26 abril, 2006

O mais grave acidente tecnológico da história da humanidade

A associação Campo Aberto e a Plataforma Não ao Nuclear evocam hoje, no Porto, os 20 anos do acidente na central nuclear de Chernobil, na Ucrânia.

A evocação está marcada para as 21h00 na sede da Campo Aberto, na qual participam também outras duas estruturas congéneres, a Quercus e o GAIA.

José Carlos Marques, da Campo Aberto, disse à Agência Lusa que «o objectivo é assinalar a efeméride do que foi e continua a ser o maior acidente tecnológico da história da humanidade, mais premente nesta altura em que os defensores da indústria nuclear pretendem impor a Portugal a construção de centrais nucleares».

Em comunicado, a Plataforma Não ao Nuclear considera que «não passa de propaganda a ideia de que existiriam centrais nucleares de nova geração não sujeitas à eventualidade de um acidente grave».

Para esta organização, «apesar dos esforços de aperfeiçoamento dos sistemas de segurança», a hipótese de ocorrer um acidente grave numa instalação nuclear «não pode ser eliminada».

A seguir à cerimónia de evocação do acidente de Chernobil será lançado o livro “A maldição das bruxas de Ferrel”, de Mariano Calado.

A Plataforma Não ao Nuclear foi criada a 19 de Março último, 30 anos depois da manifestação do povo de Ferrel, concelho de Peniche, contra a construção de uma central nuclear na freguesia. A Plataforma está neste momento em fase de instalação, devendo anunciar até ao final de Maio um conjunto de iniciativas destinadas a alertar contra a opção nuclear, de novo na ordem do dia.

Fonte: Agência Lusa