Enquanto preparava um novo post sobre as últimas eleições, reparei que o Estrago da Nação já se tinha adiantado… Mesmo assim, repito-o:
Na vossa opinião, quem será o próximo ministro do Ambiente?
Sendo que o próximo primeiro-ministro, eleito com maioria absoluta, já foi ministro do ambiente, acham que ele dará prioridade e relevância ao Ambiente?
Quais são as prioridades ambientais a que o próximo governo deverá atender de imediato?
Opinem, sff.
PS: Para quem não leu (incluindo eu), aqui ficam bases programáticas do partido que ganhou as eleições.
Aqui fala-se de curiosidades, política, experiências, e outros temas, desde que tenham a ver com Ambiente.
22 fevereiro, 2005
21 fevereiro, 2005
Medidas que funcionam
A cidade de Londres em Inglaterra introduziu há dois anos atrás uma polêmica taxa de cinco libras por dia para desincentivar o uso de carros no centro da cidade.
O resultado é que, na área de 21 quilômetros quadrados atingida pela medida, o tráfego caiu 15%, os congestionamentos 30%, as emissões de partículas e NOx 12%, os tempos de espera por autocarros 45% e as obstruções ao funcionamento dos autocarros 60%.
Parte da verba arrecadada deverá ser investida no sobrecarregados transportes públicos londrinos. A redução do tráfego melhorou a velocidade média nas ruas e deu mais mobilidade para táxis e autocarros.
Por todos esses factores, a experiência londrina vem sendo considerada um sucesso, apesar da reação inicial num país que mal conhece as portagens nas estradas, ao contrário, por exemplo,da França onde estas são muitos comuns.
A cidade de Edimburgo pondera adoptar a mesma medida,
e a de Paris também...
No verão de há dois anos, por causa da poluição e dos graves problemas de saúde pública que estes causaram para os parisienses, a polícia de Paris impôs limites de velocidade dentro da cidade. Durante o fim de semana, as autoridades ponderaram retirar metade dos carros das rodovias, também para tentar melhorar a qualidade do ar.
Problemas como estes ocorrem em várias grandes cidades no mundo inteiro. As grandes cidades portuguesas, previligiando o uso do automóvel dentro das zonas centrais não tardarão a ter que enfrentá-los.
É altura de dar prioridade aos transportes públicos dentro das cidades antes que medidas como as Taxas de Congestionamento (Congestion Charges) sejam a nossa única chance de alterar a relação automóvel/transporte público existente.
Consultem aqui informação completa relativa ao sucesso das Congestion Charges na cidade de Londres.
Consulta:
Relatório de monitorização de impactes na zona de congestionamento referente a Janeiro do presente ano (PDF - em Inglês).
O resultado é que, na área de 21 quilômetros quadrados atingida pela medida, o tráfego caiu 15%, os congestionamentos 30%, as emissões de partículas e NOx 12%, os tempos de espera por autocarros 45% e as obstruções ao funcionamento dos autocarros 60%.
Parte da verba arrecadada deverá ser investida no sobrecarregados transportes públicos londrinos. A redução do tráfego melhorou a velocidade média nas ruas e deu mais mobilidade para táxis e autocarros.
Por todos esses factores, a experiência londrina vem sendo considerada um sucesso, apesar da reação inicial num país que mal conhece as portagens nas estradas, ao contrário, por exemplo,da França onde estas são muitos comuns.
A cidade de Edimburgo pondera adoptar a mesma medida,
e a de Paris também...
No verão de há dois anos, por causa da poluição e dos graves problemas de saúde pública que estes causaram para os parisienses, a polícia de Paris impôs limites de velocidade dentro da cidade. Durante o fim de semana, as autoridades ponderaram retirar metade dos carros das rodovias, também para tentar melhorar a qualidade do ar.
Problemas como estes ocorrem em várias grandes cidades no mundo inteiro. As grandes cidades portuguesas, previligiando o uso do automóvel dentro das zonas centrais não tardarão a ter que enfrentá-los.
É altura de dar prioridade aos transportes públicos dentro das cidades antes que medidas como as Taxas de Congestionamento (Congestion Charges) sejam a nossa única chance de alterar a relação automóvel/transporte público existente.
Consultem aqui informação completa relativa ao sucesso das Congestion Charges na cidade de Londres.
Consulta:
Relatório de monitorização de impactes na zona de congestionamento referente a Janeiro do presente ano (PDF - em Inglês).
18 fevereiro, 2005
Portal: Ambiente para jovens europeus
Atenção Jovens!
Este é um portal especialmente dedicado a voçês. Foi criado pelo Comissariado Europeu para o Ambiente e é um sítio onde podem descobrir mais sobre os problemas que o nosso ambiente enfrenta.
Fala dos problemas do Ar:
As mudanças climáticas estão a alterar os nossos padrões de tempo na Europa. Descubra como.
Da água:
Sem água potável não podemos viver. Há água suficiente para todos?
Fala dos resíduos:
Todos os anos as pessoas deitam cada vez mais lixo fora na Europa. O que faz isso ao nosso ambiente?
E da Natureza:
Muitos animais e plantas europeus correm o risco de desaparecer para sempre. Aprenda como podemos protegê-los.
Vão lá dar uma espreitadela, há jogos!
Ligações relacionadas:
Este é um portal especialmente dedicado a voçês. Foi criado pelo Comissariado Europeu para o Ambiente e é um sítio onde podem descobrir mais sobre os problemas que o nosso ambiente enfrenta.
Fala dos problemas do Ar:
As mudanças climáticas estão a alterar os nossos padrões de tempo na Europa. Descubra como.
Da água:
Sem água potável não podemos viver. Há água suficiente para todos?
Fala dos resíduos:
Todos os anos as pessoas deitam cada vez mais lixo fora na Europa. O que faz isso ao nosso ambiente?
E da Natureza:
Muitos animais e plantas europeus correm o risco de desaparecer para sempre. Aprenda como podemos protegê-los.
Vão lá dar uma espreitadela, há jogos!
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17 fevereiro, 2005
Inquérito sobre as necessidades e experiências de pequenas empresas
A ISO (International Organization for Standartization) está a realizar um inquérito junto de pequenas empresas (com menos de 100 trabalhadores) para determinar como melhorar a experiência com a norma ISO 14001.
Neste inquérito são colocadas questões acerca da utilização – ou não – das normas ISO 14001, ISO 14004 e de sistemas de gestão ambiental (SGA) em geral.
O inquérito foi concebido de forma a adaptar-se a cada situação; as questões variam conforme a empresa tenha implementado a ISO 14001 ou não, ou no caso de o inquirido ser um consultor ou certificador que trabalhou ou trabalha com pequenas empresas.
Nenhuma informação recolhida pode ser relacionada com uma pessoa ou organização específicas e não serão divulgados quaisquer dados individuais. Todos os dados recebidos serão considerados confidenciais.
O questionário pode ser respondido por mais de uma pessoa de cada empresa com experiência em ISO 14001 ou SGA.
Clique na imagem para participar!!
Todos os participantes neste inquérito terão acesso aos dados e poderão efectuar a sua própria análise. Clique aqui para ver os resultados estatísticos em tempo real.
Os dados serão recolhidos até 8 de Março de 2005.
Neste inquérito são colocadas questões acerca da utilização – ou não – das normas ISO 14001, ISO 14004 e de sistemas de gestão ambiental (SGA) em geral.
O inquérito foi concebido de forma a adaptar-se a cada situação; as questões variam conforme a empresa tenha implementado a ISO 14001 ou não, ou no caso de o inquirido ser um consultor ou certificador que trabalhou ou trabalha com pequenas empresas.
Nenhuma informação recolhida pode ser relacionada com uma pessoa ou organização específicas e não serão divulgados quaisquer dados individuais. Todos os dados recebidos serão considerados confidenciais.
O questionário pode ser respondido por mais de uma pessoa de cada empresa com experiência em ISO 14001 ou SGA.
Clique na imagem para participar!!
Todos os participantes neste inquérito terão acesso aos dados e poderão efectuar a sua própria análise. Clique aqui para ver os resultados estatísticos em tempo real.
Os dados serão recolhidos até 8 de Março de 2005.
16 fevereiro, 2005
Protocolo de Quioto entrou em vigor e Portugal não está preparado
Noventa dias após a assinatura do protocolo de Quioto por parte da Rússia, entra em vigor o acordo internacional que visa reduzir as emissões poluentes responsáveis pelas alterações climáticas.
O que tem feito Portugal para fazer face às limitações impostas por este protocolo?
Durante o Primeiro Período de Cumprimento do Protocolo de Quioto (de 2008 a 2012), a meta a alcançar será a redução de emissões totais dos gases responsáveis pelo efeito de estufa para níveis inferiores em, pelo menos, 5% dos verificados em 1990. Esse valor varia de país para país e Portugal até estava autorizado a aumentar as suas emissões em 27%, relativamente às emissões verificadas em 1990.
No entanto, os dados disponíveis relativos a 2002 mostram que Portugal está já cerca de 14% acima deste limite estabelecido de aumento de emissão de gases com efeito de estufa. De acordo com o relatório publicado pela Agência Europeia de Ambiente (AEA) Portugal foi o único Estado-Membro da União Europeia que aumentou as emissões de poluentes em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), no período compreendido entre 1990 e 2002. Ou seja, para gerar riqueza actualmente em Portugal são emitidos mais gases com efeito de estufa que em 1990. A continuar assim e dado que as emissões não param de aumentar, sobretudo nos transportes, terá que ser feito um grande esforço para que Portugal consiga alcançar a meta de Quioto.
A participação no Comércio Europeu de Licenças de Emissão, o Plano Nacional para as Alterações Climáticas e a obtenção de créditos de emissão, os três pilares onde assenta a estratégia nacional de mitigação das Alterações Climáticas, serão suficientes para fazer travar este aumento?
Como foi reconhecido na sessão pública de apresentação do pacote legislativo para as alterações climáticas, hoje em dia a questão central é saber qual o preço que estamos dispostos a pagar para cumprir o protocolo de Quioto. Com o estado actual da economia nacional e sem perspectivas de melhores dias a curto/médio prazo, o preço a pagar poderá ser demasiado alto e "vencer na economia do Carbono" poderá ser uma miragem. Tudo porque as acções têm tardado e não foram acauteladas medidas para fazer face aos limites finalmente impostos pelo Protocolo de Quioto.
Ver artigo completo na Lpn
Documentos a consultar:
Alterações climáticas/Portugal (Quercus)
Dossier Quioto no Público.pt
O que tem feito Portugal para fazer face às limitações impostas por este protocolo?
Durante o Primeiro Período de Cumprimento do Protocolo de Quioto (de 2008 a 2012), a meta a alcançar será a redução de emissões totais dos gases responsáveis pelo efeito de estufa para níveis inferiores em, pelo menos, 5% dos verificados em 1990. Esse valor varia de país para país e Portugal até estava autorizado a aumentar as suas emissões em 27%, relativamente às emissões verificadas em 1990.
No entanto, os dados disponíveis relativos a 2002 mostram que Portugal está já cerca de 14% acima deste limite estabelecido de aumento de emissão de gases com efeito de estufa. De acordo com o relatório publicado pela Agência Europeia de Ambiente (AEA) Portugal foi o único Estado-Membro da União Europeia que aumentou as emissões de poluentes em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), no período compreendido entre 1990 e 2002. Ou seja, para gerar riqueza actualmente em Portugal são emitidos mais gases com efeito de estufa que em 1990. A continuar assim e dado que as emissões não param de aumentar, sobretudo nos transportes, terá que ser feito um grande esforço para que Portugal consiga alcançar a meta de Quioto.
A participação no Comércio Europeu de Licenças de Emissão, o Plano Nacional para as Alterações Climáticas e a obtenção de créditos de emissão, os três pilares onde assenta a estratégia nacional de mitigação das Alterações Climáticas, serão suficientes para fazer travar este aumento?
Como foi reconhecido na sessão pública de apresentação do pacote legislativo para as alterações climáticas, hoje em dia a questão central é saber qual o preço que estamos dispostos a pagar para cumprir o protocolo de Quioto. Com o estado actual da economia nacional e sem perspectivas de melhores dias a curto/médio prazo, o preço a pagar poderá ser demasiado alto e "vencer na economia do Carbono" poderá ser uma miragem. Tudo porque as acções têm tardado e não foram acauteladas medidas para fazer face aos limites finalmente impostos pelo Protocolo de Quioto.
Ver artigo completo na Lpn
Documentos a consultar:
Alterações climáticas/Portugal (Quercus)
Dossier Quioto no Público.pt
15 fevereiro, 2005
Caso Freeport - Quercus apresenta queixa na Comissão Europeia e na Inspecção do Território
“O Freeport de Alcochete foi construído em Zona de Protecção Especial [ZPE] do Estuário do Tejo e isso não devia ter acontecido.” Francisco Ferreira, dirigente da associação ambientalista Quercus (...) não hesita em sublinhar a irregularidade, motivo de duas queixas, dirigidas à Comissão Europeia e à Inspecção-Geral da Administração do Território, ambas sem resposta passados três anos.
No documento enviado à então comissária do Ambiente Margot Wallstrom (actualmente Stavros Dimas), a Quercus contestava a autorização de construção de um complexo lúdico-desportivo na ZPE do Estuário do Tejo, assim considerada por causa da avifauna, e a alteração de limites de ZPE em Portugal.
Francisco Ferreira lembra que com a alteração, decidida em Conselho de Ministros no dia 14 de Março de 2002, apenas parte do empreendimento ocupava ZPE. Os limites da zona de protecção foram repostos quando Isaltino Morais era ministro do Ambiente, pelo que, neste momento, toda a área do Freeport, equivalente a 55 campos de futebol, encontra-se em área protegida. “As actividades a concretizar no espaço não são compatíveis com os objectivos apresentados no Plano de Gestão da ZPE do Estuário do Tejo”, queixou-se a Quercus a Wallstrom, reforçando: “Um estacionamento com capacidade para 1600 lugares contraria frontal e inequivocamente a manutenção agroflorestal e o carácter rural do espaço”. A Quercus notava que “também a carga humana prevista para cada sábado, de cerca de 26 800 visitantes, com 500 000 no primeiro ano de exploração, 750 000 no segundo e um milhão no terceiro” ia contra os objectivos que presidiram à criação da ZPE.
Fonte: Correio da Manhã
Podem encontrar no blogue "Ambio" informação completa sobre a intervenção da Quercus no caso Freeport.
No documento enviado à então comissária do Ambiente Margot Wallstrom (actualmente Stavros Dimas), a Quercus contestava a autorização de construção de um complexo lúdico-desportivo na ZPE do Estuário do Tejo, assim considerada por causa da avifauna, e a alteração de limites de ZPE em Portugal.
Francisco Ferreira lembra que com a alteração, decidida em Conselho de Ministros no dia 14 de Março de 2002, apenas parte do empreendimento ocupava ZPE. Os limites da zona de protecção foram repostos quando Isaltino Morais era ministro do Ambiente, pelo que, neste momento, toda a área do Freeport, equivalente a 55 campos de futebol, encontra-se em área protegida. “As actividades a concretizar no espaço não são compatíveis com os objectivos apresentados no Plano de Gestão da ZPE do Estuário do Tejo”, queixou-se a Quercus a Wallstrom, reforçando: “Um estacionamento com capacidade para 1600 lugares contraria frontal e inequivocamente a manutenção agroflorestal e o carácter rural do espaço”. A Quercus notava que “também a carga humana prevista para cada sábado, de cerca de 26 800 visitantes, com 500 000 no primeiro ano de exploração, 750 000 no segundo e um milhão no terceiro” ia contra os objectivos que presidiram à criação da ZPE.
Fonte: Correio da Manhã
Podem encontrar no blogue "Ambio" informação completa sobre a intervenção da Quercus no caso Freeport.
09 fevereiro, 2005
Iniciativa Pública - "Água Quente Solar para Portugal"
Embora Portugal seja um dos países da Europa com maior incidência de radiação solar - cerca de 3 mil horas de sol por ano em algumas regiões - verifica-se que o mercado nacional de colectores solares para o aquecimento de água tem uma dimensão muito inferior à de outros países e que o aproveitamento deste recurso renovável está muito longe de atingir o potencial de 2,8 milhões de m2 de colectores solares, estimado pelo FORUM Energias Renováveis em Portugal em 2001.
O objectivo específico do programa Água Quente Solar para Portugal é a criação de um mercado sustentável de colectores solares para o aquecimento de água, com ênfase na vertente "Garantia da Qualidade", de cerca de 150 000 m2 de colectores por ano, que poderá conduzir a uma meta da ordem de 1 milhão de m2 de colectores instalados e operacionais até 2010.
Visite aqui a página desta iniciativa:
Resposta a "Perguntas Frequentes" sobre energia solar e colectores solares:
O objectivo específico do programa Água Quente Solar para Portugal é a criação de um mercado sustentável de colectores solares para o aquecimento de água, com ênfase na vertente "Garantia da Qualidade", de cerca de 150 000 m2 de colectores por ano, que poderá conduzir a uma meta da ordem de 1 milhão de m2 de colectores instalados e operacionais até 2010.
Visite aqui a página desta iniciativa:
Resposta a "Perguntas Frequentes" sobre energia solar e colectores solares:
08 fevereiro, 2005
Rótulos de produtos "Ecológicos"
Vários rótulos ecológicos foram desenvolvidos com o objectivo de ajudar o consumidor a seleccionar produtos mais verdes. Os mais conhecidos são o Rótulo Ecológico Europeu, o rótulo alemão Blue Angel e o rótulo escandinavo Nordic Swan.
O rótulo ecológico Energy Star é um caso de sucesso. Em 1993, o governo federal dos Estados Unidos da América (EUA), o maior consumidor mundial de equipamento informático, decidiu comprar exclusivamente computadores certificados com a etiqueta Energy Star – que garante que os equipamentos informáticos têm mecanismos de eficiência energética, por exemplo, modo economizador de energia.
O resultado desta decisão foi imediato: uma adesão quase total do mercado ao cumprimento dos critérios deste rótulo. Os benefícios ambientais foram muito significativos. Só nos EUA, alcançou-se uma redução no consumo de energia eléctrica de 200 biliões de kWh, entre 1995 e 2004, um valor que representa 4,5 vezes o consumo médio anual de energia eléctrica em Portugal!
Experimentem clicar nos símbolos em baixo para ficar com uma ideia mais esclarecida sobre cada um destes rótulos (informação em inglês.
Será que cá por Portugal alguém dá importância a este tipo de rótulos? Terão impacte nas escolhas dos consumidores? Comentem!
Retirado de: Boletim Municipal de Almada - Fevereiro de 2005
O rótulo ecológico Energy Star é um caso de sucesso. Em 1993, o governo federal dos Estados Unidos da América (EUA), o maior consumidor mundial de equipamento informático, decidiu comprar exclusivamente computadores certificados com a etiqueta Energy Star – que garante que os equipamentos informáticos têm mecanismos de eficiência energética, por exemplo, modo economizador de energia.
O resultado desta decisão foi imediato: uma adesão quase total do mercado ao cumprimento dos critérios deste rótulo. Os benefícios ambientais foram muito significativos. Só nos EUA, alcançou-se uma redução no consumo de energia eléctrica de 200 biliões de kWh, entre 1995 e 2004, um valor que representa 4,5 vezes o consumo médio anual de energia eléctrica em Portugal!
Experimentem clicar nos símbolos em baixo para ficar com uma ideia mais esclarecida sobre cada um destes rótulos (informação em inglês.
Será que cá por Portugal alguém dá importância a este tipo de rótulos? Terão impacte nas escolhas dos consumidores? Comentem!
Retirado de: Boletim Municipal de Almada - Fevereiro de 2005
06 fevereiro, 2005
Entrevista a Gonçalo Ribeiro Telles - "As pessoas já só vibram com o futebol"
A revista National Geographic, na sua edição em português, chamou-lhe "O Arquitecto dos Sonhos". Em 2002 era líder do projecto Plano Verde de Lisboa, que preparava algumas alterações ao Plano Director Municipal da capital, Gonçalo Ribeiro Telles, arquitecto paisagista, monárquico e presidente do Movimento Partido da Terra, em entrevista ao Oninet em 2002, explicava porque é que a falta de auto-estima é a grande inimiga do Ambiente.
No discurso de Telles, que embora acrescente sempre algo de novo, com projecção nacional e de interesse público, existe um conjunto de ideias que se repetem constantemente ao longo dos colóquios e seminários em que participa, como foi o caso do recente workshop "Estruturação Ecológica dos Centros Urbanos" integrado na 4ª UrbaVerde realizada entre os dias 1 e 3 de Fevereiro, a que tive o previlégio de assistir. O discuso repete-se porque é urgente que se faça ouvir.
Os argumentos do arquitecto paisagista são fortes, vivos de ideias, difíceis de contrapôr por serem tão claros e evidentes. São os argumentos de alguém que não se conforma com o estado a que as coisas chegaram e exige mudança. Ele realça o óbvio, que teimamos a não querer constatar. Talvez seja porque é mais fácil ignorar os problemas que tentar resolvê-los... Uma coisa é certa: muito temos a aprender com as suas palavras.
Deixo-vos com um excerto da entrevista que deu em 2002, que podia perfeitamente ter ocorrido hoje, uma vez que os problemas abordados são igualmente pertinentes e as respostas a estes problemas são as que ainda hoje são discutidas (mas não concretizadas...).
(...)
Vendo Lisboa, caso a caso, que zonas requerem intervenções de fundo?
GRT - A primeira coisa que se tem que fazer em Lisboa, e rapidamente, para parar esta degradação toda é cumprir a lei. É estudar com competência, e elaborar com competência, e implantar em todos os municípios, uma estrutura ecológica municipal, como diz a lei. É um primeiro passo. Em segundo lugar, é preciso limitar também as necessidades. Não pode haver necessidades, se não houver capacidade. A relação necessidade/capacidade é fundamental. Não se podem criar necessidades se não tivermos capacidade para resolver os assuntos. No entanto, é o que estamos a fazer.
(...)
Considera existir alguma relação entre o exercício da cidadania e a luta pelo Ambiente?
GRT - Não. Pergunto primeiro - o que é a cidadania? É vazia de emoção. O cidadão - ainda à moda da influência francesa - é um fulano com direitos e deveres. Escritos. Acontece o mesmo na relação com o Ambiente. Desapareceu de cena um factor extraordinário, assunto muito bem trabalhado pelo médico António Damásio, que é o problema da emoção. E esta questão, de tudo se resumir a direitos e deveres, retirou por completo o sentido emocional da solidariedade e da pátria. Só resiste num sítio...
Onde?
GRT - No futebol. As pessoas já só vibram, nacionalmente, com o futebol. É o que lhes resta...
(...)
Leia a entrevista completa aqui, vale a pena!
No discurso de Telles, que embora acrescente sempre algo de novo, com projecção nacional e de interesse público, existe um conjunto de ideias que se repetem constantemente ao longo dos colóquios e seminários em que participa, como foi o caso do recente workshop "Estruturação Ecológica dos Centros Urbanos" integrado na 4ª UrbaVerde realizada entre os dias 1 e 3 de Fevereiro, a que tive o previlégio de assistir. O discuso repete-se porque é urgente que se faça ouvir.
Os argumentos do arquitecto paisagista são fortes, vivos de ideias, difíceis de contrapôr por serem tão claros e evidentes. São os argumentos de alguém que não se conforma com o estado a que as coisas chegaram e exige mudança. Ele realça o óbvio, que teimamos a não querer constatar. Talvez seja porque é mais fácil ignorar os problemas que tentar resolvê-los... Uma coisa é certa: muito temos a aprender com as suas palavras.
Deixo-vos com um excerto da entrevista que deu em 2002, que podia perfeitamente ter ocorrido hoje, uma vez que os problemas abordados são igualmente pertinentes e as respostas a estes problemas são as que ainda hoje são discutidas (mas não concretizadas...).
(...)
Vendo Lisboa, caso a caso, que zonas requerem intervenções de fundo?
GRT - A primeira coisa que se tem que fazer em Lisboa, e rapidamente, para parar esta degradação toda é cumprir a lei. É estudar com competência, e elaborar com competência, e implantar em todos os municípios, uma estrutura ecológica municipal, como diz a lei. É um primeiro passo. Em segundo lugar, é preciso limitar também as necessidades. Não pode haver necessidades, se não houver capacidade. A relação necessidade/capacidade é fundamental. Não se podem criar necessidades se não tivermos capacidade para resolver os assuntos. No entanto, é o que estamos a fazer.
(...)
Considera existir alguma relação entre o exercício da cidadania e a luta pelo Ambiente?
GRT - Não. Pergunto primeiro - o que é a cidadania? É vazia de emoção. O cidadão - ainda à moda da influência francesa - é um fulano com direitos e deveres. Escritos. Acontece o mesmo na relação com o Ambiente. Desapareceu de cena um factor extraordinário, assunto muito bem trabalhado pelo médico António Damásio, que é o problema da emoção. E esta questão, de tudo se resumir a direitos e deveres, retirou por completo o sentido emocional da solidariedade e da pátria. Só resiste num sítio...
Onde?
GRT - No futebol. As pessoas já só vibram, nacionalmente, com o futebol. É o que lhes resta...
(...)
Leia a entrevista completa aqui, vale a pena!
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