O relatório «Ambiente Europeu – Situação e Perspectivas 2005» da Agência Europeia de Ambiente (AEA) refere que se têm registado «progressos pouco animadores, que deverão ser incentivados para evitar a deterioração das condições ambientais» em Portugal.
O estudo, que foi esta terça-feira apresentado em Bruxelas, diz que a Europa está a sofrer as piores alterações climáticas dos últimos 5.000 anos, resultado das emissões de gases poluentes.
O relatório afirma também que a legislação europeia no domínio do ambiente tem produzido resultados positivos. Conseguimos despoluir as nossas águas e a nossa atmosfera, eliminámos gradualmente algumas substâncias que destroem a camada de ozono e duplicámos as taxas de reciclagem de resíduos. Temos também veículos menos poluentes. Sem as profundas melhorias proporcionadas pelos conversores catalíticos ao longo dos últimos vinte anos, os níveis de algumas emissões seriam dez vezes superiores aos que se registam actualmente. No entanto, segundo o relatório, estas medidas demoraram entre dez a vinte anos a produzir resultados visíveis.
Em relação a Portugal, a AEA dá conta de existirem áreas «onde é necessário prestar especial atenção» devido às emissões atmosféricas, sobretudo devido às emissões de «percursores de ozono, as quais, tendo em conta a posição meridional do país, poderão ter impacte substancial na saúde pública e nos ecossistemas».
Portugal está longe de cumprir os objectivos ambientais a nível de tratamento de resíduos sólidos, sobretudo na compostagem (processo biológico de reciclagem de matéria orgânica) e na recolha selectiva de lixo.
A Agência Europeia de Ambiente adverte que Portugal tem de fazer progressos no que respeita à utilização eficiente da água e na agricultura biológica, um sector com grande espaço de manobra no país, mas onde se tem investido pouco.
Consulte também:
Relatório: Ambiente Europeu – Situação e Perspectivas 2005
Sumário executivo
Perfil nacional
Desempenho ambiental
Fontes: Portugal Diário e AEA