27 novembro, 2006

Documentário Sueco - "Planeten"

Campo de futebol em Londres
Documentário extraordinário da televisão estatal Sueca Sveriges Television (SVT).

É impressionante sem ser moralista. Em muitos aspectos é muito melhor que a Verdade Inconveniente: não se concentra numa mensagem de uma só pessoa (ouve pessoas de todo o mundo), não se concentra nas preocupações da ciência (até os alentejanos têm algo a dizer), abre o jogo e trata as alterações climáticas não como um problema mas um sintoma, não é dogmático (não quer demonstrar, ouve e mostra), apesar das incertezas, fica claro que é um problema politico portentoso que exige uma alteração radical de paradigma na nossa forma de viver e organizar...

Apesar de ser legendado em Sueco, 95% do filme é em Inglês.

Siga as ligações e veja:

O "Trailer"

O Documentário

Episódio 1
Episódio 2
Episódio 3

Fonte: Sofia Guedes Vaz (AMBIO)

26 novembro, 2006

V Congresso Ibérico sobre Gestão e Planeamento da Água

Realiza-se entre os próximos dias 4 a 8 de Dezembro o V Congresso Ibérico sobre Gestão e Planeamento da Água promovido pela Fundação Nova Cultura da Água em colaboração com a Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Algarve, num momento em que se perspectiva a revisão dos planos de bacia hidrográfica existentes na Península Ibérica e também a revisão do acordo luso-espanhol sobre as bacias partilhadas pelos dois países. Trata-se do maior debate sobre os novos rumos da gestão da água na Península Ibérica que terá como preocupações centrais a implementação da Directiva Quadro da Água e a revisão da convenção de Albufeira. O congresso, organizado em cinco grandes áreas temáticas, centrar-se-á em temas de grande actualidade como a questão das paisagens de água e conservação dos sistemas hídricos, aspectos institucionais da gestão da água, participação dos cidadãos e comunicação social sobre a água e ainda a problemática da água e da saúde pública, bem como da inovação e tecnologia.

Aqui fica a página oficial do V Congresso Ibérico sobre Gestão e Planeamento da Água onde se poderão efectuar as inscrições para o evento e aceder a infomação mais pormenorizada do programa.

Gulbenkian lança Portal Ambiente e Saúde

A Fundação Calouste Gulbenkian lançou na quinta-feira passada o Portal Ambiente e Saúde onde cidadãos e cientistas podem partilhar informação sobre estas temáticas. O portal é coordenado pelo professor Carlos Borrego da Universidade de Aveiro e pelo professor Francisco Ferreira da Universidade Nova de Lisboa, contando ainda com a cooperação da Agência Europeia do Ambiente.

Lince ibérico vai ser reintroduzido em Portugal em 2008

Segundo noticia o jornal Expresso na edição deste Sábado (25 de Novembro), Portugal e Espanha assinaram um acordo técnico de cedência de linces ibéricos para reprodução em cativeiro. Ainda segundo este jornal, os primeiros animais chegam em 2008 ao centro de reprodução projectado para junto da barragem de Odelouca.

O lince ibérico, mais que um animal em vias de extinção (existem muitos outros sem a mesma “projecção social”), é um símbolo para todos aqueles que trabalham pela conservação e preservação da nossa natureza. O sucesso desta iniciativa será concerteza importante para que, aos olhos da opinião pública, a fauna e a flora endémica do nosso país sejam vistas como um património natural que merece ser defendido e preservado, e não apenas como um recurso natural.

25 novembro, 2006

17º Encontro Nacional das Associações de Defesa do Ambiente / ONGA's

A Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente (CPADA), promove entre os dias 15 e 16 de Dezembro de 2006, em Lisboa, o 17º Encontro Nacional das Associações de Defesa do Ambiente / ONGA's, com o mote "A Defesa do Ambiente e a Participação Cidadã em Portugal".

O evento realizar-se-á nas instalações do ISCTE (Edifício 2, Auditório, na Av. das Forças Armadas), e estará subordinado aos seguintes temas: Mobilidade, Novas Tecnologias de Comunicação (Vídeo-Conferência, Internet, Correio Digital e Tele-trabalho na redução do tempo gasto em deslocações) e Eco-Eficiência, Defesa do Ambiente e a Participação Cidadã em Portugal, Gestão da Água Desertificação.

O Encontro Nacional das ADA/ONGA é um fórum aberto a todas as ADA/ONGA locais, regionais e nacionais, formais ou informais, confederadas ou não confederadas. É um espaço de debate para as associações que se dedicam às múltiplas vertentes de intervenção no ambiente - conservação da natureza, património, qualidade do ambiente, bem-estar animal, qualidade de vida urbana, gestão da água, transportes e mobilidade sustentável, energia, educação ambiental, defesa do consumidor, actividades de natureza, eco turismo, agricultura biodinâmica, etc. Concertar posições na defesa do ambiente, em prol de um desenvolvimento sustentável e trocar experiências são os principais objectivos deste encontro.

O Encontro debaterá igualmente as preocupações do movimento associativo ambiental para 2007 e a avaliação das representações das ADA/ONGA nos Organismos Públicos com a demonstração dos resultados.

Coordenação e Secretariado:
FPCUB - Apartado 4031 – 1501-001 Lisboa TM: 917241793, Tel.: 213159648, Fax. 213561253 E-mail. fpcubicicleta@sapo.pt Organização – CPADA. Tel./Fax: 213542819, E-mail: cpada@cpada.pt

19 novembro, 2006

"Fórum da Energia: O futuro da energia, as energias do futuro"


O "Fórum da Energia: O futuro da energia, as energias do futuro" irá decorrer de 21 a 24 de Novembro de 2006, no Hotel Meridien em Lisboa, desdobrando-se numa conferência central e em várias sessões paralelas dedicadas aos diversos tipos de energias alternativas.


Deixamos aqui o texto de apresentação do Fórum:


A escalada do preço do petróleo coloca em risco o crescimento económico sustentado em Portugal. O País está a ser mais afectado do que os restantes países europeus dada a sua maior intensidade energética e a sua maior dependência energética do petróleo (o peso das importações de petróleo, face ao PIB, é três vezes mais elevado em Portugal do que na média dos restantes países da União Europeia).

A dependência energética do exterior ronda os 85 por cento, a mais elevada da Europa. Em 2005, foram gastos 5 mil milhões de euros na importação de energia, o que corresponde a 13,4 por cento das importações nacionais. Ao contrário da média europeia, a intensidade energética da economia portuguesa em vindo a aumentar desde 1991, representando em 2003 o segundo país com maior intensidade energética da economia na União Europeia a 15.

Portugal encontra-se numa encruzilhada energética tendo de encontrar alternativas para aumentar o peso relativo da energia primária produzida internamente. Este aumento pode ser feito à custa do crescimento da capacidade relativa de produção de energia nacional, em particular da produção de electricidade a partir de fontes de energias renováveis e, em simultâneo com a redução do consumo energético nacional (por aumento da eficiência energética e da sensibilização de consumidores).

Discutir o novo paradigma energético para Portugal e as fontes de energia a privilegiar é o mote do Fórum da Energia - O Futuro da Energias, as Energias do Futuro. Organizado pelo jornal Água&Ambiente, o Fórum irá decorrer de 21 a 24 de Novembro de 2006, em Lisboa, desdobrando-se numa conferência central e em várias sessões paralelas dedicadas aos diversos tipos de energias alternativas.

Objectivos

- Debater o Livro Verde sobre a Energia e um cabaz energético mais sustentável, eficiente e diversificado para a União Europeia

- Reflectir sobre a procura e a oferta de energia em Portugal

- Traçar um novo paradigma energético para Portugal

- Analisar os impactos da crise petrolífera

- Discutir o futuro das energias alternativas em Portugal e do seu real valor e perspectivas futuras

- Identificar os potenciais energéticos por área, das barreiras ao seu desenvolvimento e das medidas passíveis de serem implementadas num futuro próximo

- Avaliar a integração do nuclear no sistema energético nacional

- Perspectivar as oportunidades de negócio das várias fontes energéticas

- Dissecar a eficência energética dos diversos sectores em Portugal

- Identificar medidas e acções para a utilização racional de energia



A informação mais completa pode ser encontrada aqui

18 novembro, 2006

Paisagem portuguesa descaracterizada por árvores importadas

Gonçalo Ribeiro TellesO arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles (na foto) criticou o trabalho dos autarcas na manutenção da paisagem portuguesa, considerando que esta está a ficar descaracterizada pela introdução de árvores importadas.

«Trata-se de um espantoso erro cultural e os responsáveis são, em grande parte, os dirigentes municipais que estão a introduzir, em Portugal, uma paisagem que não é a nossa e cuja manutenção sai bastante cara».

Ribeiro Telles entende que «o problema é a concepção que as pessoas têm de paisagem. Agora, é tudo igual do Minho ao Algarve e a paisagem portuguesa, que é constituída por espécies indígenas e tradicionais, está completamente descaracterizada, com palmeiras e relvados em lugar de matas e prados».

«Todos os empreendimentos urbanos apostam numa flora que não é a nacional e os arquitectos paisagistas nas câmaras são confrontados com projectos já prontos e acabam por não ter possibilidade de inverter esta moda», disse o arquitecto.

Jorge Soares David, do Instituto Superior de Agronomia, concordou com as críticas de Ribeiro Telles. «Os autarcas, que têm mandatos de quatro anos, não querem esperar pelo tempo que uma espécie [típica de Portugal] demora a crescer, porque isso não lhes permite mostrar obra feita».

Fonte: Jornal de Notícias, adaptado de Patrícia Santos, CONFAGRI


Aguardam-se os vossos comentários a este tema, participem!

10 novembro, 2006

AMBIURBE

A AIP - Associação Industrial Portuguesa, organiza pela primeira vez a maior iniciativa do sector do ambiente, reunindo num espaço único e com uma visão integrada, duas acções que se complementam e potenciam: AMBIURBE - 1º Salão Internacional do Desenvolvimento Sustentável; 2º FÓRUM RSO - Fórum Português da Responsabilidade Social das Organizações.

O evento encontra-se a decorrer, até 12 de Novembro, na FIL – Parque das Nações.

Evento único em Portugal, o AMBIURBE será ponto de encontro obrigatório para milhares de profissionais de empresas públicas e privadas e para a administração central e local, criando uma excelente oportunidade de promoção de equipamentos, produtos, serviços e soluções, dos sectores da energia, água, resíduos, ambiente atmosférico, ordenamento e urbanismo.

As principais linhas estratégicas deste certame são definidas pela Comissão Organizadora, sendo esta composta por personalidades de relevo no sector, com conhecimentos únicos do mercado e seus intervenientes.

Durante o decorrer da exposição, terão lugar seminários e conferências sobre temáticas actuais, organizados por entidades de reconhecido mérito no sector, nomeadamente:

Planos de Segurança e Saúde nos Sistemas de Distribuição de Água
Organizador: APDA – Assoc. Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Água

Resíduos Sólidos Urbanos
Organizador: APEMETA – Associação Portuguesa de Empresas de Tecnologias Ambientais

Microgeração
Organizador: Embaixada Britânica

Planos de Gestão de Bacia Hidrográfica
Organizador: APRH – Associação Portuguesa de Recursos Hídricos.

Apostar no Biodiesel, Preservar o Ambiente
Ecocasa
Fundo de Conservação da Natureza e rede de micro-reservas naturais em Portugal
Organizador: Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza

Responsabilidade Climática em Portugal: Índice ACGE 2005
Organizador: Euronatura

Competitividade, Coesão Social e Sustentabilidade Ambiental : o papel das Plataformas Tecnológicas Europeias no quadro da Estratégia de Lisboa
Organizador: Ordem dos Engenheiros

08 novembro, 2006

FNB - Felicidade Nacional Bruta

Mercado no ButãoDepois de ter visto o esclarecedor documentário The end of Suburbia: Oil Depletion and the Collapse of The American Dream (que recomendo), cada vez mais acredito que o percurso de evolução da espécie humana não pode estar direccionada para um aumento ininterrupto do seus índices de actividade económica ou dos seus consumos. Não existe nenhum sistema natural em que seja possível sustentar crescimentos infinitos. É precisamente essa a visão que é tida hoje em dia como uma tendência natural de desenvolvimento das nações do chamado "mundo desenvolvido". Mas será o desenvolvimento do quê? De níveis de conforto? A que preço? Gastando que recursos a nível global?

Esta visão que está implícita na nossa maneira de viver em sociedade (e de usar recursos) terá que ter um fim. Ao contrário do que sempre desejei, penso que a viragem não partirá das pessoas, será uma imposição das condições de vida e da conjuntura económica geradas pela chegada em breve do pico do petróleo. Os seres humanos terão que re-aprender a usar menos recursos para viver, a deslocar-se usando meios energéticamente mais eficientes, se quiserem ter uma vida digna, se quiserem ter com que se alimentar e vestir no dia-a-dia.

(Veja aqui a apresentação do documentário: "The end of Suburbia")

Por isso penso que é importante começarmos a pensar no interesse de notícias como esta:

Economistas dizem que o Japão deveria inspirar-se no feliz Butão

O ultracompetitivo Japão deveria preocupar-se menos com o crescimento do seu Produto Interno Bruto (PIB) e inspirar-se mais no exemplo do Butão, que mede o seu progresso outro tipo de indicador: a Felicidade Nacional Bruta (FNB), anunciaram nesta quarta-feira famosos economistas japoneses.

"O Japão tem muito que aprender com o Butão", declarou Takayoshi Kusago, ex-economista do Banco Mundial e professor da Universidade de Osaka, durante um simpósio sobre a 'felicidade nacional bruta' organizado em Tóquio pela chancelaria japonesa.

O PIB do Butão é somente de 500 milhões de dólares, quase nove mil vezes inferior ao do Japão (4,4 trilhões de dólares). Mas, desde 1970 este pequeno reino do Himalaia preocupa-se sobretudo com o crescimento da sua Felicidade Nacional Bruta (FNB), um índice que mede a felicidade individual de cada cidadão.

O «FNB» leva em conta quatro factores: o desenvolvimento sócio-económico duradouro e equitativo, a preservação do meio ambiente, a conservação e promoção da cultura, além de bons governos.

"Em busca de um modelo de desenvolvimento, o Butão não encontrou qualquer índice que estivesse de acordo com os valores e aspirações do país. Ao contrário, só viu que o mundo estava dividido entre nações ricas e em nações pobres", explicou o economista do Butão, Karma Galay.

Os economistas japoneses admitem que no referente ao FNB, os progressos do Butão eram muito superiores aos do Japão, onde o índice de suicídios é um dos mais altos do mundo e não é rara a morte por excesso de trabalho.

Além disso, cada criança do Butão parece ser um especialista em questões de meio ambiente. "É muito melhor do que aquilo que se ensina aos meninos japoneses neste campo", destacou Shunichi Murata, professor da Universidade Kansei Gakuin.

Artigo retirado do blogue: Política à Portuguesa

01 novembro, 2006

Condenação do Estado Português por violação de normas ambientais

O Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias condenou no passado dia 26 de Outubro o Estado português por violação de normais ambientais na escolha do traçado da auto-estrada do sul (A2), dando provimento a uma queixa apresentada pela Comissão Europeia.

O Tribunal, considera que o Estado português não cumpriu as obrigações relativas à preservação dos "habitats" naturais e da fauna e flora selvagens, ao dar execução a um projecto de auto-estrada cujo traçado atravessa a Zona de Protecção Especial (ZPE) de Castro Verde, apesar de um estudo de impacto ambiental negativo.

O caso havia sido levado a tribunal pela Comissão Europeia, na sequência de uma queixa apresentada em 2000 por três associações ambientalistas - LPN, Quercus e Geota -, segundo as quais existiam alternativas à execução de um troço de cerca de 10 quilómetros no interior da ZPE de Castro Verde, assim classificada devido aos "habitats" de aves selvagens.

O acórdão indica que as autoridades portuguesas analisaram e recusaram várias soluções alternativas que atravessavam a ZPE de Castro Verde mas não demonstraram ter estudado alternativas no exterior desta zona.

Para o tribunal, a circunstância de, após a sua realização, a obra não ter produzido tais efeitos - como argumentou o Estado na fase de contencioso - é irrelevante para esta apreciação", pois "é no momento em que é tomada a decisão (...) que não deve subsistir nenhuma dúvida razoável".

O projecto de construção da A2, que liga Lisboa ao Algarve, foi adjudicado em 1997 à sociedade Brisa, que, em relação ao sublanço da auto-estrada em causa, elaborou um projecto de traçado atravessando a parte ocidental da ZPE de Castro Verde, tendo em 2000 o secretário de Estado do Ambiente autorizado a execução da obra.

O sublanço da auto-estrada A2 de Aljustrel a Castro Verde foi aberto à circulação em Julho de 2001, numa altura em que já estava em curso um processo de infracção aberto pela Comissão na sequência da queixa apresentada pelas associações ambientalistas.

Veja aqui a notícia original


Fonte: Diário Digital / Lusa


Notícia relacionada:

ICN projecta alargamento da ZPE de Castro Verde