Alguns estados da Amazónia estão a enfrentar a pior seca dos últimos 40 anos, que está a reduzir o caudal dos rios para níveis tão dramáticos que os peixes morrem aos milhares por falta de oxigenação.
Várias populações ficaram isoladas, já que os cursos de água, principais vias de comunicação, diminuíram muito. A sobrevivência da principal fonte de proteína e riqueza das comunidades ribeirinhas – o peixe – está a mobilizar as autoridades e as populações, que se desdobram em esforços para tentar retirar os animais das zonas onde ficaram encurralados, lançando-os em águas mais profundas.
E agora surge o alerta para a sobrevivência de algumas das espécies mais emblemáticas da região: o peixe-boi - o único mamífero aquático herbívoro - e o piracuru, o maior peixe dos rios amazónicos e que está em extinção. As duas espécies vêm-se assim encurraladas em lagos e braços de rio isolados pela descida das águas.
E o pior é que as previsões não ajudam. Os cientistas brasileiros dizem que a região amazónica poderá apresentar temperaturas acima da média histórica nos próximos três meses e chuva abaixo da média nos estados do Amazonas e do Acre no mesmo período.
Fonte: Público
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