31 outubro, 2006

China: Dessalinização para aliviar a seca

«A seca atingiu a China, onde centenas de milhões de pessoas estão sem acesso assíduo a água potável. O governo chinês anunciou na passada terça-feira, que irá iniciar dessalinização de água do mar para ajudar a combater a crise.

Apesar da seca generalizada, a Industria ignorou os perigos de poluição e despejou resíduos industriais tóxicos em rios e lagos da China, onde existe um quinto da população mundial mas só 7% dos recursos hídricos.

“Esperamos dessalinizar entre 800.000 e 1 milhão de metros cúbicos de água do mar por dia e usar 55 biliões metros cúbicos anualmente em 2010”, declarou a Comissão para as Reformas e Desenvolvimento do Estado, explanando o plano.

A china dessalinizou 120.000 metros cúbicos de água salgada por dia, no ano passado.

Não é imediatamente perceptível como é que a China, que está desesperadamente com falta de combustíveis, irá alimentar as instalações de dessalinização altamente consumidoras de energia.
Mais de 600 médias e grandes cidades da China estão a sofrer “sérios cortes de água”, afirmou este mês o Ministro dos Recursos Hídricos Wang Shucheng.

O país está a investir biliões num projecto para transferir água do luxuriante sul para o norte árido. A chamada rota Oeste deste projecto poderá envolver a afectação de rios das montanhas Tibetanas para saciar a sede da província de Qinghai e de outras áreas pobres ocidentais.
Mas Wang disse que o sistema proposto, com túneis que se estendem por 300Km e que custará mais do que os $25 biliões que custou mega-projecto hidroeléctrico da Barragem das Três Gargantas, foi desnecessário, não-cientifico e impraticável.»
Fonte: Reuters (Tradução livre)

30 outubro, 2006

Três anos de "Os Ambientalistas"

3 AnosFaz precisamente hoje três anos que começou esta aventura.

Queremos agradecer a todos os que comentam os nossos posts, especialmente aos que já cotribuíram para o engrandecimento desta iniciativa, tanto pela a escrita de artigos, como pela pesquisa de informação, ou através dos comentários aos posts que aqui temos deixado.

Especialmente a (nicks):

talinha
aearluin (A Inevitável Insatisfação do Ser )
crosas (CONFAGRI - Ambiente)
faz_do_mar_tabua_rasa
joaosoares (Bioterra)
tetrapol
climatrónico

Ao fim de três anos, conseguiu-se consolidar um grupo de 4 intervenientes activos, que possibilitam que o blogue seja mais apelativo e mais rico em informação.

Estes são a "alma" d'Os Ambientalistas:

Polietileno
neomorf
jpqueiros
tiago

Esperamos que esta iniciativa venha a ajudar tanto aqueles que são profissionais, como estudantes relacionados com a área do Ambiente, ou o ocasional internauta que pesquisa por informação de cariz ambiental, e não a encontra facilmente nos meios de comunicação convencionais.

Contamos com a vossa colaboração, com as vossas dúvidas, sugestões e críticas.

Ajudem-nos a melhorar, participem!

27 outubro, 2006

Conferência: “Desenvolvimento Sustentável: Usos e Abusos”

Realiza-se na próxima Segunda-feira, 30 de Outubro às 17:00, no auditório da Auditório da Faculdade de Engenharia de Recursos Naturais da Universidade do Algarve, a conferência “Desenvolvimento Sustentável: Usos e Abusos”.

O orador será o Doutor José Delgado Domingos, Professor Catedrático Jubilado, do Instituto Superior Técnico, da Universidade Técnica de Lisboa, investigador prestigiado na área científica da Termodinâmica, Mecânica dos Fluidos e, particularmente, na temática da Energia, Ambiente e Sustentabilidade.

É também autor de diversos estudos críticos da instalação da energia nuclear no País.

Semana Europeia da Mobilidade - Resultados 2005


Normalmente as semanas europeias da mobilidade e as iniciativas do "Dia sem carros" são criticadas pois o sentimento da maioria das pessoas é o da não eficácia desse tipo de iniciativa.

Aquando da semana europeia da mobilidade deste ano, o Instituto do Ambiente lançou os resultados da semana europeia da mobilidade em 2005, que ocorreu de 15 a 22 de Setembro.

Podem consultar a síntese desses resultados aqui

24 outubro, 2006

Via Algarviana - um outro algarve


O projecto Via Algarviana, foi proposto pela Almargem - Associação de Defesa do Património Cultural e Ambiental do Algarve e apoiado no âmbito do PROALGARVE, Eixo 2 – Medida 1, encontra-se em execução desde Maio de 2006.

Mais informações sobre a via algarviana:

Passeio Promocional da Via Algarviana - Diário Online

Via Algarviana tem nova imagem - Observatório do Algarve

Fonte: Almargem

20 outubro, 2006

Cidadãos desafiados a lutar contra a cultura do betão

Logotipo da IniciativaEstá nas mãos dos cidadãos da Área Metropolitana do Porto (AMP) proteger os espaços verdes que ainda resistem e "lutar contra a cultura do betão". O repto é lançado pela associação Campo Aberto, que vai promover uma campanha para identificar "50 espaços verdes em risco; 50 espaços verdes a preservar".

A ideia desta campanha é que os cidadãos identifiquem nos seus concelhos áreas ameaçadas e nos comuniquem. Depois seleccionaremos 50 espaços em risco e elaboraremos uma lista [em Março de 2007] que poderá ser de grande utilidade para as câmaras", explicou o responsável.

O ambientalista prevê que, a manter-se o crescimento desregrado da urbanização, dentro de 20 anos, poderão não sobrar espaços verdes na Área Metropolitana do Porto. E lembra ainda que a campanha, que arranca oficialmente no próximo dia 25, "depende dos cidadãos, da sua mobilização e empenho nas denúncias, sejam em nome individual, através de associações locais, juntas de freguesia ou paróquias".

A ideia não é identificar os parques urbanos ou jardins classificados, mas as zonas verdes que não têm merecido a devida atenção. " Queremos contrariar o lóbi do betão", refere Bernardino Guimarães, mas a listagem poderá contribuir também para a "criação de uma rede ecológica a nível metropolitano, que ligue as zonas verdes dos vários concelhos".

No próximo dia 25, a Campo Aberto fará a apresentação pública da campanha, pelas 21.15 horas, no Departamento de Ciência de Computadores da Faculdade de Ciências (antigo edifício da Faculdade de Psicologia, ao Campo Alegre).

Veja aqui como participar

Depois preencha o formulário online ou então descarregue aqui a versão pdf, para enviar mais tarde (até final de 2006, o mais tardar).

Fonte: Jornal de Notícias, Inês Schreck, Adelino Meireles

18 outubro, 2006

Cidades e alterações climáticas - Como é o ambiente perturbado pela urbanização?

Terá lugar na próxima 3ª feira, 24 de Outubro, das 13 às 14 horas, na sala 8.2.15 do edifício C8 (Faculdade de Ciências da Universidade de
Lisboa
) um seminário do CGUL com o título:

"Cities and climate change. How does urbanization impact environment." por Anastasia Svirejeva-Hopkins (SIM/IDL).

O seminário será em Inglês.


Resumo do seminário (versão portuguesa adaptada do inglês de CGUL:

Apesar dos territórios urbanizados ocuparem cerca de 1 a 2% do solo, estes são responsáveis por 97% das emissões de dióxido de carbono produzido pelo homem. Estas provêm de fontes como os transportes, as indústrias e as actividades de construcção.

Outra das fontes de emissão de carbono (secundária) é a conversão de terra natural em área urbana, isto é, o processo de urbanização em si. Apesar de presentemente, a contribuição da fonte secundária para o total de emissões produzidas pelo homem não ser significativa, com a taxa actual de urbanização, a situação irá certamente alterar-se no futuro imediato.

Existem muitos veículos promotores de urbanização: o crescimento populacional, a migração, o desenvolvimento económico, o uso energético, etc.

Os sistemas urbanos estão a interagir com os sistemas terrestres, no qual se inclui o clima. Estes interagem sob um número variado de formas, por exemplo através da conversão de terra ocupada por ecossistemas naturais, com fluxos de carbono equilibrados, em terra urbana, áreas construídas, ou espaços desmatados, onde o balanço local de carbono é perturbado. Os sistemas urbanos, por induzirem um metabolismo citadino, onde se promove o uso intensivo de combustíveis, estão a produzir calor e poluentes, a interferir com os ciclos hidrológicos, etc. É colocada a hipótese de que todos estes processos sejam proporcionais à dimensão da área urbana (e suas derivadas); e que a sua dinâmica seja determinada pela dinêmica da área urbana. Outra variável é a emissão específica de dióxido de carbono (por unidade de território urbanizado). Aparentemente, variáveis como esta podem ser controladas por diferentes estratégias e políticas, ou seja é uma das mais sensíveis a estas.

O desenvolvimento sub-modelos, que descrevam os padrões de emissão específica de dióxido de carbono em áreas urbanas de países e regiões e a sua evolução virtual, é o principal objectivo da investigação aqui levada a cabo.

Mais informações em:

CGUL
SIM

12 outubro, 2006

Terra entrou em saldo negativo!

"O cálculo exacto do dia do ano em que a Terra passa a estar em débito ecológico é uma derivação da "pegada ecológica", que estima qual a área do planeta que cada pessoa precisa para suportar o seu estilo de vida.

Outro conceito é o da biocapacidade de renovar os recursos - de uma cidade, uma região, um país ou da Terra como um todo. Segundo os últimos cálculos da organização não-governamental Global Footprint Network, cada português precisava, em 2002, de 4,2 hectares de recursos do planeta. Mas o país só tinha capacidade para suprir 1,7 hectares por pessoa. Por habitante, havia então um débito de 2,5 hectares.

Com base neste tipo de dados, a New Economics Foundation (NEF), outra organização não-governamental, passou a determinar o dia exacto em que o salário ecológico anual da Terra termina. E "o dia em que a humanidade começa a comer a Terra", como define um comunicado da NEF, ocorre cada vez mais cedo. Em 1987, o "dinheiro" acabou em 19 de Dezembro. Em 1995, a data estava já em 21 de Novembro. E este ano a conta entrou no vermelho esta semana, no dia 9 de Outubro."


Fonte: Público, 10/10/2006

10 outubro, 2006

Lixo electrónico - Guia verde dos produtores

Criança chinesa desmontando lixo electrónicoA Greenpeace criou um ranking destinado a classificar o desempenho ambiental de empresas líder no mercado mundial (principalmente de computadores portáteis e telemóveis) de produção de bens de consumo electrónicos.

Este Guia Verde foi efectuado únicamente com base em informação disponibilizada ao público e pretende classificar o desempenho destas empresas em assumir a responsabilidade pelo descarte dos resídous dos seus produtos e em agir de forma a minimizar ou eliminar os efeitos nocivos que estes possam produzir no ambiente.

Empresas com pior desempenho: Lenovo e Motorola.
As mais limpas: Nokia e Dell.

Consulte aqui o Guia Verde da Greenpeace.

03 outubro, 2006

UNEP avalia impacte ambiental do conflito no Líbano


" Uma equipa das Nações Unidas começou hoje no Líbano um levantamento sobre as consequências ambientais do último conflito com Israel. O grupo, constituído por peritos internacionais e coordenado pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente (UNEP, da sigla em inglês), vai manter uma estreita colaboração com as autoridades libanesas. O objectivo é identificar potenciais riscos para a saúde humana, a vida selvagem e o ambiente.

Os pontos mais críticos estão à partida identificados. É o caso da Central Termoeléctrica de Jiyyeh, a Sul de Beirute, que descarregou entre 10 mil e 30 mil toneladas de fuel-óleo para o Mediterrâneo depois de ter sido atingida por bombardeamentos israelitas em meados de Julho. Poucos dias depois, era também bombardeada uma fábrica de vidro no Vale de Bekaa, um dos locais a visitar pelo grupo de peritos.

A equipa pretende avaliar ainda os riscos de poluição nas infra-estruturas de abastecimento de água e saneamento, assim como nos hospitais. «É urgente avaliar a herança ambiental do recente conflito e colocar em marcha um vasto programa de limpeza de locais poluídos e contaminados», declara Achim Steiner, vice-secretário-geral das Nações Unidas e director executivo do UNEP.

Em Agosto, o UNEP iniciou também um trabalho de limpeza da costa do Líbano, afectada por um grande derrame de petróleo. Estas acções vêm na sequência de apelos feitos às Nações Unidas pelo ministro do Ambiente do Líbano, Yacoub Sarraf."

Fonte: portal Ambiente Online