08 setembro, 2005

Hoje, as torres vão abaixo....

As torres da Torralta, na península de Tróia, vão ser destruídas na quinta-feira à tarde, com recurso à implosão.

As Verde Mar e a T04 são o Tolan do Sado. E, tal como o lendário navio encalhado do Tejo, integraram - para o bem e para o mal, mais para o segundo ponto do que para o primeiro - a paisagem de uma região. Até um dia...

Para uns, estas torres personificam um sonho inacabado. Para outros algo que começou torto e que nunca se endireitou. E nesta quinta-feira, em três meros segundos, cairão de vez as memórias de um empreendimento que agitou em tempos idos os verões de milhares de pessoas.

Ficam os fantasmas e os arrepios de quem por lá passou nos últimos anos e vislumbrou o abandono, a falência e a decadência, por entre o desenvolvimento de uma colónia de morcegos-rabudos - ironicamente comentado por alguns como o mais importante contributo da Torralta para a região.

Do que aí vem espera-se que, no mínimo, respeite o enquadramento paisagístico e ecológico de uma das zonas mais bonitas do País, entre o estuário do rio Sado e o Oceano Atlântico.

Seria um bom princípio para o arrojado projecto do grupo liderado por Belmiro de Azevedo.