Concerteza que se lembram dos nomes que chamaram àqueles que já há largos anos alertaram para os problemas associados às alterações climáticas e outros problemas, como por exemplo o ordenamento do território. Catastrofistas, ambientalistas (no mau sentido da palavra) e fundamentalistas foram alguns deles.
O furacão Katrina veio relembrar a nossa dependência económica dos recursos naturais, veja-se como de um momento para o outro a cidade de Nova Orleães parou (ou seja, o output económico deixou de existir e recursos financeiros foram e continuarão a ser gastos na reabilitação da cidade e no destacamento de recursos militares). Se os capitalistas deste mundo acharem importante, também se pode referir o enorme impacte social que o furacão teve (desalojados, mortos, entre outras tragédias).
O certo é que parte desta tragédia tem origem humana: as alterações ao rio Mississippi e a destruição de zonas húmidas no seu estuário deixaram a área circundante a Nova Orleães anormalmente vulnerável às forças da natureza. As alterações climáticas - com temperaturas crescentes e subida do nível médio do mar - podem também ter exacerbado o poder destrutivo do Katrina.
Citando o presidente do Worldwatch Institute (onde me inspirei para este post), este evento demonstra que "o país mais rico do mundo não está imune à necessidade de respeitar os sistemas naturais e de investir na sua protecção".
Quantas mais evidências serão precisas para que os políticos e a população em geral (que também não está isenta de culpa em muitas questões ambientais) se apercebam da urgência dos problemas ambientais?
Para ler com atenção:
Comunicado do Worldwatch Institute: Unnatural disaster - the lessons of Katrina