24 fevereiro, 2009

A ecovia no Algarve

Deixo aqui a versão integral de um artigo publicado no jornal «O Canudo» sobre a implementação das ecovias no Algarve.

"Muitos se terão interrogado sobre o que seria a linha azul que recentemente se passou a ver ao longo de algumas vias urbanas. Para os que ainda não descobriram, «O Canudo» foi investigar e averiguou (sem grande dificuldade) que se tratava da há muito anunciada Ecovia do Litoral.
Este não deverá ser, ainda assim, o traçado definitivo da ecovia. «O traço azul é uma mera marcação para dar ideia que ali vai ser algo de novo, mas é apenas uma marcação informal. Ao traço azul juntar-se-ão sinalização e outros limites. É isso que estamos a pensar fazer logo que seja possível», disse ao nosso jornal o presidente da AMAL Macário Correia.


Em Faro, foi noticiado em Julho do ano passado o lançamento do concurso público para a execução de 20 quilómetros de troço de ecovia. O investimento foi de 128 mil euros e o prazo de execução de 6 meses.

A professora Manuela Rosa, especialista em mobilidade da Universidade do Algarve, considera que o projecto poderia ser «do ponto de vista das boas práticas, melhor conseguido». Segundo a docente, «em termos de troço urbano, a pintura é pertinente em pequenas ruas sem grandes volumes de tráfego nem grandes velocidades», sendo que a segregação (separação da via ciclável da via de tráfego automóvel) é ideal quando «os volumes de tráfego e as velocidades são elevadas, para evitar conflitos e acidentes». Contudo admite que, na avenida junto ao caminho de ferro que conduz ao Largo de São Francisco, apesar da velocidade permitida por lei ser de 50 km/h, «talvez se justificasse a segregação». Esta especialista, que esteve envolvida na elaboração do Plano de Mobilidade Sustentável de Faro, confessou-se «muito decepcionada» pois, no troço que liga o núcleo urbano de Faro a Gambelas, «limitaram-se a tapar buracos nos caminhos que pré-existiam». «Uma pista ciclável, para ter características de alguma qualidade na sua utilização, tem que ter um pavimento específico», para além de vários elementos infra-estruturais específicos do ponto de vista técnico para este tipo de via, disse.

São apontadas condicionantes financeiras como a principal justificação para o actual estado de implementação do projecto ecovia em Faro. A autarquia farense já se sabe há muito, atravessa um dificil período ao nível financeiro, nomeadamente no que diz respeito à liquidez.

Mas, aparentemente, nem sempre é uma questão financeira que está por detrás de problemas relacionados com mobilidade, na capital algarvia. Um exemplo disso é o Largo de São Francisco, que sendo um recinto de eventos para além de um parque de estacionamento, vê constantemente condicionada a sua capacidade plena. Quase sempre que este espaço é utilizado, verifica-se que o tempo de montagem das estruturas necessárias é sempre inferior ao de desmontagem. O mais recente evento foi o reveillon, que afectou parte significativa do total de lugares disponíveis pelo menos até ao dia 8 de Janeiro."

André Mascarenhas/ Sofia Trindade

03 fevereiro, 2009

Ambiente, desenvolvimento e Médio Oriente

num artigo muito interessante retirado do blogue Arab democracy - blogue que aconselho vivamente.

«The Cedar Island: A Lebanese "Truman Show"


It has been confirmed. Noor International Holding unveiled last week its plan to build an artificial "Cedar Island" off the Lebanese coast, in the Damour area. The Cedar Island has even a website, with pictures strongly reminding us of Dubai’s "Palm Island".

Noor International Holding presents itself on the website as a company "specialized in real estate development, who acquired experience after developing since 1994 more than 12 projects in the Middle East and the Gulf region". But their "vision" goes even further as it aims to "(…)transform the virgin land into a blossoming productive community scoring a distinctive benchmark". This sentence is in my opinion more important than the project itself. It is the best starting point to think about the project before looking at how it has been perceived by the public so far.(...)»

clique aqui para ler o artigo completo

Fonte: Arab democracry