Há cada coincidência na vida! Passo a explicar:
No dia 24, comentava cá por casa, a cultura científica dos nossos jornalistas que continuamente escrevem “calinadas” sobre os mais variados assuntos científicos ou, pior, nem as escrevem. Na semana anterior tinha saído um artigo na revista do Correio da Manhã sobre sismos , onde se fazia a previsão do número de vítimas caso acontecesse um sismo igual ao de 1755. O artigo, baseado na informação prestada por cientistas, previa 15 mil mortos devido exclusivamente a aluimentos de prédios e incêndios. O curioso é que em 4 (quatro!) páginas de artigo, nem uma única vez se fazia referência ao Tsunami, Maremoto, onda gigante – como preferirem – nem aos milhares de vítimas daí resultantes, etc, etc.
Triste coincidência, quando na manhã de dia 26 vejo as notícias….
Mas de facto, já dizia a “Tia”: Não há coincidências.
Imaginemos um sismo igual ao de 1755.
Juntemos ás 15 mil vítimas previstas por idóneos cientistas, mais alguns milhares de vítimas provocadas pela entrada de um Maremoto na baixa Lisboeta (previsão calculada por um não idóneo nem cientista - Eu). Quereremos imaginar um cenário de verão na costa Algarvia?
Se bem se recordam há cerca de 4 anos, em Agosto, houve uma “Onda Gigante” que assolou o Algarve. Felizmente não passou de uma ilusão óptica associada a uma onda de calor proveniente de África, mas que serviu de ensaio ao pior cenário possível. Apesar de residir em Faro há 6 anos, não me encontrava no Algarve quando isto aconteceu, mas tive um relato via telemóvel de alguém que se encontrava na praia de Faro naquele dia, naquela hora. A descrição era tão simples como isto: “ A GNR está a mandar-nos sair da praia, mas não sabe o que é aquilo. Estão milhares de pessoas na praia. O trânsito não anda, está toda a gente parada e dentro dos carros”. Este cenário durou pelo menos 45 minutos. Aproveito para referir que em várias partes do Algarve, nomeadamente em Portimão (relato in loco de um amigo) as pessoas que não estavam na praia, deslocaram-se para lá de propósito para ver a “Onda”…
Numa situação de um verdadeiro Maremoto, não haveria tempo para nada disto. Simplesmente acontecia.
Será provável acontecer? À falta de tempo para fazer uma pesquisa e fundamentar uma opinião pessoal em dados mais científico, basta ouvir as notícias. Segundo os especialistas que têm aparecido nos media a falar:
No dia 24, comentava cá por casa, a cultura científica dos nossos jornalistas que continuamente escrevem “calinadas” sobre os mais variados assuntos científicos ou, pior, nem as escrevem. Na semana anterior tinha saído um artigo na revista do Correio da Manhã sobre sismos , onde se fazia a previsão do número de vítimas caso acontecesse um sismo igual ao de 1755. O artigo, baseado na informação prestada por cientistas, previa 15 mil mortos devido exclusivamente a aluimentos de prédios e incêndios. O curioso é que em 4 (quatro!) páginas de artigo, nem uma única vez se fazia referência ao Tsunami, Maremoto, onda gigante – como preferirem – nem aos milhares de vítimas daí resultantes, etc, etc.
Triste coincidência, quando na manhã de dia 26 vejo as notícias….
Mas de facto, já dizia a “Tia”: Não há coincidências.
Imaginemos um sismo igual ao de 1755.
Juntemos ás 15 mil vítimas previstas por idóneos cientistas, mais alguns milhares de vítimas provocadas pela entrada de um Maremoto na baixa Lisboeta (previsão calculada por um não idóneo nem cientista - Eu). Quereremos imaginar um cenário de verão na costa Algarvia?
Se bem se recordam há cerca de 4 anos, em Agosto, houve uma “Onda Gigante” que assolou o Algarve. Felizmente não passou de uma ilusão óptica associada a uma onda de calor proveniente de África, mas que serviu de ensaio ao pior cenário possível. Apesar de residir em Faro há 6 anos, não me encontrava no Algarve quando isto aconteceu, mas tive um relato via telemóvel de alguém que se encontrava na praia de Faro naquele dia, naquela hora. A descrição era tão simples como isto: “ A GNR está a mandar-nos sair da praia, mas não sabe o que é aquilo. Estão milhares de pessoas na praia. O trânsito não anda, está toda a gente parada e dentro dos carros”. Este cenário durou pelo menos 45 minutos. Aproveito para referir que em várias partes do Algarve, nomeadamente em Portimão (relato in loco de um amigo) as pessoas que não estavam na praia, deslocaram-se para lá de propósito para ver a “Onda”…
Numa situação de um verdadeiro Maremoto, não haveria tempo para nada disto. Simplesmente acontecia.
Será provável acontecer? À falta de tempo para fazer uma pesquisa e fundamentar uma opinião pessoal em dados mais científico, basta ouvir as notícias. Segundo os especialistas que têm aparecido nos media a falar:
i) O sismo de 1755 tem um período de retorno de 250 anos, ou seja deveria acontecer um igual antes de 2005. Mas como a natureza não é aritmética pode, ou não, acontecer nos próximos 20 anos. Impossível de prever.
ii) Alegadamente, o sismo que assolou a Ásia serviu para aliviar algumas tensões na crosta terrestre que, associado à libertação de energia do recente sismo sentido em Portugal Continental, reduz as probabilidades de acontecer um sismo de igual magnitude ao de 1755.
Não quero ser um profeta da desgraça, muito menos um céptico em relação ao nosso sistema de protecção civil. Quero apenas relembrar-vos que não se trata de saber se vai ou não acontecer, nem quando. Trata-se apenas de sabermos reagir ou não a um cenário destes. E para isso, o planeamento devia começar a ser feito, ontem. Infelizmente temo que só a seguir a uma catástrofe destas iremos ter um dos melhores planos de contingência da Europa. É preciso cair uma ponte para se inspeccionar todas as outras, e mesmo assim….
Apesar de Lisboa ter um plano de contingência para sismos, duvido que as restantes cidades de Portugal possuam iguais planos. Em particular as do Algarve. A educação da população para estes cenários deveria ser uma prioridade.
Porque este se tornou num artigo de “desabafo”, e pouco científico, permitam-me contar mais uma história. Há alguns anos, houve um passeio de barco no rio Guadiana para estudantes. A meio do rio, houve um incêndio na casa das máquinas do barco. Os estudantes Portugueses nem se mexeram, havendo alguns que aproveitaram para tirar umas fotos “engraçadas”. Apenas uma estudante se dirigiu de imediato para os coletes salva-vidas, o que mereceu algumas risadas portuguesas. A dita estudante, era a única estrangeira no barco (ERASMUS). São aquelas pequenas histórias que me fazem pensar. Não me lembro de uma única vez ter participado num exercício de incêndio ou de sismo, quando sei que isso faz parte da vida de qualquer escola, ou empresa em alguns países (verdadeiramente) desenvolvidos.
Por via das dúvidas, há vários anos que tenho sempre uma lanterna e um estojo de primeiros-socorros em casa. Mais vale prevenir, do que remediar….
ii) Alegadamente, o sismo que assolou a Ásia serviu para aliviar algumas tensões na crosta terrestre que, associado à libertação de energia do recente sismo sentido em Portugal Continental, reduz as probabilidades de acontecer um sismo de igual magnitude ao de 1755.
Não quero ser um profeta da desgraça, muito menos um céptico em relação ao nosso sistema de protecção civil. Quero apenas relembrar-vos que não se trata de saber se vai ou não acontecer, nem quando. Trata-se apenas de sabermos reagir ou não a um cenário destes. E para isso, o planeamento devia começar a ser feito, ontem. Infelizmente temo que só a seguir a uma catástrofe destas iremos ter um dos melhores planos de contingência da Europa. É preciso cair uma ponte para se inspeccionar todas as outras, e mesmo assim….
Apesar de Lisboa ter um plano de contingência para sismos, duvido que as restantes cidades de Portugal possuam iguais planos. Em particular as do Algarve. A educação da população para estes cenários deveria ser uma prioridade.
Porque este se tornou num artigo de “desabafo”, e pouco científico, permitam-me contar mais uma história. Há alguns anos, houve um passeio de barco no rio Guadiana para estudantes. A meio do rio, houve um incêndio na casa das máquinas do barco. Os estudantes Portugueses nem se mexeram, havendo alguns que aproveitaram para tirar umas fotos “engraçadas”. Apenas uma estudante se dirigiu de imediato para os coletes salva-vidas, o que mereceu algumas risadas portuguesas. A dita estudante, era a única estrangeira no barco (ERASMUS). São aquelas pequenas histórias que me fazem pensar. Não me lembro de uma única vez ter participado num exercício de incêndio ou de sismo, quando sei que isso faz parte da vida de qualquer escola, ou empresa em alguns países (verdadeiramente) desenvolvidos.
Por via das dúvidas, há vários anos que tenho sempre uma lanterna e um estojo de primeiros-socorros em casa. Mais vale prevenir, do que remediar….