“... Nas últimas décadas, quase todas as cidades do país, e em particular as da Área Metropolitana de Lisboa, têm sofrido um crescimento descontrolado, com base em planeamentos urbanos deficientes ou inexistentes, orientados por pressões especulativas no campo do imobiliário (...).”
“Almada não é excepção. (...) Os espaços de construção em altura aumentaram, enquanto os espaços verdes de proximidade têm vindo a escassear. Como a este crescimento descontrolado está associado o transporte privado, os passeios em redor dos edifícios passaram a estar ocupados por veículos estacionados, as vias pedonais são um conceito desconhecido, poucos ousam circular numa bicicleta (uma aventura suicida), andar a pé obriga a contornar obstáculos e a fazer parte dos percursos na estrada.
Cidades sem sentido são o nosso cenário diário. Betão e mais betão, onde é quase heresia haver espaços para serem fruídos por todos nós. (...)”
“É urgente o debate e a participação de todos, de forma a propor mudanças no espaço urbano. A cidade não pode ser apenas obra de técnicos fechados em gabinetes, a cidade constrói-se com todos, a cidade só é a nossa cidade se a ela nos vincularmos com os nossos afectos, se sentirmos o espaço como nosso.”
In: 1º folheto Informativo sobre a iniciativa
Lá poderá encontrar também uma exposição de fotografias de Luís Gurriana e Luís Silva; Maquetas de Miguel Quinhones e 30 Anos de Caos Urbanístico, Exposição da Univ. Lusófona.
Organização: Grupo Vida Urbana e Ambiente
Participe!