Aqui fica um link interessante que me despertou a atenção, e que serve para mostrar que há lugares no mundo onde a gestão costeira é levada muito a sério, considerando-se as suas componentes Ambientais, Económicas e Sociais, num planeamento meticuloso.
A um passo do mar! Mas a que preço?
A nossa costa não fica a dever a nenhuma outra no mundo, não compreendo para quê tanto desmazelo...
Aqui fala-se de curiosidades, política, experiências, e outros temas, desde que tenham a ver com Ambiente.
25 fevereiro, 2004
21 fevereiro, 2004
Novidade ! - Comunidade Portuguesa de Ambientalistas
Foi hoje criada n'Os Ambientalistas a Comunidade Portuguesa de Ambientalistas. Esta pretende agrupar num Círculo de Interesses ("Site Ring"), todos os blogues e páginas pessoais da comunidade "internáutica" portuguesa, que se dediquem ás questões ambientais.
Espero que este Círculo venha agrupar um conjunto interessante de Sectores, Ideologias, Interesses e Correntes provenientes da heterogénea oferta que hoje se encontra dispersa no "ciberespaço" português.
Podem encontrar o Painel da Comunidade Portuguesa de Ambientalistas no fim da página deste blogue.
Agradeçe-se a vossa compreensão nestes primeiros dias face a gralhas existentes ou lapsos, uma vez que o Círculo ainda está em fase de testes.
Espero que este Círculo venha agrupar um conjunto interessante de Sectores, Ideologias, Interesses e Correntes provenientes da heterogénea oferta que hoje se encontra dispersa no "ciberespaço" português.
Podem encontrar o Painel da Comunidade Portuguesa de Ambientalistas no fim da página deste blogue.
Agradeçe-se a vossa compreensão nestes primeiros dias face a gralhas existentes ou lapsos, uma vez que o Círculo ainda está em fase de testes.
20 fevereiro, 2004
Uma questão de política...
Surgiu ontem uma notícia na comunicação social que referia que o Governo propunha duplicar para cinco milhões de euros o valor máximo das coimas para infracções ambientais, sendo que actualmente as coimas assumem valores entre os 250 mil e os 2,5 milhões de euros. Embora não condene esta medida, pergunto se não seria mais importante investir na aplicação da legislação existente com medidas de controlo e fiscalização que actualmente se revelam deficientes!Talvez por isto continuemos a assistir aos graves crimes ambientais que se cometem por esse país fora, tentando depois descobrir culpados.Não será a política ambiental que está errada?
16 fevereiro, 2004
Empresas industriais não controlam emissões poluentes
Na sequência do elevado número de queixas sobre a poluição do ar recebidas pela Linha SOS, que é mantida pelo Ministério das Cidades, do Ordenamento do Território e do Ambiente a Inspecção Geral do Ambiente (IGA) desenvolveu uma acção de inspecção a industrias que constituem fontes fixas de poluição. O objectivo era detectar que empresas fazem o autocontrolo das suas emissões atmosféricas. O resultado foi surpreendente. Apenas 1% das indústrias (33) revelaram cumprir escrupulosamente o que está previsto na legislação. Outros 5% (145) até faziam o autocontrolo, mas ou apresentavam apenas uma medição, em vez de duas, ou os resultados mostravam que a poluição era superior à permitida. Um terço das indústrias (32 por cento) nem sequer respondeu à notificação e, entre as que responderam, a maior parte não enviou quaisquer análises (25 por cento do total) ou argumentou que não tinha fontes fixas de poluição (36 por cento). O relatório da IGA salienta que muitas empresas "afirmam total desconhecimento da legislação em vigor". Uma vez mais a legislação existe mas o seu cumprimento deixa muito a desejar…
Ver desenvolvimento
Ver desenvolvimento
As salinas do Tejo
Que a RNET (Reserva Natural do estuário do Tejo) é um dos piores exemplos de gestão de uma área protegida já não é novidade para ninguém, mas compreende-se as dificuldades que a direcção enfrenta: toda a reserva está envolvida pela área metropolitana de Lisboa, ele é lisboa, é o Barreiro, o Seixal, Almada, Alverca, Sacavém, já para não falar de Alcochete e do Montijo que estão actualmente a crescer a um ritmo quase exponencial, fruto da ponte Vasco da Gama. Como se não bastassem os grandes centros urbanos, temos grandes centos industriais, nomeadamente Alhandra e o Barreiro e essa grande mafia a que chamam Porto de Lisboa. Apesar de tudo, e por incrivel que pareça, o estuário conegue ainda ser a mais importante zona húmida portuguesa, sobretudo no que respeita às aves, e está entre os 10 locais mais importantes da europa para as Aves aquáticas.
O que muita gente talvez não saiba é que as velhinhas salinas, que durante décadas e décadas forneceram não só sal para cozinha mas também o sal para a produção de bacalhau salgado (esse produto tão português) são essenciais para a sobrevivência de muita avs aquáticas, que necessitam delas como refugios durante a maré alta, altura em que as suas áreas de alimentação ficam submersas. Pois, até aqui tudo muito bonito, mas falta dizer o que se passa com as salinas do Tejo.
Na zona Sul do estuário, abaixo do montijo, quase todas as salinas estão completamente abandonadas, algumas cobertas pela vegetação de sapal, outras usadas para despejar entulho ou até mesmo aterradas para construir campos de futebol (como aconteceu perto da Baixa-da-Banheira), essas salinas estão praticamente perdidas para as aves; no entanto, estas salinas não estão incluídas na RNET, nem mesmo na ZPE do estuário do Tejo, pelo que uma vez abandonadas o seu destino estava selado. A situação é muito mais grave na zona Norte do estuário.
As salinas de Alverca, o único local do estuário onde nidificam espécies como a Perdiz-do-Mar ou o Pato-de-Bico-Vermelho, estão prestes a ser destruidas para construir uma bacia de retenção de águas, possivelmente o primeiro passo para a construção de uma nova mega ETAR, daquelas que custam uma pipa de massa e depois de prontas nunca chegam a funcionar... à esqueci-me de dizer, curiosamente o projecto não foi sequer alvo de um estudo de Impacto Ambiental!
Na margem esquerda do Tejo, bem dentro da RNET, existem três grandes complexos de salinas de grande importância para as aves: Vasa-Sacos, Vale de Frades e Samouco (aquelas salinas debaixo da Ponte Vasco da Gama). As primeiras, e mais importantes, foram alugadas por "tuta-e-meia" a uns espanhóis que as encheram de água para produção de camarinha, agora se as aves as quiserem usar só a nado... Quanto a vale de Frades, o ICN ganhou um projecto Life para recuperar essas salinas, ao fim de quase 2 anos a única coisa que fizeram foi restaurar o edificio de um velho moinho de maré e ao que se diz, o dinheiro já acabou, perdido nos meandros orçamentais do Instituto! Finalmente no amouco vai arrancar brevemente um projecto Life para a sua recuperação, neste momento é o complexo de salinas que alberga um maior número de aves, mas tenho muito curiosidade para saber o que se vai passar!
Tenho dito
O que muita gente talvez não saiba é que as velhinhas salinas, que durante décadas e décadas forneceram não só sal para cozinha mas também o sal para a produção de bacalhau salgado (esse produto tão português) são essenciais para a sobrevivência de muita avs aquáticas, que necessitam delas como refugios durante a maré alta, altura em que as suas áreas de alimentação ficam submersas. Pois, até aqui tudo muito bonito, mas falta dizer o que se passa com as salinas do Tejo.
Na zona Sul do estuário, abaixo do montijo, quase todas as salinas estão completamente abandonadas, algumas cobertas pela vegetação de sapal, outras usadas para despejar entulho ou até mesmo aterradas para construir campos de futebol (como aconteceu perto da Baixa-da-Banheira), essas salinas estão praticamente perdidas para as aves; no entanto, estas salinas não estão incluídas na RNET, nem mesmo na ZPE do estuário do Tejo, pelo que uma vez abandonadas o seu destino estava selado. A situação é muito mais grave na zona Norte do estuário.
As salinas de Alverca, o único local do estuário onde nidificam espécies como a Perdiz-do-Mar ou o Pato-de-Bico-Vermelho, estão prestes a ser destruidas para construir uma bacia de retenção de águas, possivelmente o primeiro passo para a construção de uma nova mega ETAR, daquelas que custam uma pipa de massa e depois de prontas nunca chegam a funcionar... à esqueci-me de dizer, curiosamente o projecto não foi sequer alvo de um estudo de Impacto Ambiental!
Na margem esquerda do Tejo, bem dentro da RNET, existem três grandes complexos de salinas de grande importância para as aves: Vasa-Sacos, Vale de Frades e Samouco (aquelas salinas debaixo da Ponte Vasco da Gama). As primeiras, e mais importantes, foram alugadas por "tuta-e-meia" a uns espanhóis que as encheram de água para produção de camarinha, agora se as aves as quiserem usar só a nado... Quanto a vale de Frades, o ICN ganhou um projecto Life para recuperar essas salinas, ao fim de quase 2 anos a única coisa que fizeram foi restaurar o edificio de um velho moinho de maré e ao que se diz, o dinheiro já acabou, perdido nos meandros orçamentais do Instituto! Finalmente no amouco vai arrancar brevemente um projecto Life para a sua recuperação, neste momento é o complexo de salinas que alberga um maior número de aves, mas tenho muito curiosidade para saber o que se vai passar!
Tenho dito
15 fevereiro, 2004
Aproveitem, ambientalistas!
Informa-se a todos os interessados que a editora Kluwer tem disponível para "download" os artigos das seguintes revistas até 31 de Março de 2004:
The Environmentalist
Environment, Development and Sustainability
Water, Air and Soil Pollution
Water, Air and Soil Pollution Focus
Environmental Monitoring and Assessment
Ecotoxicology
Environmental Geochemistry and Health
Aerobiologia
Environmental and Ecological Statistics
Environmental and Resource Economics
Esta informação foi obtida graças ao Professor Luís Nunes.
Aproveitem para pesquisar a sua página. Está muito completa e é muito útil.
The Environmentalist
Environment, Development and Sustainability
Water, Air and Soil Pollution
Water, Air and Soil Pollution Focus
Environmental Monitoring and Assessment
Ecotoxicology
Environmental Geochemistry and Health
Aerobiologia
Environmental and Ecological Statistics
Environmental and Resource Economics
Esta informação foi obtida graças ao Professor Luís Nunes.
Aproveitem para pesquisar a sua página. Está muito completa e é muito útil.
13 fevereiro, 2004
O estado da água doce em portugal - Diagnóstico e desafios
"Nos últimos anos ocorreram profundas mudanças nas políticas e processos de gestão da água em Portugal, acompanhado a dinâmica mundial, com um notório destaque para a influências das políticas da União Europeia. Neste Ano Internacional da Água Doce, a Liga para a Protecção da Natureza integra nas suas actividades uma óbvia reflexão sobre o estado da água doce em Portugal, incidindo sobre os aspectos da qualidade e da quantidade de água e da participação da sociedade civil na gestão da água doce, com especial incidência no papel das Organizações Não Governamentais de Ambiente (ONGA).
Para cada um destes temas, é efectuado um enquadramento geral e um diagnóstico, são apontados aspectos positivos e negativos e sublinham-se os novos desafios. É ainda fornecida uma listagem de documentos e legislação considerados importantes neste domínio, que poderão também ser encontrados on-line na página de Internet da Liga para a Protecção da Natureza".
É um artigo muito útil e interessante!
Fonte: LPN
11 fevereiro, 2004
"O país caminha para o Sul para apanhar sol, mas não caminha para apanhar energia" (Jorge Sampaio)
Por falar em Presidente, Energia Eólica, ICN, Ambientalistas e caracóis....
Sugiro consulta ao artigo "Sampaio Apela ao Uso das Energias Renováveis"do Público de Hoje.
Sugiro consulta ao artigo "Sampaio Apela ao Uso das Energias Renováveis"do Público de Hoje.
10 fevereiro, 2004
Caracóis de 3 cornos e energia eólica
Na edição do jornal “Público” de 9 de Fevereiro, a primeira página dava destaque ao título “Portugal precisa de um parque eólico por semana para cumprir metas”, com uma foto de página inteira de um aerogerador. De imediato pensei que esta edição iria dar destaque à questão energética de Portugal, abordando-a e explorando-a com a qualidade a que este jornal nos tem habituado. Mas ao mesmo tempo que lia o pequeno texto da capa, duas palavras surgiram-me no pensamento: Energia solar.
Primeiro, qual não foi o meu espanto quando, depois de folhear 30 páginas (sem contar com suplementos e páginas centrais de numeração diferente...), encontrei finalmente a questão eólica. Ao mesmo tempo, a energia solar afundava-se no pensamento já que tinha reparado que ao lado do artigo principal, surgia um de título “Energia solar em compasso de espera”. Como se diria em Inglês: “I rest my case”.
Quanto ás opções editoriais do jornal não me vou pronunciar, mas admiro-me do seu editor não ter regurgitado umas palavrinhas pseudo jornalísticas sobre o assunto no seu Editorial diário. Questões laterais.... A questão principal é realmente ser necessário construir um parque eólico com cinco aerogeradores por semana, nos próximos sete anos, para poder cumprir uma Directiva que obriga Portugal a que, em 2010, 39 por cento da energia consumida no país seja proveniente de fontes renováveis. O artigo segue e soma: “Com as perspectivas de crescimento no consumo e as limitações para a construção de novas barragens, os parques eólicos são a única alternativa.” Sem comentários.
Prosseguimos com o Exmo. Sr. Dr. Sá da Costa (presidente da APREN) a dizer que “há promotores interessados e há zonas com vento suficiente para tantos parques eólicos. Mas há também estrangulamentos que tornam esta meta inatingível”. Ou seja, mesmo que os nossos decisores políticos, num momento inspirado de estupidez pensassem construir um parque eólico com cinco aerogeradores por semana, nos próximos sete anos, não havia problema porque há promotores interessados. Porreiro. Mas pronto, só não acontece por causa dos estrangulamentos. Só queria partilhar com os leitores que este senhor foi o mesmo que, há cerda de dois anos, num conferência sobre energias renováveis organizada pelo Núcleo de Ambiente da Universidade do Algarve, se queixava que os “ambientalistas” (as pessoas, não o blogue) só se preocupavam com os caracóis de três cornos e não permitiam construir mais parques eólicos. O mais ridículo é que o bicho existe mesmo! Não o senhor Sá da Costa, o caracol de três cornos. Mas enfim, eu só ficaria chocado com esta visão empresarial se o senhor não fosse presidente de uma Associação de Produtores independentes.
Todo o artigo é falso na sua premissa fundamental. As energias renováveis não são só parques eólicos. Portugal tem, em termos naturais, das melhores condições para a aplicação de variadas tecnologias. Desde a eólica, solar, marés, até ao Hidrogénio. A directiva cumprir-se-á se se pensar nestas todas, não só em 5 parques por semana. Já para não falar da resolução do problema a montante: a redução, e economização de energia.
Este artigo do Público aborda um problema, apresenta uma solução, consulta uma pessoa e ponto final. Se a universidade me ensinou alguma coisa é que nenhum problema tem uma só solução, e que não existem almas iluminadas detentoras da verdade.
Não sendo adepto de teorias conspirativas (à Pacheco Pereira) sobre a manipulação e o poder dos media, este artigo tocou-me. Muito boa gente terá ficado a pensar que só não existe mais parques eólicos, porque os sacripantas do ministério do ambiente não deixam. E os bons dos produtores independentes cheios de boa vontade para ajudar o país.
Quanto ao despacho conjunto dos ministros da Economia e das Cidades espero que outros digníssimos colegas bloguistas peguem no tema....
PS: Além dos temas abordados neste post, temos a questão de que para o cumprimento desta e de outras directivas (ou Convenções, protocolos, etc) se começar a instalar em Portugal o sentimento que os fins justificam os meios. Sugiro uma rápida consulta ao arquivo de notícias de Janeiro de 2004, especificamente aos comentários do artigo “Maior central de energia solar do mundo vai ser instalada na Amareleja”
Primeiro, qual não foi o meu espanto quando, depois de folhear 30 páginas (sem contar com suplementos e páginas centrais de numeração diferente...), encontrei finalmente a questão eólica. Ao mesmo tempo, a energia solar afundava-se no pensamento já que tinha reparado que ao lado do artigo principal, surgia um de título “Energia solar em compasso de espera”. Como se diria em Inglês: “I rest my case”.
Quanto ás opções editoriais do jornal não me vou pronunciar, mas admiro-me do seu editor não ter regurgitado umas palavrinhas pseudo jornalísticas sobre o assunto no seu Editorial diário. Questões laterais.... A questão principal é realmente ser necessário construir um parque eólico com cinco aerogeradores por semana, nos próximos sete anos, para poder cumprir uma Directiva que obriga Portugal a que, em 2010, 39 por cento da energia consumida no país seja proveniente de fontes renováveis. O artigo segue e soma: “Com as perspectivas de crescimento no consumo e as limitações para a construção de novas barragens, os parques eólicos são a única alternativa.” Sem comentários.
Prosseguimos com o Exmo. Sr. Dr. Sá da Costa (presidente da APREN) a dizer que “há promotores interessados e há zonas com vento suficiente para tantos parques eólicos. Mas há também estrangulamentos que tornam esta meta inatingível”. Ou seja, mesmo que os nossos decisores políticos, num momento inspirado de estupidez pensassem construir um parque eólico com cinco aerogeradores por semana, nos próximos sete anos, não havia problema porque há promotores interessados. Porreiro. Mas pronto, só não acontece por causa dos estrangulamentos. Só queria partilhar com os leitores que este senhor foi o mesmo que, há cerda de dois anos, num conferência sobre energias renováveis organizada pelo Núcleo de Ambiente da Universidade do Algarve, se queixava que os “ambientalistas” (as pessoas, não o blogue) só se preocupavam com os caracóis de três cornos e não permitiam construir mais parques eólicos. O mais ridículo é que o bicho existe mesmo! Não o senhor Sá da Costa, o caracol de três cornos. Mas enfim, eu só ficaria chocado com esta visão empresarial se o senhor não fosse presidente de uma Associação de Produtores independentes.
Todo o artigo é falso na sua premissa fundamental. As energias renováveis não são só parques eólicos. Portugal tem, em termos naturais, das melhores condições para a aplicação de variadas tecnologias. Desde a eólica, solar, marés, até ao Hidrogénio. A directiva cumprir-se-á se se pensar nestas todas, não só em 5 parques por semana. Já para não falar da resolução do problema a montante: a redução, e economização de energia.
Este artigo do Público aborda um problema, apresenta uma solução, consulta uma pessoa e ponto final. Se a universidade me ensinou alguma coisa é que nenhum problema tem uma só solução, e que não existem almas iluminadas detentoras da verdade.
Não sendo adepto de teorias conspirativas (à Pacheco Pereira) sobre a manipulação e o poder dos media, este artigo tocou-me. Muito boa gente terá ficado a pensar que só não existe mais parques eólicos, porque os sacripantas do ministério do ambiente não deixam. E os bons dos produtores independentes cheios de boa vontade para ajudar o país.
Quanto ao despacho conjunto dos ministros da Economia e das Cidades espero que outros digníssimos colegas bloguistas peguem no tema....
PS: Além dos temas abordados neste post, temos a questão de que para o cumprimento desta e de outras directivas (ou Convenções, protocolos, etc) se começar a instalar em Portugal o sentimento que os fins justificam os meios. Sugiro uma rápida consulta ao arquivo de notícias de Janeiro de 2004, especificamente aos comentários do artigo “Maior central de energia solar do mundo vai ser instalada na Amareleja”
O Presidente vai nu
Neste preciso momento, no telejornal da RTP, o nosso Presidente da República (PR) passeia no Parque Natural da Serra de Aires e Candeeiros, tendo como cicerone José Alho, Galopim de Carvalho, entre outros. O passeio é na Pedreira do Galinha, num radiante dia de sol. Mais uma vez, sua Excelência o P.R. refere que temos imensa legislação no país mas que ninguém a cumpre, porque há falta de fiscalização. Mas, senhor Presidente. Eu até admitiria ouvir tais afirmações dum qualquer proletário alheio à realidade e sem qualquer tipo de poder, além do seu voto de 4 em 4 anos. Mas?!!? Sua Excelência é simplesmente o Presidente da República Portuguesa! De si esperaria mais do que simples lamentos semanais como se nada tivesse a ver com o assunto. Não tem Sua Excelência reuniões semanais com o nosso primeiro-ministro?! De certo que seria uma boa oportunidade de exprimir as suas preocupações. Ou até mesmo de exercer diplomaticamente pressão sobre o governo para repensar todo a fiscalização ambiental (e não só) existente. Apesar de não saber o que Vossa Exa. discute nas suas reuniões, parece-me que se o assunto já tivesse sido abordado, não necessitaria de o referir sempre que tem câmaras de televisão à frente. E também andar a homologar leis todas as semanas, para ninguém cumprir é uma tarefa ingrata. Saia mais vezes do seu palácio, do género presidência aberta, e vá passear. Das últimas vezes “descobriu” que as leis não se cumprem em Portugal. Podia ser que da próxima descobrisse que existe corrupção, que o crime compensa, que temos governantes patéticos, que a saúde, o ensino, a justiça, a agricultura, as pescas, etc. etc. vão de mal a pior. E assim até tinha mais coisas para se lamentar, à boa maneira “Tuga”. Pois é Sr. Presidente da República, isto do País real tem muito que se lhe diga.E logo vossa Exa. por quem eu tenho tanto respeito...
Estreia de novo colaborador
Esta é uma estreia neste blog. Posso apenas dizer que "melhorar o ambiente é ser inteligente"
Faz do mar tabua rasa
Faz do mar tabua rasa
09 fevereiro, 2004
Site do Instituto do Ambiente
O site do Instituto do Ambiente está com novo visual. Provavelmente terá também novas funcionalidades que não tive ocasião de confirmar. Passem por lá!
Podem aceder aqui
Podem aceder aqui
07 fevereiro, 2004
What a fine day...for Science!
Fui assaltado na semana passada pelo título de uma notícia que me deixou bastante intrigado: "Cientistas franceses revoltam-se na rua". Ao ver a foto que acompanhava o artigo (publicado no já por aqui habitual PÚBLICO) pensei: uma manifestação de cientistas? Com faixas, cartazes, cânticos a condizer e tudo? Muito bem!
A notícia dava conta que «milhares de cientistas, professores, engenheiros e estudantes se tinham manifestado no dia 29 de Janeiro em Paris, contra um programa governamental que dizem provocar a pauperização da investigação científica e uma fuga de cérebros para os EUA.»
«Uma petição lançada pelo colectivo "Salvar a Ciência" para denunciar a "asfixia financeira" da ciência já recolheu 31 mil assinaturas no mundo científico. Entre os assinantes, mais de metade dos directores de unidades de investigação e de laboratórios ameaçam demitir-se se o Governo não recuar - o que provocaria uma situação de caos na ciência, em França, e seria um golpe fatal para o futuro desenvolvimento do país.»
Será que os cientistas portugueses, face a um Governo tão padrasto para a Ciência (se bem que face ao anúncio do novo investimento para a Ciência, esta ideia esteja um pouco apaziguada - devia ter escrito este artigo aqui há pouco tempo atrás, bolas!), prosseguindo, será que os nossos cientistas e investigadores tinham coragem para agir da mesma forma? Eu gostaria de pensar que sim, já chegou a altura do Governo assumir (e não perceber, porque eles já percebem) a importância que a Ciência tem para o desenvolvimento de uma Nação. É absolutamente crucial!
Outro aspecto que achei interessante foi este: «Cada ano, milhares de cientistas franceses emigram para os EUA, onde são acolhidos de braços abertos, com salários quatro vezes mais elevados, e sobretudo condições de trabalho e orçamentos de funcionamento sem qualquer comparação com os praticados em França.» Imaginem se fizermos a comparação com Portugal!!
Mais: «Há actualmente 400 mil cientistas europeus a trabalhar nos EUA, enquanto o défice calculado de cientistas na União Europeia é de 700 mil investigadores.». Ridículo na minha opinião, numa Europa que quer constituir uma força de equilíbrio face aos EUA.
Moral da história: face ao tratamento que o Governo português dá à Ciência, cabe também aos cientistas lutar para que se criem as condições necessárias para um desenvolvimento sustentado da Ciência em Portugal (e de forma indirecta na Europa). Basta de vermos os nossos melhores valores nacionais contribuirem para o PIB de outros países! Esta é uma de muitas formas de lutar contra a crise instaurada.
Fonte: PÚBLICO de 30 de Janeiro
A notícia dava conta que «milhares de cientistas, professores, engenheiros e estudantes se tinham manifestado no dia 29 de Janeiro em Paris, contra um programa governamental que dizem provocar a pauperização da investigação científica e uma fuga de cérebros para os EUA.»
«Uma petição lançada pelo colectivo "Salvar a Ciência" para denunciar a "asfixia financeira" da ciência já recolheu 31 mil assinaturas no mundo científico. Entre os assinantes, mais de metade dos directores de unidades de investigação e de laboratórios ameaçam demitir-se se o Governo não recuar - o que provocaria uma situação de caos na ciência, em França, e seria um golpe fatal para o futuro desenvolvimento do país.»
Será que os cientistas portugueses, face a um Governo tão padrasto para a Ciência (se bem que face ao anúncio do novo investimento para a Ciência, esta ideia esteja um pouco apaziguada - devia ter escrito este artigo aqui há pouco tempo atrás, bolas!), prosseguindo, será que os nossos cientistas e investigadores tinham coragem para agir da mesma forma? Eu gostaria de pensar que sim, já chegou a altura do Governo assumir (e não perceber, porque eles já percebem) a importância que a Ciência tem para o desenvolvimento de uma Nação. É absolutamente crucial!
Outro aspecto que achei interessante foi este: «Cada ano, milhares de cientistas franceses emigram para os EUA, onde são acolhidos de braços abertos, com salários quatro vezes mais elevados, e sobretudo condições de trabalho e orçamentos de funcionamento sem qualquer comparação com os praticados em França.» Imaginem se fizermos a comparação com Portugal!!
Mais: «Há actualmente 400 mil cientistas europeus a trabalhar nos EUA, enquanto o défice calculado de cientistas na União Europeia é de 700 mil investigadores.». Ridículo na minha opinião, numa Europa que quer constituir uma força de equilíbrio face aos EUA.
Moral da história: face ao tratamento que o Governo português dá à Ciência, cabe também aos cientistas lutar para que se criem as condições necessárias para um desenvolvimento sustentado da Ciência em Portugal (e de forma indirecta na Europa). Basta de vermos os nossos melhores valores nacionais contribuirem para o PIB de outros países! Esta é uma de muitas formas de lutar contra a crise instaurada.
Fonte: PÚBLICO de 30 de Janeiro
06 fevereiro, 2004
A "educação ambiental" também se faz com medidas destas
Brazil, Rio de Janeiro
Um Decreto do prefeito Cesar Maia, tornará obrigatória a construção, em novos prédios, de reservatórios para reter temporariamente e armazenar água de chuva. A água poderá ser reaproveitada para usos não potáveis, como lavar veículos e calçadas e regar jardins. A medida atinge edificações residenciais, comerciais e industriais com mais de 500 metros quadrados de superfície impermeabilizada (telhado e trechos cimentados ou asfaltados em volta dos edifícios). As casas ficam de fora.
Um dos objetivos do decreto é o de ajudar a prevenir inundações.
Outro, é começar a criar a cultura da economia de água - diz o Secretário Municipal do Urbanismo , Alfredo Sirkis.
A capacidade dos reservatórios será calculada por uma equação que leva em conta a área impermeabilizada e os índices pluviométricos do lugar.
In Jornal do Meio Ambiente
Fonte: Versão impressa (Jornal O Globo 02/2004).
Poderemos nós continuar a pensar que ainda não precisamos poupar água?
Será esta uma boa medida? Não teria ela efeitos secundários se aplicada á maioria das cidades Portuguesas?
Está aberta a discussão!
Um Decreto do prefeito Cesar Maia, tornará obrigatória a construção, em novos prédios, de reservatórios para reter temporariamente e armazenar água de chuva. A água poderá ser reaproveitada para usos não potáveis, como lavar veículos e calçadas e regar jardins. A medida atinge edificações residenciais, comerciais e industriais com mais de 500 metros quadrados de superfície impermeabilizada (telhado e trechos cimentados ou asfaltados em volta dos edifícios). As casas ficam de fora.
Um dos objetivos do decreto é o de ajudar a prevenir inundações.
Outro, é começar a criar a cultura da economia de água - diz o Secretário Municipal do Urbanismo , Alfredo Sirkis.
A capacidade dos reservatórios será calculada por uma equação que leva em conta a área impermeabilizada e os índices pluviométricos do lugar.
In Jornal do Meio Ambiente
Fonte: Versão impressa (Jornal O Globo 02/2004).
Poderemos nós continuar a pensar que ainda não precisamos poupar água?
Será esta uma boa medida? Não teria ela efeitos secundários se aplicada á maioria das cidades Portuguesas?
Está aberta a discussão!
05 fevereiro, 2004
Será que ainda há esperança para a ciência em Portugal?
O Governo tenciona atribuir 12 mil bolsas de formação para jovens licenciados e doutorados já em Julho, anunciou hoje a ministra da Ciência e do Ensino Superior.
Maria da Graça Carvalho falava no final da primeira reunião do Conselho Superior de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizada na residência oficial do primeiro-ministro, e em que foram debatidas as linhas-gerais de duas novas iniciativas estratégicas para a ciência e investigação.
"Pensamos no início de Julho avançar com as bolsas", afirmou a ministra da Ciência e do Ensino Superior, acrescentando que o Governo terá de apresentar, até Março, um "programa detalhado" sobre estas duas iniciativas, que serão principalmente financiadas com fundos comunitários.
Fonte: Ministério da Ciência e do Ensino Superior
Ver Notícia Completa
Maria da Graça Carvalho falava no final da primeira reunião do Conselho Superior de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizada na residência oficial do primeiro-ministro, e em que foram debatidas as linhas-gerais de duas novas iniciativas estratégicas para a ciência e investigação.
"Pensamos no início de Julho avançar com as bolsas", afirmou a ministra da Ciência e do Ensino Superior, acrescentando que o Governo terá de apresentar, até Março, um "programa detalhado" sobre estas duas iniciativas, que serão principalmente financiadas com fundos comunitários.
Fonte: Ministério da Ciência e do Ensino Superior
Ver Notícia Completa
02 fevereiro, 2004
Ligações temáticas - Novo tema disponível: Gestão do Litoral
Era imperativo que este tema constasse dos temas disponíveis para consulta aqui n'Os Ambientalistas. Estava a ter alguma dificuldade em encontrar um conjunto interessante de links, mas obtive uma preciosa ajuda: O Professor Alveirinho Dias criou a página da cadeira de Gestão do Litoral da Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente (Universidade do Algarve). Muito obrigado Sr. Professor!
A problemática da Gestão das zonas costeiras é ampla e complexa. O funcionamento dos sistemas naturais, as interferências causadas pelas actividades antrópicas, as modificações climáticas, e as preocupações com a sustentabilidade da exploração racional desses sistemas são algumas das questões a discutir quando se aborda este tema.
Vamos discuti-lo?
A problemática da Gestão das zonas costeiras é ampla e complexa. O funcionamento dos sistemas naturais, as interferências causadas pelas actividades antrópicas, as modificações climáticas, e as preocupações com a sustentabilidade da exploração racional desses sistemas são algumas das questões a discutir quando se aborda este tema.
Vamos discuti-lo?
Subscrever:
Mensagens (Atom)