27 junho, 2008

Governo não tem dinheiro para estudar o impacte do Alqueva no estuário do Guadiana


«Elevado custo da monitorização faz com que haja grande dificuldade em cumprir as determinações da Comissão Europeia para o estudo do rio

Uma questão suscitada por um investigador do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve durante um encontro no fim-de-semana, em Beja, sobre Protecção e Qualidade da Água de Alqueva e Pedrógão, deixou perceber que as entidades com essa competência estão com sérias dificuldades, por falta de dinheiro, em proceder a estudos como a Comissão Europeia determina sobre a erosão do estuário do Guadiana e da faixa costeira adjacente.

Quando o investigador quis saber se já existiam "estimativas ou dados concretos" sobre o volume de sedimentos retidos nas barragens de Alqueva e Pedrógão, que estarão a provocar anomalias na praia, Ana Ihéu, directora do Departamento do Ambiente e Ordenamento do Território da Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas de Alqueva, argumentou que a matéria "não é" da competência da EDIA, endereçando a questão para Maria Teresa Álvares do Instituto da Água. E a resposta foi que "a monitorização dos sedimentos tem custos muito elevados e há realmente uma grande dificuldade em cumprir as obrigações que a Comissão Europeia nos coloca". Teresa Álvares disse ainda que esta dificuldade surge associada " às restrições orçamentais" impostas pelo Governo à tutela, um condicionalismo qua obriga a tomar opções com as verbas disponíveis.

A ausência de monitorização sobre o caudal dificulta a interpretação de um fenómeno que é resultado das mudanças previstas no regime de caudais, depois da entrada em funcionamento dos empreendimentos de Alqueva-Pedrógão e de Andévalo-Chança, barragem que os espanhóis ergueram, nos anos 80, junto à confluência com o Guadiana. Já em 2006, no seminário Fórum Guadiana, uma das conclusões apresentadas pelo Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve revelava a "ausência de monitorização nas áreas da dinâmica sedimentar".

Outra das conclusões do Fórum sustentava que a ausência de caudais elevados podia transformar o estuário "num corpo hídrico poluído". Durante o Verão, em anos secos, os detritos vão-se acumulando no leito e margens. Quando o caudal tinha um regime natural, as grandes cheias limpavam a linha de água da carga poluente. Com o surgimento do sistema Alqueva/Pedrógão deixaram de se registar esses caudais e os detritos têm tendência a acumular-se e "corre-se o risco de ter um estuário com níveis de poluição que podem ter consequências nefastas", acentua-ram as conclusões do debate.

Para os investigadores, os impactes causados pela barragem do Alqueva no troço do rio a jusante da albufeira e no estuário do Guadiana, em Vila Real de Santo António, levantam sérias apreensões desde que os caudais do grande rio do Sul passaram a ser regularizados. Também o autarca de Mértola, Jorge Pulido Valente, já denunciou o progressivo assoreamento do rio que está a impossibilitar a navegação segura entre a vila alentejana e Vila Real de Santo António.»

Fonte: Público.pt

26 junho, 2008

Greenwashing

«Painéis fotovoltaicos do Rock in Rio eram apenas cenário

Apesar da contabilidade energética ainda não estar concluida, o AmbienteOnline sabe que os 200 painéis fotovoltaicos colocados no Palco Mundo do Rock in Rio não foram ligados e, portanto, não produziram qualquer energia.

A Lift, uma das empresas que trata da comunicação do evento confirmou ao AmbienteOnline que os painéis solares não foram de facto ligados, mas que o objectivo era usá-los como cenário para reforçar a sensibilização dos visitantes. «Da maneira que foram colocados os painéis, nem sequer estavam aptos para retirar o máximo proveito na produção de energia», justifica.

Os equipamentos, 400 painéis no total, vão agora ser colocados em 20 escolas do continente e ilhas, vencedoras do concurso “Rock in Rio Escola Solar”, sendo que actualmente já há 3 estabelecimentos de ensino que têm os painéis fotovoltaicos instalados. »

Fonte:Portal Ambiente Online

How biofuel policies are deepening poverty and accelerating climate change

« The current biofuel policies of rich countries are neither a solution to the climate crisis nor the oil crisis, and instead are contributing to a third: the food crisis. In poor countries, biofuels may offer some genuine development opportunities, but the potential economic, social, and environmental costs are severe, and decision makers should proceed with caution.

Summary

Biofuels are presented in rich countries as a solution to two crises: the climate crisis and the oil crisis. But they may not be a solution to either, and instead are contributing to a third: the current food crisis.

Meanwhile, the danger is that they allow rich-country governments to avoid difficult but urgent decisions about how to reduce consumption of oil, while offering new avenues to continue expensive support to agriculture at the cost of taxpayers.

In the meantime, the most serious costs of these policies – deepening poverty and hunger, environmental degradation, and accelerating climate change – are being ‘dumped’ on developing countries.

Date of publication: June 2008

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Fonte: Oxfam GB

13 junho, 2008

Expo de Zaragoza abre hoje com três meses dedicados à água


«La Exposición Internacional de Zaragoza 2008, dedicada al 'Agua y Desarrollo Sostenible', celebrará hoy la ceremonia inaugural de la muestra con un acto presidido por los Reyes de España, al que asistirán unos 5.000 invitados.
(...)
La 'Carta de Zaragoza', un compromiso sobre el uso sostenible del agua, es el principal legado al que aspira la Expo como resultado de la Tribuna del Agua, un foro de debate y reflexión en el que participarán unas 32.000 personas y que contará con la presencia de 2.000 expertos y personalidades como Mijail Gorbachov, Rigoberta Menchú, Federico Mayor Zaragoza o Javier Solana. (...)»

Ler artigo completo

Sítio oficial

Fonte: La Vanguardia

07 junho, 2008

Portugal tem mais uma espécie endémica

A Freira do Bugio, uma ave que ocorre numa das três ilhas desertas da Madeira (a do Bugio) foi recentemente classificada como endémica dessa área.

Os cerca de 200 casais de Pterodroma feae que ocorrem na ilha do Bugio eram classificados como sendo da mesma espécie que outros que nidificam em quatro ilhas do arquipélago de Cabo Verde.



Foto: SPEA.

Recentemente, estudos genéticos desenvolvidos por investigadores do projecto SOS Freira do Bugio (da SPEA), com tecidos dos indivíduos de Cabo Verde vieram comprovar as diferenças que já eram observáveis a nível morfológico, apesar de pequenas (no bico e patas dos indivíduos). Ou seja, as diferenças genéticas observadas são suficientes para que se reconheçam duas espécies.

A Freira do Bugio já era considerada como vulnerável, sendo que as pressões identificadas incluem a erosão do planalto terrestre que serve para a sua nidificação, bem como a ocupação dos ninhos por outras espécies de aves. A espécie só visita durante os meses de nidificação o planalto sul da ilha, com menos de cinco mil metros quadrados. Apesar de passarem grande parte do dia no mar, é nesta área que as aves têm os ninhos, em buracos no solo.

O novo nome científico espera actualmente a aprovação da Comissão Taxonómica Internacional.

Mais informações sobre o projecto SOS Freira do Bugio AQUI

Artigo original AQUI (PÚBLICO)

04 junho, 2008

Viaggiatori! e Viaggiatori?

Descubra aqui se é um viajante ou um "turista".


via Kind of Blog

Campos de colza contaminados com OGM proibidos

"Quinze parcelas de colza da sociedade Bayer Crop Science foram contaminadas na Bélgica por organismos geneticamente modificados (OGM) não autorizados na Europa, anunciou hoje o Ministério belga da Saúde Pública. "Esta contaminação é inadmissível", insurgiu-se hoje à noite o ministro valão da Agricultura e do Ambiente, Benoît Lutgen, num comunicado. "Trata-se de uma nova prova do carácter incontrolável das culturas dos OGM e da sua colocação no mercado", acrescentou Lutgen.

O ministro valão - a agricultura é regionalizada na Bélgica - anunciou que tencionava " utilizar todas as vias possíveis para exigir medidas compensatórias por parte da Bayer e fazer aplicar estritamente o princípio ´poluidor-pagador´".
A sociedade Bayer, especializada nomeadamente na melhoria das culturas, informou as autoridades belgas desta contaminação, que ocorreu durante a realização a 06 de Maio de uma sementeira de colza convencional, segundo um comunicado do Ministério.
"O lote de sementes convencionais foi contaminado por cinco por cento de colza OGM", precisa o texto. Um inquérito provisório feito pela multinacional indica que esta contaminação tem por origem um "erro humano".

Os campos onde a Bayer Crop Science fez os ensaios em questão estão situados em quatro instalações da Valónia (Sul da Bélgica) e na Flandres (Norte). Quinze mini-parcelas foram semeadas com o lote contaminado.

A sociedade tomou "diversas medidas para impedir a disseminação das OGM não autorizadas", como o arranque e a destruição das jovens plantas.
Segundo o comunicado, as plantas permaneciam no estado vegetativo na altura em que foram destruídas e por isso não tiveram tempo de florescer nem de produzir grãos. As parcelas ficarão agora sob controlo durante vários anos.
O Ministério vai informar a Comissão Europeia e os outros Estados membros da situação e das medidas tomadas."

Fonte: Expresso/Lusa
clicar aqui

Condutores americanos "batalham" por hiper-quilómetros

03 junho, 2008

Feira do Livro do Ambiente/2008

«Abre as portas ao público no próximo dia 2 de Junho a Feira do Livro (usado) do Ambiente, uma iniciativa da Secretaria-Geral do MAOTDR integrada no Programa de Comemorações do Dia Mundial do Ambiente.

A Feira do Livro (usado) do Ambiente reunirá centenas de títulos antigos e modernos das áreas do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, ao preço de 1 euro cada livro e de 50 cêntimos cada revista.

A Feira do Livro (usado) do Ambiente irá decorrer no Centro de Documentação e Informação da Secretaria-Geral do MAOTDR, na Rua de "O Século", n.º 53, em Lisboa, até ao próximo dia 6 de Junho, entre as 10 horas e as 19 horas.

Venha visitar-nos a pé, de bicicleta ou utilizando a rede pública de transportes:

Metro - linhas azul e verde, estação Baixa-Chiado;
Carris: - Autocarro n.º 58 (Cais Sodré - Portas de Benfica);
- Autocarro n.º 92 [Praça do Comércio - Praça do Comércio (circ. Bairro Alto)];
- Autocarro n.º 790 (Gomes Freire - Príncipe Real);
- Eléctrico n.º 28 (Campo de Ourique - Martim Moniz);
- Elevadores da Bica e da Glória. »