "não irá ultrapassar os 12,5 MW". »

« A produção de biocombustíveis é considerada um sector estratégico no desenvolvimento do projecto de Alqueva. Só a instalação de culturas para produção de bioetanol, com capacidade para 100 milhões de litros/ano, tem destinada uma área de regadio próxima dos 50 mil hectares. A tecnologia de produção de etanol baseia-se na fermentação alcoólica de açúcares presentes nos grãos de cereais e na beterraba e ainda das palhas de milho, trigo, batata e sorgo sacarino. Mas um estudo mandado elaborar pela Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva (EDIA) sugere que as opções vão para a beterraba sacarina

Uma destilaria mista está já projectada na zona de influência de Alqueva para laborar num ciclo de produção com cereais e beterraba. Permite a laboração ao longo de 330 dias com uma produção média diária de 303 mil litros. Este projecto, para ser viável, tem de ter o apoio do Estado, através de um regime de isenção fiscal por um período de 10 a 15 anos, que deve ser extensível à produção biodiesel, outro biocombustível cuja produção "só pode ser suportada pela utilização privilegiada da cultura do girassol", sugere outro estudo feito pela EDIA. A empresa adianta que em Alqueva pode ser produzida semente de girassol para destilar cerca de 100 mil toneladas/ano de biodiesel.»

Permanece a questão: deveremos encarar a nuclear como uma alternativa viável, apesar dos riscos inerentes e dos resíduos problemáticos, ou tentar aproveitar as características favoráveis do nosso país para a implementação das renováveis?

Comentários precisam-se!!


Ligações:

Avaliação dos impactes radiológicos e na saúde 10 anos depois de Chernobyl

Electricity from nuclear energy (USEPA)

Nuclear Power Advantages


Recomendo também a leitura destes trabalhos da OCDE (em versão PDF):

Energy: the next fifty years

Nuclear Energy in a Sustainable Development Perspective

Technology Innovation, Development and Diffusion

20 dezembro, 2004

Sugestões para um Natal mais amigo do Ambiente

Recomendações de Natal da Naturlink
Iniciativa Mercado de Natal Amigo da Terra, em Almada
Está nas nossas mãos promover um Natal mais amigo do Planeta. Para isso aqui ficam algumas sugestões:



Já escolheu a sua árvore de Natal?

- Não vá buscar o seu pinheiro de Natal às matas. Uma boa opção é ter uma árvore artificial que dure vários Natais, sempre em forma. Ou então, uma árvore proveniente da limpeza das matas.

Dicas para a decoração e embrulhos...

- Dê largas à imaginação e, com a família toda, construa os seus enfeites de Natal.

Excelente sugestão do blog Dias com Árvores



Se os tiver de comprar, prefira os de boa qualidade para lhe durarem vários anos. Opte por embrulhar as prendas em papel reciclado, revistas ou com papel que guardou de anteriores prendas. Desafie a sua originalidade!

Para a noite à lareira...

- O melhor Natal é passado à lareira... Mas este ano esqueça a lenha, muitas vezes retirada da floresta de forma pouco sustentada. Prefira os briquetes feitos de serradura prensada, obtida a partir de resíduos de madeira.

Presentes a pedir ao Pai Natal...

- Se pedir ao Pai Natal presentes movidos a pilhas, peça-lhe também um carregador e pilhas recarregáveis, para poupar dinheiro e energia.
- Peça ao Pai Natal coisas úteis! Muitas vezes compram-se coisas só por comprar que depois, mais tarde ou mais cedo, são postas de lado.
- Ofereça a Associações de Solidariedade Social roupas, brinquedos e livros que estão lá em casa e que já não têm uso. Há crianças que, desta forma, poderão ter um Natal mais feliz.

Convide o Planeta para a sua noite de Natal!

- Não use na sua festa de Natal loiça descartável, nem guardanapos ou toalhas de papel. Assim estará a reduzir o lixo produzido.
- E que tal ter uma fantástica ceia de Natal só com produtos de origem biológica?
- No final da Festa, separar as embalagens e outros materiais recicláveis, será uma boa forma de terminar o seu Natal Amigo da Terra.

Fonte: Boletim Municipal da Câmara Municipal de Almada

09 dezembro, 2004

Optimismo?

Gostava de partilhar com os ambientalistas uma pequena dose de optimismo. Apesar de todos os problemas inerentes à temática do ambiente em Portugal e não só, denoto comportamentos na sociedade actual que me levam a ter um optimismo (moderado) em relação ao futuro. Passo a explicar: o Pingo Doce e o Feira Nova estão a oferecer neste Natal calendários cujo tema é o ambiente e no qual promovem algumas ideias simples como a racionalização dos recursos naturais, a gestão de resíduos e efluentes e o desempenho ambiental de fornecedores de hipermercado. Com alguma publicidade à mistura o grupo Jerónimo Martins promove os seus produtos e incute um pouco de sensibilidade ambiental. Não estará algo a mudar lentamente (apesar de todos os problemas de fundo que todos conhecemos!).

Outro exemplo: esta manhã alguém deixou uma bateria de automóvel usada junto de um ponto de recolha de RSU ao invés de a deixar arrumada numa garagem, deitar num caixote do lixo ou a depositar no baldio mais próximo. Será que a mensagem de que "o estado do ambiente é responsabilidade de todos" está a passar ou será só impressão minha?

De facto uma sociedade constrói-se pela educação. E povo educado detém o poder da mudança. E isto? Será isto um ponto de mudança ou é só o Ambiente que está na moda?

06 dezembro, 2004

Responsabilidade Social das Empresas

Delta Cafés: Um exemplo a seguir?Encontrei este artigo muito interessante na Naturlink, sobre Responsabilidade Social das Empresas (RSE), da autoria de Isabel Abreu, que vos aconselho a lêr.

Esta é mais uma das formas de promover o desenvolvimento sustentável das sociedades. Talvez se o estado passasse a exigir com meios e convicção a conversão das empresas existentes em empresas socialmente responsáveis, Portugal saísse da cauda da europa no que toca a inovação, competitividade, sustentabilidade, ....entre muitas outras coisas...

Aqui fica um excerto:

"Em Portugal foi recentemente publicado um estudo sobre a percepção da responsabilidade social, que mostrou que há pouca familiarização com o termo RSE por parte dos consumidores, meios de comunicação e entidades governamentais. A nível nacional, existem algumas entidades a trabalhar nesta área, nomeadamente, o BCSD Portugal (Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável) e a RSE Portugal (Associação Portuguesa para a Responsabilidade Social das Empresas), representando, respectivamente, o WBCSD (World Business Council for Sustainable Development) e o CSR Europe (Corporate Social Responsibility). O objectivo deste tipo de organizações é colaborar com empresas que pretendam desenvolver actividades na área da responsabilidade social, bem como promover a articulação entre as empresas, o governo e a sociedade civil contribuindo, desta forma, para uma maior familiarização com este assunto e para o seu desenvolvimento a nível nacional."

Por favor comentem:

Acham que as empresas deviam ser obrigadas a passar a ter um papel mais activo na preservação do ambiente? Consideram que isso traria prejuízo ou lucro para a sociedade?

Ou acham por outro lado que as empresas deviam investir todos os seus recursos no desenvolvimento dos seus produtos, apenas devendo ser controladas do ponto de vista da legislação ambiental pelas entdades estatais responsáveis? Há vantagens? Será que a sociedade beneficia a longo prazo desta estratégia?

Fica aberta a discussão!

Páginas a consultar:

DOFASCO, INC - Uma das empresas de topo no índice DOW JONES para as empresas mais sustentáveis do mundo (índice DJSGI)

Delta Cafés - A única empresa portuguesa certificada pela norma Social Accountability 8000 (SA8000)