A análise da utilização de fontes de energia renovável (FER), numa perspectiva integradora, não deve esquecer questões que se situam a montante, como as razões da utilização destas fontes mas, também, problemas a elas associadas. Importa referir que as FER apresentam diversas vantagens: não utilizam recursos finitos como o petróleo, possibilitam uma maior independência face ao exterior e, de uma maneira geral e à escala a que são implementadas, apresentam menores impactes ambientais.
Pelos motivos acima expostos, e na sequência do Protocolo de Quioto, foi aprovada, em 2001, a Directiva Europeia 2001/77/CE para a promoção das fontes de energia renovável. Esta Directiva estabeleceu metas indicativas nacionais relativas ao consumo futuro de electricidade produzida a partir de fontes de energia renovável para o ano de 2010, tendo Portugal uma meta de 39%.
Não se pode, no entanto, ignorar que também as FER apresentam problemas ambientais que variam consoante o tipo de fonte, a localização dos centros electroprodutores, bem como com o modo como os projectos são implementados. É por este motivo que, do ponto de vista ambiental e da eficiência económica, é também muito importante trabalhar na redução do consumo de energia na fonte, matéria que tem sido um pouco esquecida. Evitar o consumo excessivo de energia implica, necessariamente, evitar impactes ambientais – o kWh “mais limpo” é aquele que não é desperdiçado.
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Um artigo de Ana Lopes e Patrícia Veloso.