21 fevereiro, 2005

Medidas que funcionam

A cidade de Londres em Inglaterra introduziu há dois anos atrás uma polêmica taxa de cinco libras por dia para desincentivar o uso de carros no centro da cidade.

O resultado é que, na área de 21 quilômetros quadrados atingida pela medida, o tráfego caiu 15%, os congestionamentos 30%, as emissões de partículas e NOx 12%, os tempos de espera por autocarros 45% e as obstruções ao funcionamento dos autocarros 60%.

Parte da verba arrecadada deverá ser investida no sobrecarregados transportes públicos londrinos. A redução do tráfego melhorou a velocidade média nas ruas e deu mais mobilidade para táxis e autocarros.

Por todos esses factores, a experiência londrina vem sendo considerada um sucesso, apesar da reação inicial num país que mal conhece as portagens nas estradas, ao contrário, por exemplo,da França onde estas são muitos comuns.

A cidade de Edimburgo pondera adoptar a mesma medida,

e a de Paris também...

No verão de há dois anos, por causa da poluição e dos graves problemas de saúde pública que estes causaram para os parisienses, a polícia de Paris impôs limites de velocidade dentro da cidade. Durante o fim de semana, as autoridades ponderaram retirar metade dos carros das rodovias, também para tentar melhorar a qualidade do ar.

Problemas como estes ocorrem em várias grandes cidades no mundo inteiro. As grandes cidades portuguesas, previligiando o uso do automóvel dentro das zonas centrais não tardarão a ter que enfrentá-los.

É altura de dar prioridade aos transportes públicos dentro das cidades antes que medidas como as Taxas de Congestionamento (Congestion Charges) sejam a nossa única chance de alterar a relação automóvel/transporte público existente.

Consultem aqui informação completa relativa ao sucesso das Congestion Charges na cidade de Londres.


Consulta:

Relatório de monitorização de impactes na zona de congestionamento referente a Janeiro do presente ano (PDF - em Inglês).