Os cerca de 200 casais de Pterodroma feae que ocorrem na ilha do Bugio eram classificados como sendo da mesma espécie que outros que nidificam em quatro ilhas do arquipélago de Cabo Verde.
Foto: SPEA.
Recentemente, estudos genéticos desenvolvidos por investigadores do projecto SOS Freira do Bugio (da SPEA), com tecidos dos indivíduos de Cabo Verde vieram comprovar as diferenças que já eram observáveis a nível morfológico, apesar de pequenas (no bico e patas dos indivíduos). Ou seja, as diferenças genéticas observadas são suficientes para que se reconheçam duas espécies.A Freira do Bugio já era considerada como vulnerável, sendo que as pressões identificadas incluem a erosão do planalto terrestre que serve para a sua nidificação, bem como a ocupação dos ninhos por outras espécies de aves. A espécie só visita durante os meses de nidificação o planalto sul da ilha, com menos de cinco mil metros quadrados. Apesar de passarem grande parte do dia no mar, é nesta área que as aves têm os ninhos, em buracos no solo.
O novo nome científico espera actualmente a aprovação da Comissão Taxonómica Internacional.
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