O National Institute for Environmental Studies (NIES) do Japão, lançou a 19 de Maio deste ano a sua projecção sobre a recuperação futura da camada do ozono, com base em simulações pelo modelo climático químico estratosférico (CCSR/NIES CCM). De acordo com esses dados, o buraco do ozono está actualmente na sua maior dimensão e com a deplecção de ozono mais massiva, esperando-se que se mantenha assim por enquanto. Contudo, a simulação mostrou que o buraco do ozono começaria a diminuir a partir de cerca de 2020 e que a camada do ozono sobre a Antártica recuperaria para os níveis de 1980 a meio do século XXI.
Foto: NASA
Assim, o estudo concluíu que o buraco do ozono iria desaparecer. O CCSR/NIES CCM é um modelo numérico co-desenvolvido pelo NIES e pelo Center for Climate System Research of the University of Tokyo. Este modelo aplica sistemas de feedback complexos aos seus cálculos, sendo que os seguintes afectam a densidade e distribuição de ozono na estratosfera: processos químicos de formação e deplecção de ozono, processos físicos de transporte atmosférico e processos radiativos de absorção da luz solar e radiação infra-vermelha.
Com o CCSR/NIES CCM, os investigadores efectuaram simulações numéricas sobre a estrutura futura da camada do ozono considerando as emissões totais previstas de substâncias depletoras do ozono, como os CFCs e os halons, e a variação nas concentrações de gases de estufa, incluíndo o dióxido de carbono.
Os resultados mostraram que as medidas de protecção da camada do ozono, promovidas globalmente, surtiram efeito. Contudo, também é projectado que um grande buraco do ozono permanecerá nas próximas décadas, período esse que será obviamente alargado se forem emitidas mais quantidades de CFCs e halons do que as usadas no modelo.
Fonte: Japan for Sustainability. Notícia original AQUI