Aqui fala-se de curiosidades, política, experiências, e outros temas, desde que tenham a ver com Ambiente.
29 janeiro, 2004
Células de combustível domésticas
Qualquer casa tem um esquentador a gás para a água e uma conexão à rede eléctrica para as luzes. Portugal será um dos primeiros países europeus a testar uma solução doméstica que faz as duas coisas ao mesmo tempo, utilizando células de combustível que produzem electricidade a partir do hidrogénio, sem provocar emissões poluentes.
Juntamente com a Alemanha, Holanda e Espanha, o país está representado no projecto "Virtual Fuel Cell Power Plant", que envolve a instalação de 31 equipamentos à base de células de combustível, para a produção de electricidade e calor. Um deles ficará no Instituto Superior Técnico, em Lisboa.
Por: RICARDO GARCIA Ver artigo completo
Fonte: Newsletter Ambio
27 janeiro, 2004
Estudo sobre o Golfe no Algarve
Elaborado por uma equipa da Universidade do Algarve, este estudo interessará certamente a quem pretender compreender o fenómeno da multiplicação dos golfes no Algarve e os cenários futuros que se esperam encontrar face a este fenómeno.
São aqui estudados os impactes Ambientais, Económicos e Sociais e todas as grandes questões com que se confronta a actividade do Golfe no Algarve.
O estudo encontra-se dividido em dois volumes:
Volume I - Relatório Preliminar
Volume II - Cenários de Desenvolvimento
24 janeiro, 2004
Petição Online - PNSACV
(...)Ex.mo Senhor Ministro,
Vimos exprimir a nossa profunda preocupação com o estado de degradação em que se encontra o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV).
Esta situação resulta, em nossa opinião, de uma grave escassez de recursos humanos qualificados e de meios financeiros para o seu normal funcionamento.
A ausência de uma estratégia clara para o Parque Natural, uma notória incapacidade de liderança, assim como a inexistência de uma política de informação e educação ambiental levou ao difícil relacionamento com as autarquias e as populações. Ora sem o apoio destas, não é possível implementar uma eficaz política de Conservação da Natureza
Neste contexto, volta a ouvir-se falar dos grandes projectos imobiliários para o Parque Natural - os alegados “compromissos assumidos”- mas não só. Já se fala também de novos “projectos turísticos estruturantes”, como uma eventual marina na Boca do Rio, que estariam agora em condições de avançar, à luz do novo Plano de Desenvolvimento do Turismo, violando todos os instrumentos legais de ordenamento do território (PMOT de Vila do Bispo, PROTAL, Plano de Ordenamento do PNSACV, Rede Natura 2000).
No cidadão comum, perpassa a ideia que o PNSACV está “a saque”.(...)
Petição online criada pela LPN e Almargem, escrita por Sebastião Pernes.
23 janeiro, 2004
Ligações Temáticas - renovadas e melhoradas!
A funcionalidade que está ao dispor dos Ambientalistas Ligações Temáticas, foi revista e melhorada com 2 novos temas: Emprego e Salve o Mundo. É de destacar o tema SIG que aumentou consideravelmente a sua oferta de novas ligações relacionadas com Sistemas de Informação Geográfica. Agradece-se a generosa contribuição do Paulo Pereira, da Ana e da Academia dos Empreendedores.
22 janeiro, 2004
Extractos interessantes - O Estado da Nação
(...) Em Portugal, a poupança de energia é algo quase malvisto, como se poupar fosse um sinal de pobreza. A construção de edifícios raramente tem preocupações energéticas. Nos serviços, os edifícios envidraçados tornaram-se uma moda bacoca, com consequentes aumentos dos gastos energéticos. Os construtores e as imobiliárias preocupam-se mais em equipar as casas com aquecimentos centrais a gás e electricidade ou com a instalação de equipamentos de ar condicionado do que em utilizar materiais isolantes. Num país com imenso sol, o aproveitamento de energia solar para aquecimento de águas é mais baixa do que na maioria dos países nórdicos. E os apoios e sensibilização para a aposta em soluções técnicas de poupança ou uso de energias alternativas são tão escassas que dificilmente têm condições para se generalizarem. Mesmo agora que os sucessivos Governos dizem apostar em força nas energias renováveis – por força de imposições comunitárias, saliente-se –, pouco se vê de concreto. Numa publicação recente da Comissão Europeia ficou-se a saber que durante a década de 90 a produção de energia por via de fontes renováveis apenas cresceu 7,5 por cento, o que contrasta com um acréscimo global dos consumos energéticos da ordem dos 53 por cento. (...)
Quem não conseguir, com medidas internas, alcançar esses objectivos terá de comprar «créditos de poluição» que, embora ainda em negociação, deverão atingir os 33 euros por tonelada. Ora, como Portugal poderá, segundo os dados da Faculdade de Ciências e Tecnologia, ultrapassar os limites do protocolo de Quioto entre um mínimo de 17 milhões de toneladas de dióxido de carbono e um máximo de 20 milhões de toneladas por ano em 2010, a factura para a economia nacional poderá atingir os 660 milhões de euros, ou seja, cerca de sete por cento do nosso produto interno bruto. Desta vez, o «crime» não vai compensar. Contudo, recordemos que, em última análise, esse dinheiro sairá dos bolsos dos contribuintes. (...)
In «O Estrago da Nação», capítulo «Poluir para não crescer» (pp. 47-49)
Mais extractos podem ser vistos em Estrago da Nação.
19 janeiro, 2004
O mar pode avançar 44 metros no Algarve nos próximos 50 anos
Daqui a 50 anos, a praia frente à Quinta do Lago deverá ter recuado 44 metros. Nessa altura, se não houver recarga artificial da praia do Vale do Lobo e o reforço do cordão dunar das zonas mais sensíveis da Ria Formosa, algumas casas já terão caído ao mar. O panorama é mais ou menos conhecido, mas no passado dia 16 foi apresentado à comunidade científica, através de um estudo desenvolvido na Universidade do Algarve.
Autoria: Idálio Revez Ver Artigo Completo
Fonte: Público
Novo Plano de Ordenamento do Parque Sintra-Cascais
Bem, como devem ter reparado, os meus últimos posts têm sido meras apresentações de notícias interessantes saídas na comunicação social. Na minha opinião, não é esse o objectivo principal deste blog, o objectivo é opinar, criticar, enfim, agitar consciências e não apenas apresentar notícias (para isso há os devidos sites que concerteza fazem melhor o serviço). Deixem-me então redimir.
No passado dia 7, o Ministro do Ambiente apresentou o novo Plano de Ordenamento do Parque Sintra-Cascais (devem-se lembrar dele pelas piores razões). Ora bem, em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros Amílcar Theias disse: "Este plano põe fim a dez anos de uma situação caótica nos concelhos de Sintra e de Cascais". Deixem-me explicar porque é que acho que tal afirmação não podia estar mais errada e que o ministro a proferiu de forma hipócrita pois já sabe o que a casa gasta.
A primeira questão que surge é: será que o anterior plano estava assim tão mal elaborado que possa ser justificação para todos os problemas ocorridos
no passado? Benefício da dúvida: se calhar até estava (desconheço o documento).
"Na sequência da discussão pública, foram feitas alterações ao documento de revisão original, como a criação de dois anéis à volta dos perímetros urbanos (zonas de expansão urbana) do concelho de Sintra, onde será permitida a construção". Pode ter duas leituras: a positiva - se nesses anéis forem permitidos os índices sustentáveis de construção; a negativa - se esses anéis forem precisamente o argumento usado pelos especuladores imobiliários para poderem construir, torneando de seguida as condicionantes previstas no plano, como já demasiadas vezes se observou neste país.
Mas, eis a surpresa, de seguida lê-se: "Desta forma será possível construir em terrenos que tenham pelo menos dois mil metros quadrados, no anel mais pequeno, e cinco mil metros quadrados, no mais afastado, o que significa um aumento substancial da construção permitida, já que a proposta inicial previa apenas a edificação em terrenos com a dimensão mínima de dez mil ou 50 mil metros quadrados, respectivamente". Ora bem, nem é preciso confirmar a segunda leitura! Os especuladores imobiliários nem precisam de tornear nada, pois o plano já lhes dá uma ajudinha. Incompreensível, na minha forma de ver as coisas. Se alguém me souber justificar esta alteração agradeço.
Bom, ao menos"passam a ser proibidas novas construções fora dos anéis à volta dos perímetros". A ver vamos...mas...esperem..."A nova versão do plano possibilita, sob parecer do Parque Natural, a construção de novos empreendimentos turísticos em espaço rural, nos anéis à volta dos perímetros urbanos de Sintra, e de apoios agrícolas, florestais e pecuários em áreas de protecção parcial, onde aquelas actividades sejam permitidas". Ah, mas é sob parecer do Parque, diz-me o leitor, pois é, mas quantos pareceres é que já foram aprovados tacitamente devido à falta de recursos humanos do ICN, que permitam uma análise atempada de todos os processos de licenciamento?
Outro aspecto interessante: trata-se do "primeiro plano de ordenamento a integrar os valores da Rede Natura 2000". Pergunto eu (e não retoricamente porque sinceramente desconheço), quantos Planos de Ordenamento de Áreas Protegidas é que foram aprovados após a publicação dos valores da Rede Natura 2000? Isto só para alertar que há muitos Planos que já caducaram sem que ninguém lhes pegasse para revê-los. Isto é legal pergunto? Veja-se este caso do Sintra-Cascais: "O plano de ordenamento foi publicado em 1994, em Diário da República, e previa a obrigatoriedade da sua revisão antes do final de 1999, mas só em 2000 o Governo decidiu promover esta revisão".
Acho que o único aspecto positivo que retiro desta notícia é que "no período de discussão pública foram recebidas 582 participações escritas e realizadas dez sessões públicas de apresentação e esclarecimento do plano".
Então qual é a solução mágica podem-me perguntar: não sei, mas mais e melhor fiscalização ambiental fazem parte da fórmula concerteza.
Fonte: Lusa in Público on-line
No passado dia 7, o Ministro do Ambiente apresentou o novo Plano de Ordenamento do Parque Sintra-Cascais (devem-se lembrar dele pelas piores razões). Ora bem, em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros Amílcar Theias disse: "Este plano põe fim a dez anos de uma situação caótica nos concelhos de Sintra e de Cascais". Deixem-me explicar porque é que acho que tal afirmação não podia estar mais errada e que o ministro a proferiu de forma hipócrita pois já sabe o que a casa gasta.
A primeira questão que surge é: será que o anterior plano estava assim tão mal elaborado que possa ser justificação para todos os problemas ocorridos
no passado? Benefício da dúvida: se calhar até estava (desconheço o documento).
"Na sequência da discussão pública, foram feitas alterações ao documento de revisão original, como a criação de dois anéis à volta dos perímetros urbanos (zonas de expansão urbana) do concelho de Sintra, onde será permitida a construção". Pode ter duas leituras: a positiva - se nesses anéis forem permitidos os índices sustentáveis de construção; a negativa - se esses anéis forem precisamente o argumento usado pelos especuladores imobiliários para poderem construir, torneando de seguida as condicionantes previstas no plano, como já demasiadas vezes se observou neste país.
Mas, eis a surpresa, de seguida lê-se: "Desta forma será possível construir em terrenos que tenham pelo menos dois mil metros quadrados, no anel mais pequeno, e cinco mil metros quadrados, no mais afastado, o que significa um aumento substancial da construção permitida, já que a proposta inicial previa apenas a edificação em terrenos com a dimensão mínima de dez mil ou 50 mil metros quadrados, respectivamente". Ora bem, nem é preciso confirmar a segunda leitura! Os especuladores imobiliários nem precisam de tornear nada, pois o plano já lhes dá uma ajudinha. Incompreensível, na minha forma de ver as coisas. Se alguém me souber justificar esta alteração agradeço.
Bom, ao menos"passam a ser proibidas novas construções fora dos anéis à volta dos perímetros". A ver vamos...mas...esperem..."A nova versão do plano possibilita, sob parecer do Parque Natural, a construção de novos empreendimentos turísticos em espaço rural, nos anéis à volta dos perímetros urbanos de Sintra, e de apoios agrícolas, florestais e pecuários em áreas de protecção parcial, onde aquelas actividades sejam permitidas". Ah, mas é sob parecer do Parque, diz-me o leitor, pois é, mas quantos pareceres é que já foram aprovados tacitamente devido à falta de recursos humanos do ICN, que permitam uma análise atempada de todos os processos de licenciamento?
Outro aspecto interessante: trata-se do "primeiro plano de ordenamento a integrar os valores da Rede Natura 2000". Pergunto eu (e não retoricamente porque sinceramente desconheço), quantos Planos de Ordenamento de Áreas Protegidas é que foram aprovados após a publicação dos valores da Rede Natura 2000? Isto só para alertar que há muitos Planos que já caducaram sem que ninguém lhes pegasse para revê-los. Isto é legal pergunto? Veja-se este caso do Sintra-Cascais: "O plano de ordenamento foi publicado em 1994, em Diário da República, e previa a obrigatoriedade da sua revisão antes do final de 1999, mas só em 2000 o Governo decidiu promover esta revisão".
Acho que o único aspecto positivo que retiro desta notícia é que "no período de discussão pública foram recebidas 582 participações escritas e realizadas dez sessões públicas de apresentação e esclarecimento do plano".
Então qual é a solução mágica podem-me perguntar: não sei, mas mais e melhor fiscalização ambiental fazem parte da fórmula concerteza.
Fonte: Lusa in Público on-line
14 janeiro, 2004
Rio Sobral na Tapada Nacional de Mafra - O Crime Ambiental
O processo de reabilitação do troço terminal do Rio Sobral na Tapada de Mafra acabou numa verdadeira estrada de paralelo construida sobre o leito do rio, com destruição da vegetação rípicola! A indignação de quem propôs um projecto alternativo.
Autoria: Joana Araújo
Fonte: Naturlink
12 janeiro, 2004
Entrevista ao Ministro do Ambiente outras notícias de interesse
Está disponível na página do "Público" uma entrevista a Amilcar Theias onde o ministro faz um balanço do seu trabalho até agora e aponta as linhas orientadoras daqui para a frente. Nessa mesma página, estão disponíveis outras notícias de interesse, como sejam a constituição de um grupo de trabalho para a Lagoa de Óbidos , a constituição de outro grupo de trabalho para preparar o Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável, ou ainda as críticas feitas pelo anterior Secretário de Estado do Ambiente ao actual ministro, entre outras notícias. Espreitem-nas!
11 janeiro, 2004
As tensões geopolíticas no Médio Oriente
Vale a pena ler este artigo da revista "Forum desenvolvimento e cooperação", extremamente interessante, sobre a escassez de recursos hídricos no médio Oriente.
"Esta realidade, incontornável no conflito israelo-palestiniano, é igualmente factor de instabilidade para a Turquia, a Síria e o Iraque, entre os quais ainda não houve acordo sobre a partilha das águas do rio Tigre e do rio Eufrates."
Ver artigo completo
"Esta realidade, incontornável no conflito israelo-palestiniano, é igualmente factor de instabilidade para a Turquia, a Síria e o Iraque, entre os quais ainda não houve acordo sobre a partilha das águas do rio Tigre e do rio Eufrates."
Ver artigo completo
09 janeiro, 2004
Maior central de energia solar do mundo vai ser instalada na Amareleja
O Baldio das Ferrarias, na vila da Amareleja, concelho de Moura, por ser um dos locais do planeta com maior número de horas com sol, foi o local escolhido para a instalação daquela que vai ser a maior central de energia solar do mundo.
Mais de 100 hectares de painéis solares fixos e móveis - uma dimensão 12 vezes superior ao maior projecto actualmente existente - vão produzir 64 "megawatts" de energia, que serão lançados na Rede Eléctrica Nacional a partir de Alqueva (...)
Artigo de Carlos Dias Ver artigo completo
Fonte: Newsletter AMBIO
07 janeiro, 2004
Resultados do inquérito: Que temas devem ser aqui abordados/comentados?
Política e Planeamento 31,25%
Boas-práticas ambientais 21,88%
Inovações tecnológicas 18,75%
Promoção de eventos 18,75%
Catástrofes ecológicas 9,38%
O presente inquérito será tido em conta daqui em diante por parte da gerência d'Os Ambientalistas.
Será afixado um novo inquérito em breve na coluna da direita.
Obrigado por participarem!
Boas-práticas ambientais 21,88%
Inovações tecnológicas 18,75%
Promoção de eventos 18,75%
Catástrofes ecológicas 9,38%
O presente inquérito será tido em conta daqui em diante por parte da gerência d'Os Ambientalistas.
Será afixado um novo inquérito em breve na coluna da direita.
Obrigado por participarem!
03 janeiro, 2004
Notícias relevantes
Aproveito mais uma vez para vos deixar algumas notícias de interesse publicadas no jornal "Público" de 29 de Dezembro, que podem ser consultadas no site www.publico.pt.
A primeira diz respeito ao mercado da energia solar em Portugal onde se demonstram os avanços tecnológicos conseguidos nesta área e a necessidade de se apostar neste tipo de energia face à "institucionalização da sustentabilidade como paradigma de desenvolvimento" consequente da conferência do Rio. São ainda apresentados como argumentos o facto deste tipo de energia ser actualmente mais rentável que no passado (consequência dos já referidos avanços tecnológicos que consistem em aumentos de rendimento e diminuições de custo) e as metas de electricidade produzida a partir de fontes de energia renováveis (consagradas na lei), as quais ainda estão longe de se atingir.
Se consultarem a secção Local Lisboa poderão também encontrar artigos de interesse ambiental, nomeadamente respeitantes à ainda existência de lixeiras a céu aberto com resíduos considerados perigosos (em Alvalade/Sado), ou à deposição ilegal de pneus em Vila Franca de Xira, onde inclusivé algumas pessoas recebem dinheiro para encaminhar os pneus para reciclagem e depois descarregam-nos nessa zona, ou ainda a interminável história da protecção de habitações na Lagoa de Óbidos, mais concretamente na zona do Bom Sucesso, onde alguns sacos de areia colocados pelo Inag já se soltaram (como acontece sempre), fazendo com que os habitantes da zona reclamem por uma solução científicamente estudada e viável a longo prazo (no artigo é possível encontrar uma opinião bastante elucidada por parte do porta-voz da comissão de moradores do Bom Sucesso.
Gostaria ainda de destacar um outro artigo, não disponível on-line, e que diz respeito aos erros efectuados no planeamento da rede de transportes públicos de Lisboa, na minha opinião, um dos aspectos essenciais para um bom planeamento urbano. Nesse artigo, de autoria de Rui Rodrigues, defende-se uma rede de comboio convencional a partir da qual se iriam estruturar os restantes transportes públicos, quando na realidade se tem feito exactamente o contrário. E são apontados alguns erros de planeamento: a falta de interface entre a linha de Cascais e os restantes meios de transporte (exemplo: um utente de Cascais ou Oeiras que queira deslocar-se até à Cidade universitária ou EntreCampos, terá de efectuar três mudanças de transporte - uma do comboio para o Metro e mais duas no Metro; o prolongamento da Linha Azul, desde Baixa-Chiado até à estação de S. Apolónia, pela simples razão de que esta irá fechar quando a futura estação Central de Lisboa, em Chelas-Olaias, passar a ser o términos da linha do Norte; o alargamento do IC19 e o túnel das Amoreiras porque ambos vão trazer mais carros para o interior de Lisboa.
São ainda apresentados dois argumentos que considero bastante interessantes: o primeiro é que dentro de anos, quando se verificar novamente um agravamento do trânsito, os responsáveis por tais investimentos vão invocar o argumento de que a perda de passageiros nos transportes públicos e a opção pela viatura particular se deve à melhoria do nível de vida da população. Contudo, este argumento não é valido pois na Suiça, um dos países mais ricos do mundo, a maioria dos habitantes das maiores cidades utiliza o comboio ou o Metro ligeiro e o autocarro, devido às medidas inteligentes adoptadas naquele país. O segundo argumento é o seguinte, na área metropolitana da capital, segundo dados do INE, actualmente cerca de 60 % dos seus habitantes utilizam a viatura particular e 40 % o transporte público. Há poucos anos, os valores eram inversos. A consequência de tal alteração foi um agravamento nos custos e tempos de deslocação e, sobretudo, na qualidade de vida desta cidade.
A primeira diz respeito ao mercado da energia solar em Portugal onde se demonstram os avanços tecnológicos conseguidos nesta área e a necessidade de se apostar neste tipo de energia face à "institucionalização da sustentabilidade como paradigma de desenvolvimento" consequente da conferência do Rio. São ainda apresentados como argumentos o facto deste tipo de energia ser actualmente mais rentável que no passado (consequência dos já referidos avanços tecnológicos que consistem em aumentos de rendimento e diminuições de custo) e as metas de electricidade produzida a partir de fontes de energia renováveis (consagradas na lei), as quais ainda estão longe de se atingir.
Se consultarem a secção Local Lisboa poderão também encontrar artigos de interesse ambiental, nomeadamente respeitantes à ainda existência de lixeiras a céu aberto com resíduos considerados perigosos (em Alvalade/Sado), ou à deposição ilegal de pneus em Vila Franca de Xira, onde inclusivé algumas pessoas recebem dinheiro para encaminhar os pneus para reciclagem e depois descarregam-nos nessa zona, ou ainda a interminável história da protecção de habitações na Lagoa de Óbidos, mais concretamente na zona do Bom Sucesso, onde alguns sacos de areia colocados pelo Inag já se soltaram (como acontece sempre), fazendo com que os habitantes da zona reclamem por uma solução científicamente estudada e viável a longo prazo (no artigo é possível encontrar uma opinião bastante elucidada por parte do porta-voz da comissão de moradores do Bom Sucesso.
Gostaria ainda de destacar um outro artigo, não disponível on-line, e que diz respeito aos erros efectuados no planeamento da rede de transportes públicos de Lisboa, na minha opinião, um dos aspectos essenciais para um bom planeamento urbano. Nesse artigo, de autoria de Rui Rodrigues, defende-se uma rede de comboio convencional a partir da qual se iriam estruturar os restantes transportes públicos, quando na realidade se tem feito exactamente o contrário. E são apontados alguns erros de planeamento: a falta de interface entre a linha de Cascais e os restantes meios de transporte (exemplo: um utente de Cascais ou Oeiras que queira deslocar-se até à Cidade universitária ou EntreCampos, terá de efectuar três mudanças de transporte - uma do comboio para o Metro e mais duas no Metro; o prolongamento da Linha Azul, desde Baixa-Chiado até à estação de S. Apolónia, pela simples razão de que esta irá fechar quando a futura estação Central de Lisboa, em Chelas-Olaias, passar a ser o términos da linha do Norte; o alargamento do IC19 e o túnel das Amoreiras porque ambos vão trazer mais carros para o interior de Lisboa.
São ainda apresentados dois argumentos que considero bastante interessantes: o primeiro é que dentro de anos, quando se verificar novamente um agravamento do trânsito, os responsáveis por tais investimentos vão invocar o argumento de que a perda de passageiros nos transportes públicos e a opção pela viatura particular se deve à melhoria do nível de vida da população. Contudo, este argumento não é valido pois na Suiça, um dos países mais ricos do mundo, a maioria dos habitantes das maiores cidades utiliza o comboio ou o Metro ligeiro e o autocarro, devido às medidas inteligentes adoptadas naquele país. O segundo argumento é o seguinte, na área metropolitana da capital, segundo dados do INE, actualmente cerca de 60 % dos seus habitantes utilizam a viatura particular e 40 % o transporte público. Há poucos anos, os valores eram inversos. A consequência de tal alteração foi um agravamento nos custos e tempos de deslocação e, sobretudo, na qualidade de vida desta cidade.
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