31 março, 2004

Já amanhã

Quinta-Feira, 1 de Abril - 21:00

Conferência: Consumo sustentável e a responsabilidade da comunidade local

Orador: Prof. Doutor Beja Santos

Local: Biblioteca Municipal Dr. Renato Araújo, S. João da Madeira

O Prof. Dr. Beja Santos é autor de vários livros
sobre consumo e co-autor do livro "Consumactor -
O Consumidor contra a Má Globalização". A obra
centra-se em questões urgentes da era actual como
as do novo conceito de cidadania planetária, o
consumo sustentável e responsável, a produção
responsável ou o comércio ético.

Organização: Agenda 21 Local de S. João da Madeira

Para mais informações: clique aqui!

29 março, 2004

Assembleia Geral Constituinte da Associação Nacional de Estudantes de Engenharia do Ambiente

Olá “Ambientalistas”. Peço-vos que divulguem este comunicado a todos os que possam estar interessados. Todos serão bem-vindos.
Saudações.


Desde há muito tempo que os Núcleos de Estudantes de Engenharia do Ambiente constituem um pólo dinamizador, das mais variadas actividades, nas respectivas instituições de ensino, um pouco por todo o país. Foi neste contexto que, no II Encontro Nacional de Estudantes de Engenharia do Ambiente, iniciaram a difícil tarefa de criar a Associação Nacional de Estudantes de Engenharia do Ambiente (ANEEA).

Tendo como principal finalidade a defesa dos interesses dos estudantes dos cursos de Engenheira do Ambiente representados nesta associação, a ANEEA pretende concretizar esta função fomentando o debate sobre os problemas que afectam o ensino e o exercício da profissão, envolvendo os estudantes, assim como as instituições que assumem responsabilidades nestes campos. Outros aspectos, mais elementares mas não menos importantes, como a troca de informação e experiências entre os Núcleos e algumas iniciativas conjuntas no campo da formação extracurricular, merecerão igualmente a nossa atenção.

Actualmente contamos com a participação dos núcleos das Universidades de Açores, Algarve, Aveiro, Católica Portuguesa, Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Trás-os-Montes e Alto Douro e dos Institutos Politécnicos de Guarda, Setúbal e Viseu. Ao fim de um ano e meio de árduo trabalho, em que podemos afirmar que nenhuma instituição foi esquecida nos inúmeros contactos efectuados para angariar membros, finalizámos o difícil processo de elaboração dos estatutos que acreditamos serem democráticos e coerentes com o espírito com que a ANEEA está a ser criada. A ANEEA, outrora um sonho, é hoje quase uma realidade.

Apesar da tarefa de angariação de novos membros que cumpram os estatutos, ou do incentivo à criação de núcleos nas Universidade onde estes não existam, ainda não ter terminado, a ANEEA oficializar-se-á através da realização da Assembleia Geral Constituinte, cerimónia aberta a todos os que queiram manifestar o seu apoio a este novo projecto.

Assim, a comissão instaladora da Associação Nacional de Estudantes de Engenharia do Ambiente, tem a honra de convidar V. Exa. a participar na sua Assembleia Geral Constituinte, a decorrer no Anfiteatro Azul da Universidade do Algarve, campus de Gambelas, em Faro, no dia 22 de Maio do corrente ano, pelas 14h00.

A seguir à Assembleia Geral Constituinte irá ocorrer uma mesa redonda subordinada ao tema “Engenharia do Ambiente, uma profissão em desenvolvimento. Sustentável?”, onde a presença de V. Exa., mais do que uma honra, será certamente uma mais valia para o debate pretendido.

Esperando contar com a presença de V. Exa., despedimo-nos com as mais cordiais saudações Académicas


Pel´ A Comissão Instaladora da
Associação Nacional de Estudantes de Engenharia do Ambiente.

João Queirós

Agradecemos confirmação assim que possível, através dos seguintes contactos:
e-mail: aneea@portugalmail.pt
Morada: Núcleo de Ambiente da Universidade do Algarve, Universidade do Algarve, Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente, Campus de Gambelas, 8005-139 Faro.
Telf:289 800 995 (ext: 7101) Fax: 289 818 353

Esclarecimentos adicionais poderão ser obtidos através do telefone 918762314 ou 963333733.

Crianças da Europa são mais afectadas por riscos ambientais do que se pensava

Em Malta, num encontro de preparação da Conferência Ministerial sobre saúde e ambiente – “O Futuro das nossas Crianças” – que decorrerá em Junho, em Budapeste, foi lançado um alerta devido ao facto das crianças estarem a ser muito mais prejudicadas por riscos ambientais, do que se poderia pensar. Estas conclusões baseiam-se em resultados preliminares de um estudo sobre as ameaças ambientais para a saúde das crianças.

Em muitos locais da Europa, os cérebros dos jovens estão a ser bastante mais afectados devido a perigos ambientais do que vulgarmente se reconhece. Os investigadores, presentes no encontro, reclamam que a situação tem sido escamoteada pelos interesses da indústria e pelas liberdades do comércio.

Com este estudo pode-se concluir que o Chumbo continua a ser o químico mais perigoso para as crianças, e estima-se que 30% das crianças dos centros urbanos europeus têm níveis de sangue elevados. Estes dados demonstram que, nos países desenvolvidos, entre 15 a 18 milhões de crianças sofrem de danos no cérebro causado por envenenamento com Chumbo. Mas nem só o Chumbo ameaça os mais jovens, a este junta-se uma larga gama de produtos, incluindo dioxinas, furanos, pesticidas, nitratos e nitritos, benzeno, metil-mercúrio, PCBs, etc.

Fonte: Naturlink (26-03-2004)

Protocolo de Quioto

“A Austrália sofreu, nos últimos dois anos, um aumento alarmante das emissões de gases com efeito de estufa, cuja origem é totalmente imputável ao consumo de combustíveis fósseis, anunciaram investigadores.” Artigo completo na AmbienteOnline

Seminário "Cumprir Quioto. Desafios e obstáculos"
Organização: Núcleo Regional do Norte da APEA – Associação Portuguesa de Engenheiros do Ambiente

Saudações

URGENTE: o novo serviço da EDP em banda larga

Pois é. Aviso-vos que a EDP já está a aceitar pré-adesões do seu serviço de acesso à Internet de banda larga por linha eléctrica, o Go Powerline.

Sabiam dessa?

Será por isso que na factura deste mês apareceu um NOVO imposto de 1.60E designado Audi-Visual mais concretamente com o código L-30/2003 ( será o DL )???
Já se paga antecipadamente e somos todos a pagá-lo???

26 março, 2004

Sustentabilidade

Aqui fica uma sugestão interessante no que toca ao tema sustentabilidade (económica, social e ambiental).

25 março, 2004

Lisboa: papel e pilhas trocados por plantas e árvores no Pavilhão do Conhecimento

Os lisboetas poderão trocar papel e pilhas usados por plantas e árvores a partir do próximo domingo, Dia Mundial da Árvore, no Pavilhão do Conhecimento Ciência Viva no Parque das Nações.

Durante uma semana, escolas e público em geral são convidados a trocar cada cinco quilos de papel ou 20 pilhas usadas por uma planta e receber ainda uma entrada para o Pavilhão do Conhecimento, válida apenas para os dias 21, 27 e 28 de Março.

Por cada 50 quilos de papel usado, que serão encaminhados para reciclagem, será oferecida em troca uma árvore (em média, por cada metro cúbico de papel produzido são abatidas cerca de 15 árvores).

A iniciativa é da Empresa Geral do Fomento, do grupo Águas de Portugal, responsável pelo tratamento e valorização de cerca de 2,5 milhões de toneladas anuais de lixo doméstico.

A campanha de recolha selectiva de papel e pilhas usados decorre entre 21 e 28 de Março, no piso térreo do Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva.

23 março, 2004

"Os Ambientalistas" na Naturlink

Contactei o director da Naturlink, Rui B. e sugeri-lhe que abrisse uma subsecção para os blogs de caracter ambientalista. Neste mesmo dia tratou de tudo e nós estamos aqui em conjunto com o Ondas, um bom blog e que é de um amigo meu, o Octávio Lima. Obrigado a ti Rui B.

Seminário "Turismo, ambiente e desenvolvimento sustentável"

Realizar-se-á no próximo dia 26 de Março uma conferência sobre o referido tema na Universidade do Algarve. Parece-me que vai ser extremamente interessante se considerarmos as diferentes visões que serão expostas, decorrentes dos diversos oradores que irão marcar presença (desde o Prof. Alveirinho Dias até ao Ministro do Ambiente o Dr. Amílcar Theias, passando por exemplo pelo Presidente do Conselho de Administração do Parque das Cidades, o Dr. Fernando Santos).

Estou extremamente curioso para ver o que sai dali e aconselho-vos vivamente a irem, pois é uma oportunidade de ouvir o que pensa e o que planeia o "outro lado da trincheira" (uso este termo só para que percebam - por princípio não deve sequer existir trincheira).

Programa completo aqui!!!

Concurso - Criação de empresas

A Universidade do Algarve organiza, no âmbito do Programa Regional de Acções inovadoras do Algarve, um concurso para o fomento de criação de empresas. Neste concurso será dada prioridade às ideias que forem apresentadas por jovens recém-licenciados ou por finalistas dos diversos cursos da Universidade do Algarve. O júri considerará igualmente interessantes as ideias que se possam traduzir na constituição de empresas que associem recém-licenciados, docentes ou investigadores e empresas que possam incorporar experiência organizativa e comercial.

Dos sectores prioritários destacam-se: ciências do mar, ciências do ambiente, edificação e energias renováveis, entre outros.

Portanto há aqui uma oportunidade de colocar em prática ídeias/projectos científicos com apoios, o que já não é nada mau. Caso estejam interessados cliquem aqui para o regulamento e mais informações. O regulamento também pode ser acedido na revista Negócios a Sul de Fevereiro de 2004.

Então, há por aí novos empresários ou sociedades?

Energia Eólica

Para contrariar o comum, foi tomada uma posição de força por parte do Estado relativamente à produção de energia eólica. Consultem a noticia aqui.

Mais Calor

Segundo Jean Palutikof, directora de Investigação do Clima da Universidade de East Anglia no Reino Unido, Portugal poderá sofrer cada vez mais episódios de calor extremo como o do Verão passado

Conforme estudos elaborados por eles, está previsto um aumento global médio da temperatura de entre dois e três graus centígrados até 2100. Com a agravante de um grau a mais na média poder fazer uma diferença dramática quando se trata de situações proximas do extremo.

Jean Palutikof acredita que há uma maior probabilidade de as chuvas reduzirem do que de aumentarem em Portugal, admitindo a possibilidade de se alargar o período de seca no país e de, simultaneamente, se registarem episódios de chuvas intensas.

Estamos perante uma situação critica e continua a não se notar a movimentação de entidades nacionais, sejam eles universidades ou outros organismos estatais e privados. Parece que internamente, Portugal não é capaz de dar resposta a muitas questões, quer ciêntificas, quer sociais e de protecção civil.

Até parece que os exemplos do verão passado...já são passado.

21 março, 2004

"A vida é generosa, quando quer"

Celebremos a Primavera, a Poesia e a Natureza.Espero que tenham vivido algumas experiências por algumas cidades no país que realizaram actividades relacionadas com o Dia Mundial da Árvore e da Poesia.
PRIMEIRO POEMA DA PRIMAVERA

Não sei que tem a luz da Primavera,
Que me embebeda!
Será que eu bebo por telepatia
A alegria do vinho que há-de vir?
Embriagado ando, de certeza...
A cair, só de ver o outro Sol da Natureza.

SEGUNDO POEMA DA PRIMAVERA

A vida é generosa, quando quer.
Se gosta de quem passa,
Manda que o vento, lírico, estremeça
E lhe peneire pétalas nos ombros.

Cobre-os do amor que voa e que fecunda...

Semeados de rosas desfolhadas,
O coração do homem, fraga dura,
Transforma-se na terra das lavradas
Onde cresce ternura.

TERCEIRO POEMA DA PRIMAVERA

Ergue-te, Fauno!
Não tenhas frio.
Nas tuas veias já leveda o mosto.
Já cheira a seiva, a floração e a cio...
Passou o Inverno vem aí o Agosto!

Ergue-te, Pai!
Dá o exemplo no lar adormecido.
Abre os olhos e sai
Do cemitério onde tens vivido!

Ergue-te e ergue no teu corpo quente
Quantos mortos vegetam aos teus pés.
Ergue-te como o rebento da semente,
O eterno rebento que tu és!

Ergue-te e manda o som da tua flauta
Ao encontro da vida!
Que ela saiba que simples melodia
Pode retemperar a humanidade.
Ergue-te e desafia
Os próprios deuses sem virilidade!

Miguel Torga, Diário IV, Coimbra, Março/Abril de 1949

19 março, 2004

Alguns receios sobre a mudança de Governo em Espanha

Já tenho vergonha de não participar há tanto tempo no blog, peço desculpa pela ausência! Ora bem li hoje uma notícia que me fez surgir algumas considerações. A notícia dá conta do receio do responsável português pelas relações luso-espanholas no domínio da água (Pedro Serra), relativamente à vitória do PSOE nas legislativas espanholas.

Segundo o mesmo "O PSOE não escondeu preferências por um transvase feito a partir do Douro, o que estava afastado no Plano Hidrológico Espanhol". Ora segundo a notícia e segundo o senso comum, os transvases feitos a partir de rios como o Tejo e o Douro retirarão caudais aos troços portugueses desses rios internacionais e podem trazer problemas de escassez de água e pôr em causa a sobrevivência ecológica daqueles rios.

Se pensarmos que desde 2000 que o Governo espanhol assumiu o compromisso de que o seu Plano Hidrológico não violaria o acordo feito com Portugal de garantir os caudais de água definidos na convenção sobre rios ibéricos, é inevitável pensarmos agora: então o trabalho feito, as reuniões, os esforços, os compromissos foram para quê?

E se pensarmos bem há muitos casos de recuos em posições e compromissos ao nível ambiental (a posição dos EUA em relação a Quioto, a co-incineração em Portugal). Então, se as decisões são tomadas apoiadas em factos e resultados científicos, porque é que se verificam estes recuos de ordem política? Essas situações para mim são incompreensíveis e o caso da co-incineração foi escandaloso, formou-se uma comissão científica independente que trabalhou para obter resultados e quando o governo mudou, como os resultados não convinham, simplesmente extinguiu-se a comissão.

Isto é tratar mal, e menosprezar a comunidade científica portuguesa e só contribui para que cada vez mais cientistas queiram sair (fugir se calhar é o termo mais correcto) do nosso país. Será que a solução passa pela criação de uma entidade internacional reguladora destas questões? Uma polícia ambiental internacional? Quem é que nos garante que daqui a uns anos, por razões políticas, não vão existir recuos graves em termos de medidas ambientais, como se verifica actualmente na área social por exemplo?

Há notícias que nos deixam mesmo tristes com o mundo em que vivemos...


PNALE - Quotas de emissão de CO2

Está em fase de consulta publica o PNALE 2005-2007
Os sectores com maiores emissões de CO2 foram os mais penalizados, tais como Centrais Termoelectricas e Cimenteiras. Apesar de ainda não serem os valores esperados a partir de 2007, com entrada em vigor do estipulado em Quioto, pode-se considerar um primeiro ajuste para que as empresas não acusem dificuldades acrescidas a nivel económico.

Temos o direito de dar a nossa opinião! (até dia 31 de Março)

A realidade é muito monsturosa

Um colega meu, professor numa Escola Básica do concelho de Paços de Ferreira, pretendendo comemorar o Dia Mundial da Árvore, redigiu com os seus alunos um pedido à Câmara Municipal de Paços de Ferreira requisitando árvores para a Escola, juntando à carta um belíssimo cartaz. Sem mais, esta semana chegaram duas árvores!!! E nem uma carta de resposta aos alunos...no mínimo!!! Pelos vistos e pelo que sei, a Escola ficou desmoralizada. Para que os alunos dessa turma não ficassem tão tristes - se calhar na sua ingenuidade rebelde, pensariam que o seu Presidente no dia em que mandou estaria mal-disposto...- tinha um castanheiro em casa e fiz chegá-lo hoje para que o Dia Mundial da Árvore não seja tão triste.
E saber que um dia destes as Escolas pertencerão aos chamados Conselhos Municipais da Educação.

18 março, 2004

Dica da Semana

Capa da Revista CAIS

Recomendo que comprem a revista CAIS de Fevereiro, cujo título é: Ambiente, uma questão global e nacional. Na capa aparece uma fotografia aérea de um incêndio a decorrer na zona de Ílhavo.

Comprei a revista hoje só por curiosidade e fiquei muito bem impressionado pela qualidade e variedade dos temas abordados. Existem algumas fotografias aéreas interessantes e que nos fazem reflectir.

E bem provável que esta revista continue a ser vendida aínda pela maioria dos sem-abrigo apesar de já estarmos em Março, pois é difícil vende-la.

17 março, 2004

BSE - Incineração

A falta de uma incineradora impede Portugal de eliminar as farinhas de carne e osso, (65 mil toneladas) cuja destruição é obrigatória desde a proibição destas farinhas animais na alimentação de bovinos devido à chamada doença das "vacas loucas".
A possibilidade de enviar as farinhas para países onde existem incineradoras está igualmente afastada devido ao embargo europeu às exportações portuguesas de carne de vaca.
E mais. Feitas as contas, pagamos ao Instituto Nacional de Garantia Agrícola a quantia de 3 900 000 Euros/ano para armazenamento até que as farinhas desapareçam por um acto de magia.

Quanto custa uma Co-Incineradora? Ou mesmo uma dedicada?

16 março, 2004

Será que nos ouvem?

Parece que afinal existem pessoas interessadas nas questões ambientais e em tentar ler nas entrelinhas dos comunicados "para embrutecer a malta" que invadem os principais meios de comunicação. (pelo menos na "blogosfera").

Atingiu-se hoje o mítico número 1000 para entradas de leitores n'Os Ambientalistas (sem contar com as minhas!!). Espero que até agora o esforço desenvolvido pelas pessoas que têm contribuído para o desenvlovimento deste projecto tenha contribuído para elucidar, informar, iluminar?, apaziguar, alertar (e outros verbos acabados em "ar") quem aqui se tenha dirigido.

Será que valeu a pena? Será que nos ouvem? Será que este blog não é muito diferente de um qualquer panfleto lido de fugida enquanto caminhamos para o emprego? Por favor, digam-me a vossa opinião!

Saudações Ambientalistas!

15 março, 2004

Comissões de Avaliação de Impacte Ambiental - Existem?

Para que servem os pareceres das comissões de Avaliação de Impacte Ambiental? Aqui fica a posição da Quercus

Como é do conhecimento público, na sequência da consulta pública ao processo de avaliação de impacte ambiental do projecto de construção do último troço da CRIL – Circular Regional Interior de Lisboa, entre a Buraca e a Pontinha, a Comissão de Impacte Ambiental emitiu um parecer desfavorável, tendo em conta os “importantes impactes negativos sociais à escala local”. O parecer da Comissão de Avaliação salienta a “degradação da qualidade de vida da população, induzida pela degradação da situação ambiental em matéria de qualidade do ar, paisagem, solução urbanística e, sobretudo, ruído”.

No entanto, e após este parecer que, sem qualquer margem para dúvidas, é um parecer desfavorável à execução da obra conforme ela se encontra projectada, o Secretário de Estado do Ambiente aprovou o referido projecto, conforme a Declaração de Impacte Ambiental de 19 de Fevereiro.

E ainda esta semana, o Ministro das Obras Públicas, que tutela a referida obra, desvalorizou o facto, argumentando que “normalmente as Comissões de Impacte Ambiental emitem pareceres desfavoráveis”.

A Quercus considera abolutamente inadmissível esta subversão das normas e procedimentos legais e institucionais.

A legislação relativa à Avaliação de Impacte Ambiental é perfeitamente clara. As Comissões de Impacte Ambiental devem emitir parecer final e proposta de Declaração de Impacte Ambiental, a enviar ao Ministério do Ambiente. A situação actual demonstra que o Secretário de Estado do Ambiente contrariou a proposta emitida pela Comissão de Impacte Ambiental.

A Quercus tem perguntas às quais gostaria de obter respostas:

Para que servem então as Comissões de Impacte Ambiental?

Em que conta tem o Secretário de Estado do Ambiente os técnicos do seu próprio Ministério?

Como pode o Ministro das Obras Públicas desvalorizar de forma tão displiscente o trabalho das Comissões de Impacte Ambiental, cuja existência e atribuições estão legalmente previstas na legislação nacional e comunitária ?

A Quercus esclarece ainda que não contesta a necessidade deste empreendimento, como aliás teve oportunidade de o referir em sede própria, em parecer elaborado durante o processo de consulta pública.

No entanto, e como foi devidamente referido no parecer, a construção desta obra, prevista há mais de 30 anos para uma realidade que irreversivelmente se alterou, não poderá ser feita a expensas das populações locais.

Existindo alternativas e medidas que, embora mais onerosas, poderão minimizar os impactes negativos sobre as populações directamente afectadas (como a construção da quase totalidade do troço em túnel), estas deverão ser necessariamente adoptadas em nome do ambiente, qualidade de vida e saúde das populações, valores certamente mais ponderosos que meros critérios economicistas ou – pior ainda – eleitoralistas.

Lisboa, 12 de Março de 2004

Fonte: QUERCUS

Ainda contra as barragens- uma reflexão da LPN

Dê um pulo até aqui!

Visita ao Alqueva

No dia 22 de Março, o GAIA associa-se à Plataforma Alentejo Sustentável para celebrar o Dia Mundial da Água, numa visita guiada por técnicos a Alqueva. As inscrições já estão abertas!
É importante repensar se vale a pena haver mais barragens (esperemos que a Plataforma pelo Sabor ganhe a causa) em vez do Estado encetar reais impulsos ao uso de outras fontes de energia, principalmente da energia fotovoltaica, compostagem e de biogás
Mais infos também nos anexos da SPEA

Artigo Energia F.V.

Relativamente ao fotovoltaico julgo ser perfeitamente executavel em Portugal. Este artigo mostra o quanto isso é possivel. Denota-se o atraso.
Boa leitura

Energia Solar descentralizada: O Sol nasce para todos

Este artigo merce leitura muito aprofundada e ampla divulgação. Já chega impingir-nos incineradoras, mais barragens e mini-hídricas, quando temos uma fonte de energia renovável abundante, segura e muito prática na instalação e conservação.Estou a falar da energia solar fotovoltaica.

Lisboa, 5 de Março de 2004

A energia solar fotovoltaica tem um enorme potencial de crescimento a longo
prazo devido à sua flexibilidade e adaptação a estruturas urbanas
existentes.

Hoje, os custos de investimento ainda são elevados necessitando de avultados
apoios financeiros ao investimento inicial.

Actualmente, segundo a legislação em vigor, o investimento é rentável a um
prazo de dez anos, para um tempo de vida útil, previsto, de 30 anos. Para
isso, é decisivo o incentivo ao investimento que pode atingir 300 mil Euros
a fundo perdido com o máximo de 40% do valor do investimento no âmbito do
PRIME/MAPE. Durante o tempo de vida da instalação, as condições de venda de
electricidade à rede eléctrica são da ordem de 30 centavos de Euro por cada
quiloWatthora, cerca de três vezes o seu preço de aquisição nas nossas
casas.

Portugal é um dos países da Europa com maior disponibilidade de energia
solar por todo o território, com um potencial de produção de cerca de 1/3 da
electricidade por via solar, utilizando apenas uma parte das coberturas
existentes nas áreas urbanas. A energia solar deverá ser aproveitada também
para produção de electricidade mais limpa, o mais amplamente possível e o
mais próximo possível do consumidor, pelos seguintes motivos:

1. A aposta na Energia solar fotovoltaica coloca Portugal
na linha da frente do desenvolvimento das novas tecnologias energéticas
modernizando a nossa economia e tornando-a apta para desafios cada vez mais
exigentes;

2. Os incentivos à instalação de sistemas de energia solar
fotovoltaica devem ser o motor para disseminar, o mais amplamente possível,
as enormes potencialidades da energia solar fotovoltaica, demonstrando a sua
simplicidade, integração estética em estruturas urbanas existentes sem
afectar novos espaços;

3. Os incentivos devem dar preferência a instalações
solares fotovoltaicas em locais com ampla visibilidade, como edifícios com
grande afluência de público, infra-estruturas de transporte e edifícios
escolares, porque os alunos de hoje são os decisores de amanhã, sendo a sua
sensibilização de extrema importância para que Portugal caminhe na via do
desenvolvimento sustentável;

4. A Resolução RCM nº 63/2003, de Abril, do Conselho de
Ministros, prevê a instalação de 150 MW de energia solar fotovoltaica até ao
ano 2010, ajudando Portugal a cumprir a Directiva Europeia sobre energia
renovável (2001/77/CE). A fim de permitir a ampla divulgação e disseminação
por todo o Portugal, o financiamento público, na dupla forma de investimento
e de prémio à venda de electricidade, deve ser limitado a projectos com a
potência até 1 MW por ponto de entrega à rede. Esta potência corresponde à
área de um campo de futebol e trata-se de uma dimensão adequada para uma
urbanização.

5. Actualmente, o valor óptimo do incentivo é atingido com
potências até 250 kW. O ideal seria dotar as escolas com sistemas solares
com potências individuais até 20 kW (cerca de 200m2 por escola) utilizando
coberturas entre edifícios ou coberturas de parques de estacionamento;

6. O governo deve, também, incluir a Região de Lisboa e
Vale do Tejo no financiamento do Programa PRIME/MAPE ou num programa ad-hoc,
utilizando, para o efeito, as verbas entretanto já recebidas e a receber dos
empréstimos reembolsáveis.

Assim, o GEOTA considera que os actuais incentivos são suficientes para a
dinamização da energia solar fotovoltaica, necessitando de ampla divulgação,
papel que compete ao Estado e a entidades da sociedade civil que deverão
ser, devidamente, apoiadas para o efeito.

Em Portugal há a tecnologia e capacidade fabril instalada para a produção de
sistemas de energia solar fotovoltaica de forma a cumprir as metas propostas
na RCM 63/03.

A energia solar fotovoltaica consiste na produção de electricidade
directamente do sol utilizando dispositivos de silício similares aos
utilizados em computadores.

O silício é um material muito abundante, sendo o principal constituinte do
granito e das areias da praia, que os portugueses tanto gostam de pisar para
aproveitar o sol.

Fonte: GEOTA

End “Scientific” Whaling, The Whale-Killing Loophole

Caros amigos
Ao assinares e divulgares entre os teus amigos podemos ajudar!
1. Please forward the email below to all your friends and family
urging them to sign this important petition! This effort will
succeed by word of mouth and every person counts.

Send your friends this link and urge them to sign:
http://www.care2.com/go/z/12368

2. Sign Other Important Petitions to Protect Wildlife:

* Protest Drilling in Endangered Sea Turtle Habitat:
http://www.care2.com/go/z/12367
* Please Help Protect Alaska's Ocean Ecosystems:
http://www.care2.com/go/z/12366

Thanks again,

Os parques de cidade e os equipamentos

Segue-se um texto esplêndido de Francisco Viegas. Depois de o leres concerteza que teremos vontade de reagir e exigir mais espaços verdes nas nossas cidades.
Por exemplo : em 15 de Março o Parque Oriental terá ou não um fim: ou cria-se a Alameda ou preserva-se mais um pulmão vedre na cidade.
Ainda vamos a tempo e há sempre tempo. Se ainda não assinaste nem enviaste postais electrónicos,pode ser agora!
http://www.thepetitionsite.com/takeaction/618159513
http://www.campoaberto.pt/parqueoriental/menu/menu.htm
Associa-te ou colabora com as ONG ambientalistas.

Um parque da cidade
Francisco José Viegas, escritor

Há uma estranha ideia no ar sobre uma das raras manchas verdes na zona de
Lisboa, o parque de Monsanto. Essa ideia, vinda da Câmara de Lisboa, sobre a
"implantação" de uma "indústria de lazer" em Monsanto, causa arrepios mas
não surpreende muito.

Insistamos num ponto: Monsanto é um dos últimos lugares saudáveis de Lisboa
e, infelizmente, já com coisas a mais lá dentro. Portugal não gosta muito de
jardins, de parques ou de bosques (falámos do assunto na altura dos
incêndios do Verão passado, não foi?): quando os vê, ao longe, pensa em
transformá-los em "espaço humano" ou "humanizado". Tudo estaria bem se se
tratasse de melhorar os parques existentes, de "optimizar" o "espaço humano"
já existente, de criar observatórios do parque (lugares para que se
apreciassem as árvores, se ouvisse o vento, se pudessem ver as espécies
botânicas), de impedir a circulação desnecessária por dentro do parque.

Mas a ideia portuguesa (que os rumores vindos da Câmara de Lisboa e de
outras instituições que velam pelo nosso progresso confirmam) é a de que um
parque, um bosque, uma floresta são lugares para ocupar com "equipamento de
lazer" (restaurantes, feira popular, centros comerciais, seja lá o que for),
tudo zonas livres para serem destruídas. Essa ideia estapafúrdia não fez
nenhum dos parques mais belos do Mundo (da pequena montanha de Bergen ao
magnífico jardim botânico de Bali): só os destruiu paulatinamente, devagar
ou depressa, mas decisivamente. Em Portugal, então, nem é preciso muito:
espalhamos lixo e ruído com muita facilidade.

Um parque como o de Monsanto devia ser intocável numa cidade em ruínas,
poluída e desagradável. Quando escrevo "intocável" isso significa, também,
que devia ser entregue a quem percebe de parques e de florestas; e, se for
preciso, quer também dizer que o parque deve ser defendido das pessoas. Dos
"utentes", como agora querem dizer, e que já têm muito que usar por Lisboa
fora, cheia de "equipamentos". Até acho aceitável que parte do parque seja
encerrada de noite à circulação. Um parque como o de Monsanto deve ser
preservado para passeantes, observadores de pássaros, velhos, leitores
deitados na relva, bicicletas, fotógrafos, excursões de miúdos das escolas.
E até podia ter uma biblioteca, sim; e um observatório para astrónomos
amadores. Mas não uma feira popular, barracas de hambúrgueres e farturas, um
pavilhão de "desportos radicais", área de concertos ou parques de
estacionamento. E devia ter cancelas para proteger (dos automobilistas)
determinadas áreas.

O mistério que manda as administrações municipais explorar todas as zonas
livres de uma cidade ainda está por esclarecer. A ideia de "embelezar" os
jardins com "animação cultural e desportiva", então, é um anátema que
persegue as nossas cidades. Os portugueses (sobretudo essa classe chamada
"autarcas amantes do progresso"), mal vêem um bosque onde as árvores
crescem, o silêncio é possível e ninguém anda aos saltos, têm a tentação
superior de encher esse espaço de ruído, festas populares e palcos para
desfiles.

A velha ideia de que Monsanto é o pulmão de Lisboa não alegra ninguém; mas é
verdadeira. Num pulmão não se toca; mantém-se vivo. Protege-se de tudo.
Mesmo das pessoas. Sobretudo de pessoas que acham que um bosque, uma
floresta, um parque, precisa de "equipamentos". Se as pessoas querem
Monsanto para fazer lá o que fazem nas Docas, na 24 de Julho ou no Bairro
Alto, o melhor é dizer-lhes que isso é impossível. Que há uma medida da
decência que não vai a votos. Que a destruição do único bosque de Lisboa é
uma operação que não está sujeita a escrutínio popular.

Um parque como Monsanto precisa de árvores, guardas-florestais, respeito e
silêncio. Isso é um parque.

14 março, 2004

Dismistificação das luzes fluorescentes!

Desligue as luzes quando não precisar delas. Faça disso um hábito!

Contrariamente à crença popular, ligar luzes não consome mais electricidade do que a usada quando já está ligada. E isto é verdade também para as luzes fluorescentes!!! Por isso deve-se desligar as luzes fluorescentes mesmo na casa de banho do emprego...

Vejam a resposta a esta questão energética na Grist Magasine.

A mesma fonte também refere que as lâmpadas fluorescentes são uma boa opção em termos ambientais.

Notícia sugerida por: Ana

09 março, 2004

EPER - European Pollutant Emission Register

Aqui podem encontrar um registo ao nível europeu das emissões para o ar e água verificadas por indústrias.

A base de dados contêm dados anuais relativos ás emissões de 9342 instalações situadas nos 15 assim como na Noruega (a maioria é de 2001).

É possivel agrupar facilmente a informação, por sector de actividade, tipo de poluente, meio contaminado (ar ou água) e por país. também é possível aceder a informações detalhadas sobre instalações.

Pode-se fazer a procura por nome ou simplesmente clicando no mapa.

Ex: Fábrica de Cimento da CIMPOR no Cerro da Cabeça Alta, Algarve

Consultem, é muito interessante!

Fonte: Instituto do Ambiente

08 março, 2004

Reciclagem de material informático

Um estudo das Nações Unidas indica que para produzir um computador de escritório de 24 quilogramas, com ecrã incluído, é gasto pelo menos dez vezes o seu peso em combustíveis fósseis e produtos químicos.

Treze países, a maioria europeus, já adoptaram regulamentação para impor a reciclagem dos computadores, prolongando o seu tempo de vida.

E nós, quando?

Fonte: Portugal Diário

04 março, 2004

Multas para quem não separar os resíduos

No minimo é errado do ponto de vista educacional. Tratando-se de uma matéria que aparenta dificil aprendizagem, penso que a reciclagem deveria ser relacionada com incentivos e não com penalizações. Nos ditos paises desenvolvidos chega a coexistir o incentivo e penalização. Para um país que ainda agora começou, deveriam existir incentivos, pois está provado que só assim as pessoas fazem alguma coisa.
Vivemos num sistema "Ora toma lá, dá cá".

Tenho ainda outro ponto de vista: essa lei deveria ser aplicada em primeiro lugar ao Estado, por ton. de resíduos não reciclados.

03 março, 2004

Aproveitamentos energéticos do rio Sabor

Li uma noticia interessante que reflectia os protestos de várias ONGAs acerca do projecto e EIA da barragem no rio Sabor. Este EIA encontra-se para consulta pública, disponível no site do instituto do Ambiente. Sugiro uma leitura, pois é para isso que serve a consulta, e é deste modo que todos nós podemos pronunciar-nos com conhecimento de causa acerca de algo tão sério e importante.

Eu encontro-me a ler este EIA, talvez as ONGAs tenham razão ou talvez não.

02 março, 2004

Assalto à Ria de Alvor

Não podia deixar de recomendar a leitura de um artigo do Miguel Sousa Tavares, ao seu melhor estilo, sobre a Ria de Alvor. MST a ministro do Ambiente!

"Assalto à Ria de Alvor"

01 março, 2004

Comércio e Ambiente

A vertente mais conhecida da relação entre o comércio e o ambiente é a sobre-exploração de recursos naturais a que o comércio sem regras poderá levar. Contudo, trata-se de uma relação mais ampla, em que novos aspectos começam a tomar forma – até que ponto poderão as políticas ambientais funcionar como um travão ao comércio? e como formas disfarçadas de restrição ao comércio? e como medidas de proteccionismo do comércio nacional? como é que estas situações são reguladas? como é que as políticas ambientais se articulam com as normas mundiais do comércio livre e sem fronteiras?

Estes são alguns dos aspectos que são abordados num artigo muito interessante que poderão ler na íntegra aqui.

Fonte: Naturlink